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Urgente : Internautas criam petio pblica para instalao do IG em Vilhena
Enviado por alexandre em 28/03/2014 09:20:08

Internautas criam peti

A petio est circulando na internet e j provocou vrios s para o Abaixa-Assinado.

O autor da petio on-line ainda desconhecido, mas entende-se que seja morador de Vilhena. Segundo informaes de alguns internautas entrevistados pela nossa reportagem, a petio d-se devido ao monoplio criado por uma rede de supermercado instalado em Vilhena h vrios anos.

Muitas informaes desencontradas informam que o motivo da barrao da instalao do novo supermercado em Vilhena, devido a um acordo poltico realizado entre os scios proprietrios da rede de supermercados instalados na cidade e a prefeitura de Vilhena.

Existe dados que, os scios da rede de Supermercado Irmos Gonalves levantaram interesse na instalao de uma unidade da rede em Vilhena sendo que foram barrados atravs deste suposto acordo comercial.

“Eles colocam o preo que quiserem, s existe eles em Vilhena, isso injusto”. Afirma indignado um internauta.

A rede de Supermercado Irmos Gonalves tem 11 unidades em Rondnia em 7 cidades: Ariquemes, Cacoal, Guajar-Mirim, Jaru, Ji-Paran, Ouro Preto e Porto Velho.

Para ar a petio,CLIQUE AQUI.

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Dirio do Conesul 1g3dv

Urgente : Joaquim Barbosa: O Brasil o pas do tapinha nas costas
Enviado por alexandre em 23/03/2014 11:27:29

"Dizer que entrei por cota manifestao racista, porque as pessoas que fazem isso no olham para o meu currculo. O cara s v a cor da pele"

Em entrevista ao jornalista Roberto D’vila, da Globonews, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, classificou o Brasil como o pas dos “conchavos, do tapinha nas costas”, onde ocupantes dos trs poderes fazem “muitas brincadeiras” e no pensam nas conseqncias de suas decises. Foi a primeira entrevista exclusiva a uma TV concedida pelo ministro em seus quase 11 anos de Supremo.

“O Brasil o pas dos conchavos, do tapinha nas costas, onde tudo se resolve na base da amizade. No o nada disso. s vezes, sou duro para mostrar que isso no faz o menor sentido numa grande democracia como a nossa. ns estamos entre as dez grandes democracias do mundo hoje, das mais slidas. Isto aqui no lugar pra brincadeira, se faz muita brincadeira no Brasil no mbito do Estado, dos trs Poderes. Muitas decises so tomadas superficialmente. No se pensa nas consequncias”, declarou.

Na entrevista, exibida nesta madrugada, Joaquim descartou se candidatar nestas eleies a qualquer cargo eletivo. Mas itiu a possibilidade de entrar para a poltica algum dia. “Pode ser que sim, pode ser que no. Vai depender do meu humor nos anos que se seguiro minha sada do tribunal. As coisas vo acontecendo, sempre foi assim.”

Clique aqui para assistir ntegra da entrevista

Durante a entrevista, o ministro Joaquim Barbosa disse que o pas est adotando medidas erradas para combater a corrupo. Na avaliao dele, o Brasil tem de ser mais duro na preveno, ameaando o bolso, a carreira e o futuro de quem se aventura por esse tipo de prtica criminosa. “No quero justificar corrupo tupiniquim, mas ela est presente em todos os pases, em maior ou menor grau. Ainda no encontramos os mecanismos, a forma correta e eficaz de combat-la. Talvez estejamos adotando o mtodo errado.”

Ele tambm contou que sofreu desgaste fsico, emocional e mental com o julgamento do mensalo e que, ao contrrio de seus crticos, considera brandas as penas aplicadas aos condenados. “Examino as penas aplicadas no mensalo com as aplicadas e chanceladas pelo Supremo nas turmas, relativas a pessoas comuns. Convido aqueles que criticam o Supremo por ter aplicado essas penas supostamente pesadas a fazer esse tipo de comparao. Vo verificar que o Supremo chancela, em habeas-corpus, penas muito mas muito pesadas, em coisas comparadas.”

Primeiro negro a presidir o Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa disse que atribuir sua indicao corte a uma cota racial demonstrao de racismo por ignorar o seu currculo. Ele afirmou que ainda sente o preconceito racial e que j chorou, quando criana, por ser vtima de discriminao.

“No acho que tenha vindo pra c com essa misso de combater o racismo. Sempre achei que minha presena aqui contribuiria para desracializar o Brasil, as relaes, para que as pessoas tivessem a sensao de que no h papel pr-determinado para A, B ou C. Espero que no dia que eu sair daqui, os presidentes da Repblica saibam escolher bem pessoas para c, que escolham negros com naturalidade.”

Veja alguns dos principais pontos da entrevista:

Poltica
“Nunca tive participao poltica alguma. Sou um observador da cena poltica. De certa forma, participante j que ocupo a terceira posio no Estado brasileiro. No de forma militante, prefiro me manter alheio a quase tudo o que se a aqui nesta Praa dos Trs Poderes que tenha carter poltico.”

“Recebo inmeras manifestaes de carinho, pedido de cidados comuns para que me lance nessa briga [candidatura], mas no me emocionei com a ideia ainda.”

“Pode ser que sim, pode ser que no. Vai depender do meu humor nos anos que se seguiro minha sada do tribunal. As coisas vo acontecendo, sempre foi assim.”

Corrupo
“Talvez estejamos adotado mtodo errado. Venha refletindo sobre essa questo. tenho minhas dvidas se esse mtodo puramente repressivo o mais eficaz para combater a corrupo. talvez medidas preventivas drsticas que doam no bolso, na carreira, no futuro dessas pessoas que praticam corrupo sejam mais eficazes”

“Por que permitir que uma pessoa com duas condenaes concorra aos cargos mais importantes. No se trata, nesse caso, de escolher funcionrios pblicos subalternos, mas aqueles que vo dirigir o pas.

Juventude
“Para os padres atuais, [meu pai rgido at demais. perteno a uma gerao de brasileiros que levava surra dos pais. j na gerao do meu filho, isso era inissvel.”

Era um pouco rebelde, extremamente tmido. Considero que ainda sou tmido, mas perdi boa parte dessa timidez por volta dos 21, 22 anos, quando tive minha primeira experincia fora do pas. Voltei completamente mudado, mais confiante.”

Temperamento
O ministro Carlos Ayres Britto disse: ‘Joca o mineiro menos mineiro que eu vi na vida. Fala o que pensa, diz na cara’. No quero com isso negar minhas razes mineiras. O pouco contato que tive com esse modo de fazer mineiro me levou a isso. Me tornei uma mescla.

Judicirio
“No tenho viso muito tradicional do papel do Judicirio, acho que ela no existe mais hoje, no faz sentido, mas no sou favorvel a muitos arroubos, no sentido de o Judicirio usurpar as atribuies dos outros Poderes. Sempre tive posio aqui de meio-termo.”

Conchavos
“s vezes tem de ser [muito duro]. O Brasil o pas dos conchavos, do tapinha nas costas. onde tudo se resolve na base da amizade. No o nada disso. s vezes, sou duro para mostrar que isso no faz o menor sentido numa grande democracia como a nossa. ns estamos entre as dez grandes democracias do mundo hoje, das mais slidas. Isto aqui no lugar pra brincadeira, se faz muita brincadeira no Brasil no mbito do Estado, dos trs Poderes. Muitas decises so tomadas superficialmente. No se pensa nas consequncias.”

Irritao no Supremo
“No rdea curta. Sou companheiro inseparvel da verdade. No o essa histria de o sujeito ficar escolhendo palavrinhas muito gentis para fazer algo inaceitvel. Isso da nossa cultura. O sujeito est fazendo algo ilegal, inissvel, mas com belas palavras, com gentilezas mil. Longe de mim esse tipo de comportamento. Isso fonte de boa parte dos momentos de irritao que tenho aqui.”

“No fao nada em carter pessoal, no.”

Mensalo
“O processo do mensalo trouxe desgaste muito grande, com carga poltica exagerada, poderosa, um pouco turbinada pela mdia tambm. Um processo que durou um tempo razovel. estou aqui h quase 11 anos, s neste processo foram quase sete. Isso consumiu boa parte das minhas energias no Supremo Tribunal Federal. Eu encarei com absoluta naturalidade. No encarei como um processo como outro. Era um processo que requeria planejamento, estratgia. Os que tiveram a oportunidade de observar, ao longo do processo de instruo do processo, raramente tomei decises unilaterais, sempre levei as questes mais delicadas ao plenrio. Isso era fruto de uma estratgia e planejamento. Foi um julgamento muito difcil.”

“Muito desgaste fsico, emocional e mental. No se trata apenas de levar algo ali e julgar. Voc tem de convencer os seus colegas, a maneira mais adequada de abordar e demonstrar aquilo que voc estudou mais do que os outros.”

[Legado do julgamento] Vai depender muito dos homens e mulheres que tero a responsabilidade pelo pas nos trs poderes. A eles, caber a tarefa de tirar as lies desse julgamento.”

Carreira
“Me sinto uma pessoa bastante afortunada. Ao contrrio do que dizem a meu respeito, essa histria de menino pobre, filho de um pedreiro, que ascendeu na vida. Acho tudo isso bobagem. Raras pessoas no Brasil, incluindo pobres e pessoas vindas da elite brasileira, rarssimas, tiveram e souberam aproveitar as oportunidades que eu tive. Estudar numa universidade boa como a UnB, estudar na Sorbonne e fazer curso relevante, no cosmtico. Ter o s grandes universidades como eu j tinha bem antes de chegar ao STF. No o fato de ter uma origem que faz com que isso chame ateno. Tem de ver na histria brasileira que teve essa oportunidade e soube aproveitar. No senti isso como superao. as coisas foram acontecendo naturalmente comigo.”

Racismo
“Voc sente sempre. Mesmo criana, mesmo ministro do Supremo Tribunal Federal. Propus uma ao por racismo contra um jornalista brasileiro. Joaquim Nabuco disse que demorar talvez sculos para que o Brasil se livre, se desvencilhe das marcas da escravido. falta de honestidade intelectual dizer que o Brasil se livrou dessas marcas, elas esto presentes nas coisas mais comezinhas da nossa vida social. Basta dar uma volta nos corredores do Supremo ou de qualquer outra repartio pblica para ver a repartio dos papeis. Ao negro, tal posio, com salrio mais baixo, claro. medida que as posies vo aumentando de importncia, o negro vai sumindo.”

“Jamais permiti que utilizassem minha presena aqui como exculpatria para o racismo no Brasil. O presidente Lula chamou-me quando era presidente, atravs do ministro de Relaes Exteriores, para viajar frica. Eu recusei porque, primeiro, no tradio da Casa viajar em comitivas da Presidncia. Segundo, porque percebi que aquilo era estratgia de marketing com os pases africanos.”

“Quando era jovem, sim [chorei por sofrer racismo]. Quando voc se torna conhecido, autoridade, o tratamento outro. O racismo est em todas as esferas, ele no social, ele econmico, interfere nas relaes profissionais, nas relaes sociais das pessoas. H no Brasil certas pessoas com tendncia de minimizar o racismo. Pergunte a essa pessoa quantas vezes ela recebeu um negro na sua casa como convidado. Poucos vo ter essa resposta.”

“No acho que tenha vindo pra c com essa misso de combater o racismo. Sempre achei que minha presena aqui contribuiria para desracializar o Brasil, as relaes, para que as pessoas tivessem a sensao de que no h papel pr-determinado para A, B ou C. Espero que no dia que eu sair daqui, os presidentes da Repblica saibam escolher bem pessoas para c, que escolham negros com naturalidade.”

“Dizer que entrei por cota manifestao racista, porque as pessoas que fazem isso no olham para o meu currculo. Pouca gente olha para o meu currculo. No interessa. O cara s v a cor da pele. Espero que os presidentes nomeiem para c homens e mulheres negros de maneira natural, no faam estardalhao, no tentem levar pessoa para a frica a realidade muito triste de que no temos representantes negros na nossa diplomacia, nos negcios. O Brasil no tem como se apresentar de maneira diferente. Os pases africanos se ressentem muito disso. Como um pas com 40% da populao negra ou mulata, no consegue escolher diplomatas negros para a frica">Nosso jornalismo precisa da sua

Urgente : Hermnio Coelho aconselha governador a renunciar ao cargo por incapacidade istrativa
Enviado por alexandre em 12/03/2014 00:44:03

O deputado estadual Hermnio Coelho (PSD), presidente da Assembleia Legislativa, usou mais uma vez a tribuna para denunciar a situao de falncia e de falta de istrao, que na viso dele, Rondnia atravessa. “A crise financeira est instalada e no ocorre nenhuma reao, devido termos um governador covarde, vendido, que nunca esteve com o povo, e que a nica soluo o governador Confcio Moura renunciar ao cargo pelo bem do Estado”, declarou.

“O Estado est quebrado, est atolado e endividado. A sada ter algum com pulso, sem rabo preso e com disposio para cobrar da Unio a transposio dos servidores e o fim do pagamento da dvida do Beron”, complementou.

“Em todos os cantos, faltam projetos, faltam aes, falta apoio. No tem poltica pblica, no tem compromisso e empenho dos nossos governantes. No consigo entender porque nada deste Estado funciona direito”, declarou. Hermnio Coelho lembrou que, na abertura dos trabalhos do Legislativo, o governador Confcio Moura (PMDB) esteve presente sesso e, segundo ele, “mentiu e mostrou nmeros que no existem e se retirou da mesa quando foi questionada por mim a razo de no se levantar contra os desmandos que essas usinas cometem”.

Para Hermnio, “alm e ser frouxo e covarde, esse governador comprometido at a alma com as usinas”. E foi alm: “ele deveria ter um pouquinho de dignidade e de vergonha na cara e renunciar. Deveria se dirigir populao e dizer que no deu conta de istrar Rondnia, pedir desculpas ao povo e desocupar o cargo”, desabafou.

Ele criticou ainda que o Governo tomou emprstimo bilionrio junto ao BNDES e no consegue tocar obras e projetos de interesse da populao. “Fizeram asfalto de pssima qualidade, que j est cheio de buracos, abandonaram a piscicultura, a usina de calcrio est emperrada e tantos outros problemas”, completou. Hermnio reclamou da falta de coragem do governador atual em cobrar do Governo Federal em resolver trs problemas urgentes de Rondnia: a dvida do Beron, a transposio e a questo fundiria.

Ele estendeu as crticas ao municpio de Porto Velho, que para Hermnio tambm no tem realizado o seu trabalho a contento. “ tudo difcil e emperrado. At as cestas bsicas para socorrer os desabrigados, foi superfaturada. Aqui assim o que no roubado e mal aplicado”, salientou. O presidente cobrou que as famlias atingidas pela cheia do Madeira sejam ressarcidas e tratadas com dignidade. “Tem que ter projeto para se fazer um novo distrito de Nazar e So Carlos, e as pessoas no podem continuar jogadas”. Hermnio cobrou uma atuao mais enrgica da bancada federal de Rondnia. “Mas, tem gente pulando carnaval com os diretores das usinas. Como vo se preocupar com os desabrigados";
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Urgente : Joaquim Barbosa diz que no ser candidato presidncia nem entrar na poltica
Enviado por alexandre em 09/03/2014 23:08:13


Imagem: Ale Silva / Folhapress
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, disse que no ser candidato Presidncia, como cogitam alguns polticos.

"No serei candidato a presidente. Realmente no quero. lanar-se, expor-se, a um apedrejamento", disse revista "poca".

Barbosa afirmou que no tem planos de entrar para a carreira poltica. "No me vejo fazendo isso. O jogo da poltica muito pesado, muito sujo. Estou s assistindo a essa movimentao", afirmou.

Pesquisa Datafolha feita no ms ado mostrou que Joaquim Barbosa e Marina Silva (PSB) poderiam levar a eleio presidencial para o segundo turno.

Barbosa teria 14% dos votos, dois pontos acima do candidato tucano, o senador Acio Neves (PSDB-MG), segundo o Datafolha. Marina ficaria com 17% dos votos num cenrio em que a presidente Dilma Rousseff lidera com 40%. O presidente do Supremo disse "poca" que se incomoda com o discurso de partidos, como o PV e o PSB, que citam seu nome como um filiado desejado. De acordo com ele, nenhum partido o procurou-o at agora.

"Ningum veio diretamente falar comigo. Fui ao Congresso, ouvi um zum-zum-zum, est cheio de emissrio querendo chegar." Barbosa afirmou que no acha correto negociar com partidos enquanto for ministro do Supremo.

"No recebo ningum aqui. Em primeiro lugar, acho que no seria apropriado eu, como presidente do Supremo, sair por a fazendo negociaes polticas. No dia em que sair daqui, estarei livre para fazer isso. Em segundo lugar, no dou, nunca dei espao para esses donos de partido ficarem... no, nunca".

Barbosa contou que pretende se dedicar a um projeto em defesa da igualdade racial depois que deixar o STF. O ministro reclama que foi por conta de racismo que no conseguiu ser aprovado no concurso do Itamaraty, quando pretendia seguir a carreira de diplomata.
Folha de S. Paulo
Urgente : Candidatura do General Heleno presidncia j tem mais de 5,7 milhes de apoiadores, diz Isto
Enviado por alexandre em 05/03/2014 17:04:10

Imagem: Reproduo/Wikipedia
Reportagem desta semana da Revista Isto aborda a possibilidade de candidatura e o cenrio das articulaes polticas e sociais em torno do General Augusto Heleno. Leia abaixo e deixe sua opinio:
O candidato dos milicos
Movimento surgido na caserna e que j conta com o apoio de mais de cinco milhes de pessoas quer lanar o general Augusto Heleno, chefe da misso brasileira no Haiti, para concorrer presidncia da Repblica
Aos 66 anos, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira um fenmeno que no aparece nas pesquisas de inteno de voto nem frequenta as anlises polticas convencionais. Na internet, porm, sua eventual candidatura Presidncia da Repblica tem feito sucesso.
Leia tambm:Setores militares querem general Heleno presidente da Repblica
Imagem: Joedson Alves/Agncia Estado
Conforme dirigentes de 68 associaes de militares da reserva, que costumam refletir o pensamento de boa parte da caserna, o movimento “general Heleno presidente” alcanou nas ltimas semanas o apoio de 5,7 milhes de eleitores. Uma ordem de grandeza respeitvel em qualquer circunstncia. Apesar desses nmeros, o general Heleno, que foi comandante militar da Amaznia, e tambm esteve frente das tropas da ONU que mantm a ordem no Haiti, construindo uma rara liderana fardada nascida aps a democratizao do Pas, tem tudo para se transformar na principal estrela de um movimento de carter simblico. Oficial da reserva desde maio de 2011, ele teria de ter preenchido alguma ficha de filiao partidria at outubro do ano ado para poder disputar a eleio e at agora no se posicionou sobre isso. Seus aliados no confirmam nenhuma vinculao partidria do general, embora tambm no descartem a possibilidade de este ser um segredo estratgico. O certo que, com o apoio que tem recebido, o general no ser um eleitor qualquer.
O sucesso do general na internet tem explicao. Num universo poltico em que os principais candidatos tm uma postura que ite apenas mudanas de tonalidades cinzentas entre o centro e o centro-esquerda, com receio de descontentar eleitores desconfiados da propaganda eleitoral, o general apresenta um discurso conservador que um bom nmero de eleitores gosta de ouvir. Ele tornou-se uma celebridade instantnea ao dizer que a poltica indigenista do governo Luiz Incio Lula da Silva era “lamentvel, para no dizer catica,” afirmao que lhe custou o comando militar da Amaznia. De l para c, ironizou o “ado ilibado” de Renan Calheiros, criticou a poltica econmica do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e chamou o acordo do Mercosul de um “mero tratado bolivariano”. Heleno j definiu o ex-ministro Jos Dirceu como o “maior colecionador de rabos presos” da Repblica. Aliados e amigos do general afirmam que, ainda que a legislao impea uma candidatura prpria, iro entrar na campanha como parte de um “movimento anti-PT.” O capito Augusto Rosa, um dos mais ativos aliados do general, faz crticas ao programa Bolsa-Famlia que a oposio civil abandonou h muitos anos. “Estamos criando uma gerao de pais vagabundos que no servem de referncia para os filhos.”
O discurso conservador no faz do general Heleno um defensor do golpe militar de 1964, mas aos mais prximos ele gosta de repetir uma afirmao pouco convicta sobre os valores democrticos. “Democracia quando eu mando em voc. Ditadura quando voc manda em mim”, diz, citando uma frase cubana. A boa notcia em torno da liderana do general que, desde a redemocratizao do Pas, a primeira vez que se consolida entre as Foras Armadas um movimento que pretende se valer do voto e das vias democrticas para colocar suas posies. Os militares que se articulam em volta de Heleno pretendem formar o Partido Militar Brasileiro, PMB, que anuncia ter conseguido filiar 490 mil eleitores para obter registro no TSE – se todas as fichas forem regulares, faltaro 80 mil para que possa chegar ao registro definitivo. Por enquanto, a exemplo do que acontece com os simpatizantes da Rede, de Marina Silva, os candidatos que apoiam a criao do PMB esto espalhados por outros partidos ou usando o PRTB como “sigla franqueada” para disputar as eleies de 2014. O deputado comunista Protgenes Queiroz (PCdoB-SP), delegado da Polcia Federal que fez fama na Operao Satiagraha, j assinou sua ficha de apoio e milita pela criao do partido. Atravs de seu site, Protgenes costuma pedir aos eleitores que faam o mesmo. Outro aliado seguro o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que se dedica a organizar o partido no Rio de Janeiro e um nostlgico assumido da ditadura. Longe da poltica, mas famoso no meio militar, o primeiro astronauta brasileiro, o coronel da Aeronutica Marcos Pontes, tambm far parte do diretrio de So Paulo.
O vice-presidente da Associao Brasileira de Estudos de Defesa, Eliezer Rizzo, analisa a emergncia do descontentamento militar como parte do descontentamento geral do funcionalismo com os salrios. No governo Lula, relembra, o Planalto investiu em plano de recuperao salarial do funcionalismo e ganhou a simpatia geral, inclusive dos fardados. Mas essa poltica foi abandonada no governo Dilma, levando a uma reao previsvel nas reparties e na caserna. Para Eliezer Rizzo um movimento dessa natureza faz parte natural dos regimes democrticos. “ prefervel ter um partido pr-militares disputando eleies a ter grupos em atitude de confronto com o sistema democrtico. Grande parte da populao considera a democracia como frgil, corrupta, inoperante, como se um regime forte e antidemocrtico no padecesse de situao similar. Mas o regime democrtico pode perfeitamente incorporar essa iniciativa.”
Os militares esto misturados poltica brasileira desde a Proclamao da Repblica, que foi obra de um golpe militar. Depois de Deodoro e Floriano, os dois primeiros presidentes, o Brasil teve um terceiro general presidente, Eurico Dutra. Alm deles, no ps-guerra surgiram dois candidatos competitivos, ainda que derrotados nas urnas, o brigadeiro Eduardo Gomes e o general Henrique Lott. Uma diferena que esses candidatos nasceram no interior de partidos civis, enquanto o movimento que carrega o general Heleno nasceu no universo militar, em suas famlias e associaes de reservistas. Os militares tm causas que seduzem muitos eleitores, como o combate s cotas raciais e tambm ao casamento entre homossexuais. Sua agenda, no entanto, tem vrios elementos tpicos da caserna.
O Partido Militar Brasileiro denuncia a investigao conduzida pela Comisso da Verdade em torno dos crimes do regime como uma forma de revanchismo. No prximo 31 de maro, data que foi retirada do calendrio das celebraes militares pela presidenta Dilma Rousseff, o general Heleno vai dar uma palestra sobre a deposio de Joo Goulart para um grupo de maons de Braslia. (Josie Jeronimo/Isto)
Marcos Camponi
Folha Poltica
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