Embora ns usemos as classificaes de Reino, Filo, Classe, Ordem, Famlia, Gnero e Espcie para agrupar os seres vivos da Terra, desde que essas denominaes foram inventadas pelo botnico sueco Carl Linnaeus em 1735, uma criatura parece tentar fugir de todos os tipos de padro: a lesma marinha Elysia chlorotica.

De aparncia no muito chamativa, essa criatura natural das poas de mar e pntanos salgados na costa leste dos Estados Unidos — crescendo no mais que 5 cm no comprimento.

Seu corpo achatado e brilhante faz com que parea uma pequena folha nadando. Porm, o mais curioso que esse pequeno bichinho se movimenta por conta da energia solar. Entenda!

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COMBUSTVEL SOLAR

A E. chlorotica possui uma dieta estrita composta por Vaucheria litorea, uma alga unicelular, que perfurada pela lngua afiada da criatura e tem seu citoplasma e organelas sugados. Porm, ao contrrio de outros organismos, essa lesma marinha no apenas digere seu alimento e encerra seu dia.

Aps ingerir a alga, esse animal salva os seus cloroplastos, que nada mais so do que minsculas organelas responsveis pela realizao da fotossntese, e os armazena em clulas especiais que revestem seu extenso e ramificado intestino. Nessa parte do corpo, os cloroplastos permanecem ativos por aproximadamente um ano.

Durante esse perodo, eles continuam desempenhando sua funo original de transformar luz solar em acar. Dessa forma, a lesma marinha consegue ar meses sem comer nada, retirando toda a sua energia da luz solar e do processo de fotossntese, como se fosse uma planta. Logo, a E. chlorotica uma criatura que parece desafiar qualquer tipo de padro encontrado na natureza e se apresenta ao mundo como um misto de animal e planta.

SURPRESA PARA PESQUISADORES

Fotos: Reproduo

Desde que foi descoberta, na dcada de 1970, a lesma movida a energia solar despertou uma enorme curiosidade e confuso na mente dos bilogos marinhos. Se no bastasse sua capacidade de incorporar partes das clulas das algas, essa habilidade s feita por uma pequena quantidade de organismos vivos no mundo.

Segundo a cincia, esse "roubo", tambm chamado de cleptoplastia, nem deveria ser possvel. Para realizar a fotossntese, os cloroplastos requerem cerca de 3.500 protenas diferentes, incluindo enzimas necessrias para reparar os danos causados pela exposio luz solar. 10% dessas protenas podem ser produzidas pelo prprio cloroplasto usando seu prprio suprimento de DNA.

Os outros 90% das protenas necessrias, no entanto, deveriam ser fornecidas pelo ncleo da clula hospedeira, mas tudo isso foi descartado pela lesma no ado. Assim, os cloroplastos no deveriam conseguir funcionar dentro das clulas das lesmas, mas de alguma forma funcionam.

Essa uma tcnica que ainda no est nem um pouco perto de ser compreendida pelos pesquisadores, principalmente porque muito mais comum entre bactrias do que outro tipo de ser vivo. Sendo assim, possvel afirmar que a E. chlorotica uma espcie de lesma bastante intrigante e verdadeiramente nica.

Fonte: Mega Curioso

Apesar de a medicina moderna ter evoludo consideravelmente em questes tecnolgicas, fazendo com que os seres humanos aumentassem suas expectativas de vida, nem sempre tudo foi assim. Durante a maior parte da histria, procedimentos cirrgicos eram extremamente sangrentos, dolorosos e perigosos.

Sem o benefcio de contar com antisspticos e anestesias, os mdicos precisavam correr contra o tempo para tomar as melhores decises — o que era bastante arriscado.

No incio do sculo XX, no entanto, a maioria dos avanos cientficos comearam a surgir e a medicina foi tomada por uma prtica temerosa: tomados por novas ideias, mdicos aram a remover rgos humanos perfeitamente saudveis em uma busca incessante para livrar a humanidade de doenas. Entenda!

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REMOO PREVENTIVA DE RGOS

Foto: Reproduo

A chamada exciso preventiva de rgos perfeitamente saudveis surgiu como uma tcnica para tentar livrar as pessoas de ficarem constipadas. Em 1914, o bilogo russo Ilya Metchnikoff, ganhador do Prmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1908 por seu trabalho pioneiro em imunologia, desenvolveu uma teoria da doena crnica que chamou de "autointoxicao".

Essa teoria dizia que o clon, a parte do intestino grosso que conecta o intestino delgado ao reto, estagnava e apodrecia. Na viso de Metchikoff, inclusive, o apodrecimento dessa parte do corpo tambm era responsvel por causar lceras, cncer de bexiga, hipertenso, artrite reumatide e at distrbios psiquitricos.

Com base nisso, o mdico William Arbuthnot Lane, do Reino Unido, teve a ideia de comear a praticar um tipo de procedimento que lhe tornaria infame dentro da comunidade mdica: a colectomia radical, na qual o clon extirpado e a extremidade do intestino delgado ligada diretamente ao reto. Da dcada de 1910 at a de 1930, milhares de britnicos e americanos tiveram seus dois pontos perfeitamente saudveis cortados como medida preventiva.

FASE DE EXPERIMENTAES

As colectomias tornaram-se to populares que o procedimento ou a ser prescrito regularmente para doenas menores como dor de garganta ou lcera estomacal. Porm, os resultados nunca foram verdadeiramente satisfatrios. A maioria dos pacientes de Lane no tiveram nenhum benefcio com a prtica, o que fez com que o mdico abandonasse sua crena nesse tipo de cirurgia radical.

Contudo, ele no foi o nico ao longo dos anos com esse tipo de interveno cirrgica em mente. Em 1907, por exemplo, Henry Andrews Cotton, superintendente do New Jersey State Lunatic Asylum (EUA), soube de uma nova teoria que falava sobre como infeces ocultas poderiam corroer a mente humana e aumentar os riscos de problemas psiquitricos.

Portanto, para Cotton, bastava eliminar o local da infeco e a doena mental seria curada. Ele estava to obcecado com esse pensamento que chegou a arrancar os dentes de seus prprios filhos como forma de precauo. Alm disso, muitos de seus pacientes perderam testculos, ovrios, baos, estmagos, vesculas biliares, colo do tero e, claro, clon.

Apesar de as evidncias de sucesso nunca terem sido claras e os resultados serem duvidosos, esse tipo de procedimento era considerado progressista naquela poca e abriu precedentes para algumas cirurgias modernas. Foi por meio desses "testes" que descobrimos alguns locais de infeco crnica no corpo humano e, por isso, realizamos cirurgias de extrao de amgdalas e apndice at hoje.

Fonte: Mega Curioso

Enquanto algumas pessoas consideram a velhice um momento de estabilidade e paz fsica e espiritual, outras pessoas encaram essa etapa como o pice e, segundo suas condies, destacam momentos de glria.

Durante a histria da humanidade, alguns idosos cometeram feitos dignos de heris e mudaram o curso das civilizaes antigas e modernas por meio de decises simblicas, contrariando o prprio rumo da evoluo e da vida.

Confira abaixo histrias de pessoas velhas que, mesmo com as limitaes impostas pela idade, realizaram feitos inesquecveis e ficaram marcados por seus atos de coragem:

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1. REI AGESILAU II, DE ESPARTA (442 A.C.–358 A.C.))

Um dos reis mais antigos da histria de Esparta, Agesilau II encerrou sua vida como um mercenrio no Egito, onde liderou homens em combate aos 80 anos. Apesar de ser um fracasso em relao diplomacia, o monarca foi considerado um grande estrategista e se destacava por intenes agressivas, fazendo jus a um dos exrcitos mais ferozes da antiguidade.

Guerreiro enrgico, Agesilau II assumiu o trono logo aps a vitria na Batalha do Peloponeso e travou conflitos por dcadas contra seus vizinhos gregos. Apesar disso, ele foi incapaz de conter a ascenso de Tebas e atuou como um dos principais mercenrios da poca, devido a falta de recursos financeiros para sustentar os embates. Porm, devido ao surgimento de incontveis rivais e necessidade do rei de derrot-los, ele acabou morrendo enquanto retornava para Esparta, aos 84 anos.

2. IMPERADOR VESPASIANO, DE ROMA (9 D.C.–79 D.C.

Nascido Tito Flvio Vespasiano e abaixo da classe considerada senatorial, o imperador romano saiu de suas origens humildes para fundar a Dinastia Flaviana, que governou o Imprio por trs dcadas. Ele iniciou sua carreira poltica como tribuno militar — funcionalismo — e subiu constantemente na hierarquia nos anos seguintes, mostrando um brilhantismo excepcional no comando de uma legio romana e conquistando a estima de grandes nomes da poca.

Vespasiano anunciou a aposentadoria aps desentendimentos com a famlia de Cludio (10 a.C.–54 d.C.) e assumiu a represso da rebelio judaica, em 67 d.C. Em abril de 69, no ano conhecido como “O Ano dos Trs Imperadores”, ele se declarou imperador aps um conflito intenso em Roma e gerou um governo bem-sucedido, com estabilidade social e militar e um grande programa de obras pblicas.

Ele morreu em 79 d.C. e marcou um legado curioso para os imperadores romanos. Isso porque, desde Jlio Csar (100 a.C.–44 a.C.), lderes de boa reputao foram deificados aps a vida. Em seu leito final, Vespasiano brincou: “meu caro, acho que estou me tornando um deus”.

3. GEBHARD LEBERECHT VON BLUCHER, DA PRSSIA (1742–1819)

Fotos: Reproduo

Responsvel por salvar o duque de Wellington na Batalha de Waterloo, em 1815, o marechal Gebhard Leberecht von Blucher, apelidado de Vorwarts ("Forward") por seu estilo agressivo, foi um dos nomes mais marcantes do imperialismo napolenico. Louco e propenso a delrios, o comandante militar alemo acreditava haver engravidado de um francs e estava prestes a dar luz a um beb elefante, julgava o cho como lava e mantinha sempre os ps acima do solo enquanto estava sentado e chegou a lutar publicamente contra o ar — um fantasma vingativo de um oficial morto, na verdade.

Ainda jovem, Blucher ingressou no exrcito da Prssia como um nome promissor. Cabea quente e extremamente capacitado, ele se tornou um grande lder de combate e no decretava tempos de paz, mesmo quando no havia guerra para lutar. Durante sua vida, o soldado ameaou um padre de execuo, se demitiu do exrcito por desprezo de seus colegas e teve seu retorno s tropas impedido por Frederico, o Grande. Por fim, o militar foi aceito ao regimento aps a morte do governante.

Apesar de suas loucuras, Blucher no teve sua eficcia como general desmerecida. Aos 71 anos, o comandante desempenhou um papel fundamental ao liderar um exrcito prussiano-russo na derrota de Napoleo na Batalha de Leipzig — a maior batalha das Guerras Napolenicas. Dois anos depois, em outro conflito, ele sobreviveu a uma situao de morte impossvel e voltou ainda mais glorificado. Posteriormente, Vorwarts foi considerado heri nacional.

Fonte: Mega Curioso

Sentar-se mesa de jantar junto de seus amigos e familiares para desfrutar uma deliciosa refeio pode ser um momento bastante reconfortante e relaxante do seu dia.

Porm, saiba que essa no necessariamente a prtica mais saudvel para a sua sade — sobretudo se voc j a muito tempo sentado em uma cadeira no seu dia a dia.

Inlusive, esse um hbito to normal em pases ocidentais que nos vemos surpresos quando descobrimos que a maioria das famlias no Japo costumam sentar no cho para se alimentar, algo que ocorre at mesmo dentro de restaurantes no pas. Veja s porque esse mtodo pode ser bastante benfico para ns!

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IMPORTNCIA DA POSTURA

Foto: Reproduo

Quando sentamos no cho com as pernas cruzadas para comer, como se estivssemos fazendo ioga sem qualquer tipo de esforo. Segundo a cultura orienta, essa pose aumenta o fluxo sanguneo para o estmago e ajuda na digesto dos alimentos — facilitando a obteno de vitaminas e nutrientes.

Alm disso, inclinar-se para frente para pegar a comida do prato e depois retornar a sua posio inicial para engoli-la fortalece os msculos do abdome, podendo prevenir a sensao de inchao. Existe tambm a crena de que sentar-se no cho enquanto come ajuda o nervo vago a funcionar melhor, aumentando a produo do hormnio chamado leptina, que nos diz quando estamos satisfeitos. Logo, mais fcil no comer excessivamente desse jeito.

Tambm importante pensar que permanecer muito tempo sentado em uma cadeira pode causar dores nas costas, eventualmente forando os discos da coluna, enquanto sentar-se no cho alonga os joelhos e os quadris. Como essa posio ajuda voc a se sentar mais alto a cada mordida, ela ser responsvel por fortalecer sua coluna, seus ombros e ainda evita com que voc fique curvado ao longo do tempo.

LONGEVIDADE

Para os japoneses, sentar-se no cho no apenas uma sada para diminuir a moblia em casas pequenas, mas sim um remdio para viver mais. Enquanto permanecer sentado em uma cadeira pode causar rigidez no quadril, permanecer no solo da casa permite que voc estique essa parte do corpo e seus tornozelos. No fim do dia, isso te deixar mais flexvel.

importante destacar que, quando estamos sentados sem um e para nossas costas, o nosso corpo encorajado a envolver os msculos centrais em todos seus movimentos, algo que beneficia nossa postura. Sendo assim, existe todo um processo para envolver mais musculaturas e prevenir o corpo de dores fortes com o ar da vida.

Por fim, sentar no cho pode ser tambm um exerccio de relaxamento mental. Visto que voc est basicamente praticando ioga enquanto come, voc estar encorajando sua mente a se acalmar. Quando nossa cabea est em paz, podemos aproveitar mais a refeio que estamos tendo e desfrutarmos dos pequenos momentos da vida.

Fonte: Mega Curioso

Recm-lanado pela Netflix, Pinquio traz aos holofotes, pela segunda vez neste ano, a histria do boneco de madeira mais querido dos contos de fadas. Porm, a trama desenvolvida 100% em tcnicas de stop-motion surge como uma nova perspectiva da histria de fantasia, agora guiada por um lado mais sombrio que, em um primeiro momento, pode despertar emoes negativas nos fs. De onde ser que veio essa proposta?

Em entrevista BBC Culture, Guillermo del Toro, idealizador do longa-metragem, revelou que a morte um elemento primordial em seu filme e incorporada para ensinar sobre o significado da existncia humana. Diferentemente do conto narrado pela clssica animao da Disney, aqui no possvel observar a concepo de um boneco romantizada, mas sim proposta pelo luto de um marceneiro, ocorrido aps perder seu nico filho para uma bomba na Segunda Guerra Mundial.

"Deixamos claro desde o incio que este filme era parte integrante de A Espinha do Diabo e O Labirinto do Fauno", diz del Toro, referindo-se a duas de suas fantasias de terror lanadas sob contextos histricos — a Guerra Civil Espanhola. "Deixei claro [para a Netflix, que financiou o filme] que no estou fazendo isso para crianas, no estou fazendo isso para os pais do futebol. Estou fazendo isso para mim e para meu time."

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A "histria da criao" sobre uma obra de arte que ganha vida tem, como tema predominante no filme de del Toro, a injustia das crianas serem mandadas pelos adultos.

O diretor quis propor um heri desobediente, onde cada ato de confronto resulta em uma punio direta ou como consequncia profunda. Assim, a virtude seria apresentada como um elo que tornaria o personagem mais ntimo com todos os espectadores, porm de uma forma "assustadora".

Apesar disso, as imagens de Collodi seguem deixando rastros por cada adaptao que aparece. O medo do mundo adulto retratado das mais diversas formas, medida que temas como a dificuldade de compreenso, as mentiras, os problemas por escolhas inconsequentes e o mal inerente ao mundo exterior afetam algum que quer ser um menino de verdade; ou uma pessoa, um humano, de verdade.

Fonte: Mega Curioso