Urgente : TSE lana manual sobre propaganda eleitoral na internet
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Enviado por alexandre em 24/06/2018 20:16:10 |
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lanou uma cartilha interativa para definir o que proibido e o que permitido para quem for candidato, nas eleies deste ano, e pretende utilizar a internet como meio de propaganda. Entre as especificaes esto o direito de o candidato utilizar plataformas on-line e ter site prprio, desde comunicado Justia Eleitoral. Fica proibida a propaganda eleitoral em sites oficiais e/ou de pessoas jurdicas, por meio de telemarketing e a atribuio de autoria de propaganda a outros candidatos. Para as eleies de 2018, a propaganda eleitoral na Internet s ser permitida a partir do dia 16 de agosto.
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Urgente : Voc pode ser demitido se for pego vendo um jogo da Copa?
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Enviado por alexandre em 05/06/2018 00:17:07 |
 No importa o que dizem as pesquisas: por mais que o desinteresse do brasileiro pelo futebol aparentemente esteja aumentando, a Copa do Mundo capaz de tirar o foco do mais compenetrado trabalhador.
Mesmo quem normalmente no liga para o esporte tem dificuldade em ficar alheio ao que est acontecendo no torneio. Para os amantes do futebol, ento, mesmo a mais obscura das partidas merece sua dose se ateno. Acontece que isso pode trazer consequncias bem desagradveis para a sua vida profissional.
Aplicativos de celular, transmisses via streaming, placar em tempo real na internet. Foi-se o tempo em que s quem tinha o a uma TV ou rdio podia se informar sobre o andamento de uma partida.
Mas como usufruir de tantas ferramentas sem arranjar encrenca no trabalho? E as empresas, como devem lidar com essa nova realidade? O UOL Esporte fez estas perguntas para advogados trabalhistas e especialistas em recursos humanos.
D justa causa?
“Algum que deveria estar trabalhando, mas est acompanhando um jogo de futebol, pode sim ser mandado embora”, diz o advogado, e professor de direito do trabalho da USP, Estvo Mallet.
Ele alerta que, ao descumprir sua obrigao, o funcionrio pode at ser demitido por justa causa. “Pode ser visto como um caso de insubordinao se a empresa disse que ele no deveria ver os jogos”, explica o advogado.
O conselho de Mallet simples e claro: se o chefe disser que no para se distrair com a Copa, segure a onda e no o faa. “O melhor a fazer agir com transparncia e lealdade. Perguntar para a empresa o que voc pode fazer”, diz o especialista.
Ou seja, a velha e boa comunicao a melhor sada. Em vez de tentar “dar um migu”, tente entrar em um acordo propondo, por exemplo, mudar o horrio de trabalho. Aqui, claro, entra tambm a responsabilidade do empregador. Ele deve dizer as coisas com clareza e transparncia antes de a Copa comear.
“O ideal que a empresa, dentro de suas possibilidades, procure atender s expectativas dos funcionrios. No faz sentido, s porque algum no gosta de futebol, criar um obstculo intransponvel para que se assista at aos jogos do Brasil”, recomenda Mallet.
Nem toda empresa pode ser flexvel
Diretor de servios da Leme Consultoria, Renan Sinachi lembra que tambm preciso estar atento s particularidades de cada empresa. Funcionrios de hospitais, determinadas fbricas e, por exemplo, controladores areos, evidentemente tm muito menos, ou nenhuma, margem para sucumbir aos anseios futebolsticos.
“Primeiramente, preciso respeitar a cultura de cada local. H empresas mais flexveis, que colocam TVs para os funcionrios assistirem aos jogos, os liberam mais cedo ou permitem que entrem mais tarde. h aquelas que, por questes de produtividade, culturais ou logsticas, no fazem o mesmo. o caso de uma fbrica que no pode parar uma linha de produo”, diz Sinachi.
Nestes casos, ele explica, preciso entender que, se a empresa no quer que voc assista aos jogos, porque h um motivo bem claro para isso. “E o empregado que desrespeitar as orientaes est sujeito a penalidades, inclusive demisso por justa causa”, adverte o especialista.
Tais consequncias, importante destacar, no valem apenas para casos extremos. Por exemplo, largar o trabalho para ir ao bar da frente assistir Marrocos X Honduras. Quem se valer, sem autorizao, das ferramentas digitais mencionadas no incio da matria, poder sofr-las igualmente.
“No deixa de ser uma forma de abandono do trabalho. A partir do momento em que voc disponibiliza uma carga horria para a empresa, recebe a remunerao e no entrega o combinado, fica sujeito a sanes”, diz o consultor.
Sinachi conta que a Leme, inclusive, j foi contratada para orientar empresas sobre como proceder durante a Copa do Mundo. “Costumamos orientar o cliente a divulgar, meses antes da Copa, uma cartilha sobre qual ser a postura da empresa. Isso permite ao colaborador inclusive planejar as frias, caso seja para ele algo muito importante. Tambm preciso que todos saibam sobre o planejamento. No adianta os funcionrios de uma rea estarem a par e os de outra, no”, explica.
O terceiro ponto que Sinachi considera importante ter bom senso. “Voc sabe que a Copa culturalmente importante para o brasileiro. Ento, se o empregador pegar algum desvio de conduta, o ideal conversar, ser compreensivo. At porque, na medida em que o Brasil vai avanando, todo mundo acaba entrando no clima” diz o especialista.
No sabe o que fazer? Pergunte
“Infelizmente, na nossa legislao voc pode demitir sem que exista uma justificativa clara”, diz o tambm advogado Fbio Tibiri. Na opinio dele, ser pego assistindo, por exemplo, a um jogo da Copa online, no motivo para demisso por justa causa nem por abandono de trabalho.
“A falha est na pessoa se desviar daquela atividade para a qual ela foi contratada. No caracteriza abandono de trabalho, que acontece quando a pessoa deixa de ir ao trabalho por um tempo considervel”, diz Tibiri. “O que caberia, no caso, seria o patro dar uma advertncia”, acredita o advogado. Ele ressalta, entretanto, que caso voc seja pego se distraindo com a Copa reiteradamente, a pode sim acabar demitido por justa causa. “Meu conselho para o trabalhador : no faa isso no horrio de trabalho. Se for fazer, pea permisso.”
Fernando Medina, diretor de operaes da consultoria Luandre, tambm destaca a importncia de estar atento s polticas internas da empresa. “Se no estiver claro o que pode fazer durante a Copa, vale a pena falar com a rea de Recursos Humanos para esclarecer. Eu no acho legal a pessoa ficar assistindo a um jogo no celular ou notebook no ambiente de trabalho. Pega mal para a imagem dela”, diz Medina.
“s vezes, o funcionrio est fazendo um timo trabalho e acaba marcado porque algum ou e viu que ele estava vendo um jogo”, alerta o consultor. “J do ponto de vista da empresa, no adianta falarmos para ela ser totalmente liberal se a empresa formal. O chefe pode liberar os empregados e acabar se complicando por isso”, explica.
Pessoalmente, Medina acredita ser contraproducente no permitir que se assista pelo menos aos jogos do Brasil. “A pessoa vai ficar com a cabea em outro lugar, vai gerar uma desmotivao. Mesmo uma empresa que, por exemplo, lida com atendimento ao pblico, pode reduzir a carga, fazer escala. Quem atende em um jogo, no atende no outro. At porque, durante um jogo, a demanda ser menor.”
Fonte: UOL
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Urgente : Que renovao? Nove em cada 10 deputados federais tentaro se reeleger
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Enviado por alexandre em 22/04/2018 21:20:41 |
 A classe poltica vive um momento de forte desgaste, mas a busca por um novo mandato mobiliza quase 90% da Cmara dos Deputados. Contrariando uma expectativa por renovao, os partidos representados na Casa projetam um ndice recorde de candidatos reeleio neste ano. Levantamento feito pelo Estado revela que ao menos 447 deputados – nove entre 10 – esto dispostos a estender a permanncia no Congresso por mais quatro anos. Outros 18 ainda no se decidiram e 48 deixaro a Casa.
Se confirmadas as projees dos partidos, a eleio de outubro ter o maior nmero de mandatrios nas urnas desde a redemocratizao, superando as disputas de 1998 e 2006, quando 443 e 442 deputados, respectivamente, tentaram a reeleio. A diferena que, desta vez, as campanhas sero custeadas basicamente com recursos pblicos. Um dos decanos da Casa, o deputado Simo Sessim (PP-RJ) planeja seu 11 mandato consecutivo. Alvo de um inqurito da Operao Lava Jato arquivado em 2016, o parlamentar diz no se preocupar com a manuteno do foro privilegiado, mas com a continuidade do trabalho para a comunidade de Nilpolis (RJ), seu reduto eleitoral. “Sou ficha limpa”, disse Sessim, de 82 anos. “J ei por muitas tempestades em Braslia, dos anes do oramento ao mensalo e, agora, a Lava Jato. Resisto, o de gerao em gerao.”
Se no puder contar com doaes empresariais, o carioca ter prioridade na diviso dos recursos, assim como os demais deputados que vo para a reeleio, seja qual for o partido. Pelas regras atuais, tanto o fundo eleitoral de R$ 1,7 bilho, criado no ano ado, como o Fundo Partidrio de R$ 888 milhes so divididos de acordo com o nmero de parlamentares eleitos por legenda.
A necessidade de se manter as bancadas e, de preferncia, aument-las, explica a opo dos partidos em investir mais em quem j conhecido ou possui mandato. Mas continuar com o foro privilegiado, segundo o professor de cincia poltica da USP, Glauco Peres, o que define se o parlamentar vai ou no arriscar outro cargo – em quatro anos de Lava Jato nenhum deputado foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Isso virou bem importante. Vrios deputados vo tentar se reeleger como forma de garantir que seus processos no avancem”, afirma Peres. Em sua avaliao, apesar de o Supremo indicar que vai restringir o alcance do foro privilegiado a crimes cometidos no exerccio do mandato [j h maioria na Corte], a “ameaa” no suficiente para desencorajar os parlamentares da estratgia.
“Os deputados investigados no vo abrir mo disso [do foro privilegiado] facilmente. Existe o risco de o STF voltar atrs? Existe. Mas um tanto arriscado eles abrirem mo. Que outra chance eles tm?”.
Ru na Lava Jato por corrupo, peculato, lavagem de dinheiro e formao de quadrilha, Anbal Gomes (DEM-CE) acusado de receber R$ 3 milhes oriundos do esquema. Ele nega e diz que sua inteno em continuar na Cmara em nada tem a ver com o foro. “ indiferente. Alis, ter foro at pior. Quem no tem foro tem trs instncias [para se defender], enquanto ns s temos uma oportunidade [no STF]”, afirmou o deputado.
Alguns parlamentares vo deixar para a ltima hora a deciso sobre qual cargo concorrer. o caso, por exemplo, do presidente da Cmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pr-candidato Presidncia da Repblica. Com apenas 1% nas pesquisas de inteno de voto, sua candidatura colocada em dvida at por aliados.
A lista de indecisos para renovar o mandato na Cmara inclui ainda outros 17 parlamentares que tentam se cacifar para cargos majoritrios – Senado, governo de Estado ou vice. A deputada Christiane Yared (PR) est em seu primeiro mandato na Casa, mas j pr-candidata ao Senado do Paran. Se no conseguir entrar na disputa, tentar a reeleio.
No PSDB, a vaga para a corrida ao Senado por So Paulo tambm est aberta e mobiliza os deputados Mara Gabrilli e Ricardo Tripoli, que concorrem com o deputado estadual Cau Macris. At mesmo Tiririca (PR-SP) est na lista dos indecisos. Seu partido, no entanto, afirma contar com os votos dele.
Alm de Maia, h ainda dois deputados que pretendem disputar a Presidncia. Vice-lder nas pesquisas de inteno de voto (no cenrio com o ex-presidente Luiz Incio Lula da Silva), Jair Bolsonaro (PSL-RJ) deixar a Casa aps sete mandatos consecutivos. O novato Cabo Daciolo (PEN-RJ) tambm sonha com o Planalto e tem a promessa do partido que receberia Bolsonaro de ver seu nome na urna.
o estado
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Urgente : A Justia do Brasil depende do pedigree dos rus Por Leonardo Sakamoto
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Enviado por alexandre em 14/04/2018 23:31:43 |
.jpg) A Justia no Brasil sempre foi seletiva. Sua velocidade, por exemplo, depende de quem so os rus, seu pedigree e conta bancria. Pode ser mais rpida ou mais lenta de acordo com a necessidade. E mais ou menos condescendente tambm.
Se for pobre e negro, est lascado. Por outro lado, ricos e brancos tm mais chances de ter uma interpretao da lei que os favoream. Seja porque tem mais recursos para gastar em sua defesa, seja porque sua rede de proteo maior e alcana as pessoas certas. Isso sem contar as preferncias poltico-ideolgicas em comum – afinal de contas, o Poder Judicirio no est desconectado do tecido social para ser imune a ele.
Muito pelo contrrio. Se h magistrados comprometidos com os direitos fundamentais, h outros comprometidos com sua prpria classe.
O Superior Tribunal de Justia salvou o pescoo de Geraldo Alckmin das mos da Operao Lava Jato, enviando seu processo para a Justia Eleitoral aps ele ter perdido o foro privilegiado com sua renncia ao governo paulista para disputar a Presidncia da Repblica. Questionado, o vice-procurador-geral da Repblica, Luciano Mariz Maia, afirmou que a delao da Odebrecht s tinha elementos para questionar Alckmin por crime eleitoral (Caixa 2) e no corrupo iva.
Pode ser. Mas por muito menos que isso, cardeais petistas tornam-se rus. Alm disso, o histrico das investigaes recentes no pas mostra que h um tratamento diferenciado para cardeais tucanos em detrimento a membros de outros partidos. Natural, portanto, a estranheza sobre o encaminhamento do caso para a primeira instncia eleitoral, ainda mais de um processo sob o manto do sigilo.
Apesar de corrupo no ser monoplio de determinada agremiao ou governo e ser um problema estrutural, a Justia parece estar se esforado em nos convencer do contrrio. E pelo comportamento virulento de certos internautas, que acham que o pas se tornou a Terra Prometida aps a priso de Lula, com leite e mel correndo pelo meio-fio de grandes avenidas, creio que essa imagem que est colando para uma parte da populao. Daqui a pouco, todos se daro por satisfeitos e os trabalhos da Lava Jato so encerrados.
Mas a Justia tambm pode ser seletiva com ela mesmo. Como o caso de casais de juzes que acumulam auxlio-moradia, como o juiz Marcelo Bretas, responsvel pela Lava Jato no Rio e sua companheira. Vale ressaltar que ele no recebeu isso automaticamente. Teve que correr atrs e lutar pelo que afirma ser um direito seu.
Falando em previso de direitos, o artigo 7, inciso IV, da Constituio Federal prev que o salrio mnimo seja ”capaz de atender s suas necessidades vitais bsicas e s de sua famlia, como moradia, alimentao, educao, sade, lazer, vesturio, higiene, transporte e Previdncia Social”. E seja ”reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculao para qualquer fim”. Porm, se um morador de So Jos da Tapera, nos serto de Alagoas, pedir Justia que o seu salrio-mnimo atenda tudo isso a, ser encaminhado para tratamento de demncia.
O curioso que, enquanto a maior parte das postagens nas redes sociais mostrava indignao pelo privilgio dobrado, muitos defendiam a graa alcanada afirmando que os juzes da operao podem ter o que quiserem por ”trazerem moralidade ao pas”.
Cidados que afirmam lutar contra a corrupo deveriam ser os primeiros a ir contra privilgios pagos com recursos pblicos. Mas parte da sociedade no se importa e defende que deva existir uma casta diferenciada. Pessoas que conquistaram o direito de terem privilgios perante a lei.
Isso, quando toca o cho da vida cotidiana, refora aberraes.
Qualquer resqucio de pudor vindo de pessoas que j se sentiam superiores s demais, por sua classe social, cor de pele, etnia desaparece.
O trnsito, espao de contato de diferentes grupos que, caso contrrio, nunca trombariam, confirma essa hiptese. Leia Tambm: JOO PESSOA: PT e Frente Brasil Popular convocam populao para ato contra priso de Lula
Um carro que deve custar o mesmo que o apartamento em que moro parou em frente garagem do prdio para sua dona fazer compras na loja frente. Diante da reclamao, ficou irritada. Afinal, por que no podamos esper-la s por uns minutos. Li quatro histrias semelhantes a essa na ltima semana. Sempre com algum que, em sua cabea, acreditava que o pas existe para servi-lo. E quem no conseguia entender isso e questionava ou era tratado como burro ou como subversivo que precisa ser colocado em seu devido lugar.
Se at a Justia considera que existem algumas pessoas que esto acima do restante de ns, por que quem tem um pouco a mais na conta bancria deve manter as aparncias? Mandando s favas os escrpulos, o sujeito que se sente diferenciado, diante de uma rplica, estufa o peito e, sem medo do ridculo, solta um ”voc sabe com quem est falando?”. Frase que uma herana de um Brasil dividido entre aqueles feitos para servir e os que nascem para serem servidos.
A ”faxina” promovida pelo combate corrupo no atingiu todo o espectro partidrio envolvido em denncias. Diante do fato de que at uma morsa com problemas de viso devido falta de vitaminas consegue perceber isso, quem diz que ”a lei para todos” ou mal informado ou age de m f.
Sabe aquela histria de ”primeiro a gente tira a Dilma, depois tira o resto?” Mentira. E muitos caram nela. Feito patinhos que seguiam um pato amarelo.
Instituies foram esgaradas para que o impeachment coubesse nas necessidades do poder econmico e da velha poltica. E seguem sendo esgaradas quando a dureza da lei aplicada a apenas um lado da histria, enquanto o outro continua fazendo o que quer. Mas agora com a sensao de liberdade plena lambendo suas faces. Leia Tambm: VEJA VDEO: A pergunta e as consequncias aps a priso de Lula - Por Gutemberg Cardoso
Com o aprofundamento do esgaramento, pagamos todos o preo do clima de desrespeito a leis e regras com o consequente ”foda-se” a tudo aquilo que nos une como um pas.
E como o resto do pas, que no nasceu em bero de ouro, responde a isso? H aqueles cujo desejo serem iguais aos lderes polticos, judiciais e econmicos que idolatram. Esses seguem sendo guerreiros de uma realidade que no sua, torcendo para um dia ”chegarem l”. E, enquanto isso, seguem mostrando todos os dentes a quem questiona seus mestres.
O restante cultiva desalento, impotncia, desgosto e cinismo. Isso no estoura em manifestaes com milhes nas ruas, mas gera uma bomba-relgio que vai explodir invariavelmente em algum momento, ferindo de morte a democracia. Pois cadas em descrena, instituies levam dcadas para se reerguer – quando conseguem. No meio desse vcuo, surge a oportunidade que, dentre os semoventes que se consideram acima das leis, alguns se apresentem como a sada para os nossos problemas. Como salvadores da ptria.
A triste constatao ao fim de tudo isso que a ptria precisa ser salva dos salvadores da ptria.
Fonte: Blog do Sakamoto
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Urgente : Pr-campanha: o que pode, o que no pode e o que j deveria ter sido feito
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Enviado por alexandre em 16/03/2018 22:07:27 |
 Jos Armando BUENO
A cultura da campanha eleitoral no Brasil ainda est atrelada a modas antigas, e os candidatos tm enorme dificuldade em entender o que se denomina agora de pr-campanha, revigorada pelo TSE e to mais importante quanto a campanha propriamente dita. At recentemente os candidatos ficavam “escondidos”, aguardando a largada oficial da campanha a partir das convenes, mais timidamente, e depois na campanha do Rdio e TV, mais agressivamente. Dada a largada, inundavam as ruas com muito barulho e sujeira, militantes pagos, carros de som com jingles do tipo chiclete e no ltimo volume e muito, muito papel. As mudanas fortes na legislao eleitoral com a reforma recentemente regulamentada pelo TSE, e o amplo domnio no uso de internet atravs das redes sociais, jogaram os candidatos numa situao adversa: as condies que antes favoreciam ou garantiam a vitria de um candidato, no mais existem. O cenrio mudou, e a estratgia da esmagadora maioria dos candidatos no. Vamos ver isto?
O TEMPO | Antes, o bem mais precioso de uma campanha era dinheiro. Com ele quase tudo era possvel e ele continua importante mas, hoje, o TUTU perdeu para o TEMPO, o insumo humano mais caro e mais raro do planeta. Os poucos segundos que voc levou para ler o pargrafo anterior aram e no voltam nunca mais! Dentro de seis meses o primeiro turno ter acabado e o resultado poder ser uma festa ou um desastre. Pela prpria natureza do processo eleitoral, dos quase 30 mil candidatos que se espera em 2018 em todo o pas, apenas cerca de 5% ter o que comemorar. Sim, um funil muito, muito estreito, e a realidade que a maioria esmagadora dos candidatos no se prepara ou prepara-se muito mal, e o tempo voa e j foi. E seis meses no nada amigos. Candidatos competitivos em 2018 esto em campo desde 2014 ou at antes, em especial os que no foram eleitos, com a faca na boca e no trecho faz tempo. Por outro lado, a maioria no tem presena na internet, e quando tem no preenche os mnimos requisitos para competir no campo digital, o mais importante territrio da batalha eleitoral que j comeou. Alguns compram likes no Facebook como se compra banana na feira, acreditando em milagres que no existem. Um desastre monumental. Eu conheo meia dzia de deputados que compraram likes, emprenhados pelo ouvido de vendedores de iluses e assessores. Baratinho: 100 mil likes por R$ 1.999,00. O pior que a maioria tem assessores “cegos” que esto guiando outros cegos… para o buraco do desastre. E o auto-engano o veneno para amaciar o ego.
PR-CAMPANHA | Com as alteraes trazidas pela reforma poltica, ou a ser legal a realizao de uma srie de aes de marketing, comunicao e divulgao do pr-candidato e de suas ideias e propostas, antes da campanha propriamente dita, por isso este perodo ou a ser denominado de pr-campanha. Assim, uma srie de aes podem ser realizadas para que o pr-candidato crie visibilidade e aumente seu potencial eleitoral. Este perodo vai, oficialmente, de 15 de maio a 15 de agosto. Mas os pr-candidatos mais agressivos e rpidos, que tm objetivos claros, j colocaram seus nomes na rua. Seja atravs de adesivos em carros, casas e os locais mais diversos, pr-candidatos esto utilizando uma brecha na lei, que no probe este tipo de ao, inclusive reunies, quermesses, bingos para arrecadao de fundos, mas sem mencionar a candidatura propriamente dita, o partido ou qualquer ligao expressa com uma candidatura. Pela legislao vigente, quando no h meno explcita candidatura – como o cargo que o candidato disputar ou o nmero que ser usado por ele na urna –, a lei eleitoral no considera propaganda antecipada. Mas, um alerta: expressamente proibido pedir voto, mesmo de forma velada. O candidato pode sim falar sobre suas ideias e projetos, sua opinio sobre a poltica, sobre eleies, mas no pode haver meno clara e especfica candidatura com pedido de voto. Isto fcil, basta saber istrar as emoes e o ego. De novo ele.
O QUE PODE ? | Diversas aes aram a ser permitidas durante o perodo que antecede a campanha, mas importante ficar atento lista de aes autorizadas pela nova legislao, tanto para polticos em mandato quanto sem mandato:
1) Apresentao de propostas e discusso sobre as eleies a serem realizadas, desde que no haja referncia a voto.
2) Realizao de interaes sociais diversas e contato com o eleitorado.
3) Pedido de apoio poltico, desde que no haja pedido de voto.
4) Divulgao de atos parlamentares e/ou debates legislativos, sempre sem pedido de voto.
5) Expressar publicamente a pretenso de concorrer a cargo pblico, por meio de redes sociais diversas e outros meios, desde que no mencione partido nem nmero.
6) Exaltar qualidades pessoais sob diversas formas de comunicao.
7) Falar de propostas partidrias sem referncia expressa candidatura, nmero ou referncia a voto.
O QUE NO PODE? | Da mesma forma que as aes permitidas na pr-campanha esto exemplificadas na legislao eleitoral, como tipificado acima, algumas aes continuam proibidas nesse perodo. O que o pr-candidato no pode fazer:
1) Divulgar dados de candidatura, como nmero para votao, nome oficial de candidato, nome ou dados de coligao ou similares.
2) Pedido direto ou indireto de voto ou de convencimento de terceiros para votar, e nem utilizar terceiros para fazer isso.
3) Divulgao de qualquer material de campanha por qualquer meio e que tenha como foco o convencimento do eleitor a votar em determinado candidato ou partido poltico.
O QUE J DEVERIA | Desde sempre o pr-candidato pode fazer campanha sobre seu nome, ideias, propostas, projetos, sem envolver partido. Para ser repetitivo: apenas no perodo especfico de pr-campanha os pr-candidatos tm que tomar cuidados de acordo com a legislao. Mas uma srie de aes j deveriam estar em curso, e que j teriam feito enorme diferena para o posicionamento do pr-candidato. A maioria tem um PERFIL no Facebook. Mas perfil PESSOAL e no serve para posicionar pr-candidatura, mas um bom PERFIL, que tenha milhares de seguidores, pode ajudar a fortalecer uma PGINA e fazer migrar os amigos para ela. Posicionamento profissional exige PGINA no Facebook e Conta Profissional (denominada Comercial) no Instagram. Se o pr-candidato tem habilidades de escrita ou pode contratar quem faa, muito importante ter um BLOG para gerao de contedo especial, qualificado, sobre voc enquanto candidato. E uma conta no Whatsapp Business fundamental, porque as ferramentas que o novo aplicativo disponibiliza no existem no aplicativo original. Agora, o que mais importante, fundamental e estratgico? A gerao de contedos relevantes. Sem isso todo o trabalho pode ser jogado no lixo, no presta mesmo. Contedo relevante tem, essencialmente, trs funes: educar (transmitir conhecimento), informar (fazer saber, dar notcia), formar (desenvolver conhecimento). Estas trs funes devem ser utilizadas, muitas vezes simultaneamente, para gerar o fator mais importante para levar o pr-candidato porta do resultado, o ENGAJAMENTO, que o envolvimento do eleitor potencial com a sua mensagem, com o contedo, com o seu nome, com suas propostas, buscar a interao ativa do eleitor para gerar o buzz (boca a boca). Isto o mnimo para comear um bom trabalho de marketing e comunicao. E esquea a mo de obra. O que conta agora so os crebros de obra.
Nota importante: o impulsionamento no Facebook, que pagar para que suas publicaes alcancem mais pessoas, uma armadilha letal para pr-candidatos que no geram contedo relevante e qualificado. De fato o tiro sai pela culatra e consertar isto muito caro. Infelizmente, milhares de pr-candidatos esto impulsionando at foto da famlia, da pescaria, na igreja, no boteco, do post do Dia de So Nunca, porque acreditam em milagre.
A CONVERSO | Todo esse esforo de pr-campanha tem um nico objetivo: converter o eleitor potencial engajado em eleitor de fato. A converso o que vai decidir sua eleio. Qualquer outra coisa perde importncia, pois se o candidato seguiu uma estratgia e um bom roteiro, o eleitor j foi convencido ANTES mesmo da campanha propriamente dita ter comeado, e que vai durar apenas 35 dias. Acredite, se voc no fez isto at agora, sua candidatura j est em risco, mesmo que seja um poltico em mandato. Alis, boa parte destes sero atirados no esquecimento porque acreditaram em milagres, alimentados por arrogncia e falta de profissionalismo.
P.S.: TV e Rdio so muito importantes nas campanhas, como meios de difuso de massa das candidaturas em faixas de horrio muito especficas, mas sero utilizados por apenas 35 dias. J as redes sociais operam full com alta capilaridade e capacidade de difuso horizontal (determinada faixa do eleitorado) ou vertical (todas as faixas do eleitorado), atravs dos contedos relevantes desenhados para cada perfil de pblico ou nicho de eleitor. No menciono aqui os perfis falsos, as fake news e os bots, que atingem cerca de 10% do eleitorado. H mais marketing nisso do que danos frontais ou colaterais, bastante pontuais. No se enquadra nesta categoria o escndalo do grampo dos deputados Mauro e Jesuno, pois os fatos so concretos e a partir deles foram gerados desdobramentos incontrolveis, inclusive fake news. H diferena entre uma fake news falsamente original e uma desdobrada de um fato, mas ambas so muito escalveis nas eleies. Um apresentador de TV famoso, Nelson Rubens, criou uma expresso bastante apropriada para representar tais diferenas: “eu aumento , mas no invento”.
Jos Armando BUENO empreendedor e jornalista, editor de A CAPITAL.
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