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Brasil : Rios do Amazonas continuam em nveis crticos, apesar das chuvas
Enviado por alexandre em 23/12/2024 12:54:08

O rio Negro alcanou em novembro uma das suas menores cotas das ltimas dcadas, com 12,68 metros, enquanto o rio Madeira, em Porto Velho, chegou a 1,62 metro, prximo de seu recorde negativo 6j4t34

Defesa Civil segue monitorando a situao e oferece apoio hidrometeorolgico populao, enquanto os moradores da regio enfrentam os desafios impostos pela estiagem prolongada. Foto: assessoria

Apesar das chuvas que ocorreram nas ltimas semanas, os nveis dos rios no Amazonas seguem crticos, com vrias bacias enfrentando situao de emergncia devido estiagem prolongada.

De acordo com o Comit de Enfrentamento Estiagem e Eventos Climticos e Ambientais, as bacias dos rios Negro, Solimes, Madeira e Purus esto registrando marcas histricas de baixa vazo, com cotas mnimas que no eram vistas h mais de um sculo.

O boletim divulgado neste domingo (22) apontou que, enquanto algumas regies, como o mdio Solimes, comeam a mostrar sinais de recuperao, rios como o Negro e o Madeira ainda permanecem abaixo da mdia, com nveis muito baixos.

Em resposta crise, o governador Wilson Lima decretou situao de emergncia em todos os 62 municpios do estado.

Na capital, o rio Negro alcanou em novembro uma das suas menores cotas das ltimas dcadas, com 12,68 metros, enquanto o rio Madeira, em Porto Velho, chegou a 1,62 metro, prximo de seu recorde negativo.

A previso que os nveis dos rios se normalizem lentamente, dependendo das condies climticas nos prximos meses.

Embora as chuvas recentes em Manaus e em outras regies do estado tenham provocado alagamentos e riscos de deslizamentos, elas no foram suficientes para alterar significativamente o quadro da crise hdrica.

A Defesa Civil registrou precipitaes de at 50 milmetros na capital, com alagamentos na zona Leste, e mais de 80 milmetros em municpios do interior, como Tabatinga e So Gabriel da Cachoeira. Contudo, esses volumes no foram o suficiente para elevar os nveis dos rios.

A Defesa Civil do Amazonas segue monitorando a situao e oferece apoio hidrometeorolgico populao, enquanto os moradores da regio enfrentam os desafios impostos pela estiagem prolongada.

Brasil : Primeira hidrovia no Brasil vai conectar transporte pelo Rio Paraguai
Enviado por alexandre em 21/12/2024 01:37:17


Rio Paraguai: governo elabora plano para implantar hidrovia (Imagem: Marinha do Brasil/YouTube)
Rio Paraguai: governo elabora plano para implantar hidrovia (Imagem: Marinha do Brasil/YouTube)
Da Agncia Gov 611lj

BRASLIA – Em evento realizado nesta quinta-feira (19), no Ministrio de Portos e Aeroportos (MPor), foi dado o pontap inicial para a consulta pblica do projeto de concesso da Hidrovia do Rio Paraguai, marcando a primeira iniciativa do tipo no Brasil. A ao visa promover a transparncia e a participao social na modelagem do projeto, que considerado um marco para o setor hidrovirio nacional.

O perodo para envio de contribuies, subsdios e sugestes sobre a modelagem e os documentos da concesso ser de 26 de dezembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025.

“ um marco na histria da infraestrutura hidroviria brasileira. Estamos falando do maior projeto de infraestrutura em desenvolvimento regional na Amrica do Sul, que a Hidrovia do Rio Paraguai. Ele combina desenvolvimento sustentvel e eficincia logstica, oferecendo ganhos significativos para toda a cadeia produtora da regio, alm do desenvolvimento das empresas de navegao.”, afirmou o diretor-geral da Agncia Nacional de Transportes Aquavirios (Antaq), Eduardo Nery.

Durante o evento, houve uma apresentao tcnica sobre o projeto realizado pela Antaq. A exposio foi conduzida pelo diretor Albert Vasconcelos, relator da matria, e pelo superintendente de Estudos e Hidrovias, Bruno Pinheiro. Ambos detalharam os aspectos estratgicos e logsticos do empreendimento, que visa impulsionar o transporte hidrovirio e integrar o agronegcio brasileiro infraestrutura nacional.

A consulta pblica mais um o para garantir um modelo robusto e alinhado s polticas pblicas para o setor hidrovirio. Na semana ada, a Agncia encaminhou ao Ministrio de Portos e Aeroportos os documentos relativos modelagem da licitao. Aps a anlise da pasta. O processo reflete o compromisso do Governo Federal com a modernizao e expanso da infraestrutura logstica no Brasil.

Sobre a concesso 9655j

A Hidrovia do Rio Paraguai compreende o trecho entre Corumb (MS) e a Foz do Rio Apa, localizada no municpio de Porto Murtinho (MS), e o leito do Canal do Tamengo, no trecho compreendido no municpio de Corumb. A extenso total do projeto de 600 km.

Nos primeiros cinco anos de concesso, sero realizados servios de dragagem, derrocagem, balizamento e sinalizao adequados, construo de galpo industrial, aquisio de draga, monitoramento hidrolgico e levantamentos hidrogrficos, melhorias em travessias e pontos de desmembramento de comboio, implantao dos sistemas de gesto do trfego hidrovirio, incluindo Vessel Traffic Service (VTS) e River Information Service (RIS), alm dos servios de inteligncia fluvial.

Essas melhorias vo garantir segurana e confiabilidade da navegao. O investimento direto estimado nesses primeiros anos de R$ 63,8 milhes. O prazo contratual da concesso de 15 anos com possibilidade de prorrogao por igual perodo.

Tarifa baixa e gratuita j325c

Ainda segundo a modelagem, foi definido que somente ser feita a cobrana de tarifa para a movimentao de cargas quando a concessionria entregar os servios previstos na primeira fase do contrato. Em relao ao transporte de ageiros e de cargas de pequeno porte no haver cobrana de tarifa.

A previso de tarifa, pr-leilo, de at R$1,27 por tonelada de cargas. O critrio de licitao pode ser menor tarifa, por isso, esse valor ainda poder ser reduzido. No entanto, existe a possibilidade, durante a realizao da consulta pblica, de alterao no critrio do certame.

Movimentao 6y1161

O transporte de cargas do Rio Paraguai, aps a concesso, est estimado entre 25 e 30 milhes de toneladas a partir de 2030, o que significa um aumento significativo de movimentao em relao ao praticado atualmente. No ano ado, a hidrovia transportou 7,95 milhes de toneladas de cargas, um aumento de 72,57% em relao a 2022.

Em 2023, as hidrovias foram responsveis por transportar mais de 157 milhes de toneladas de carga, quase 10% de todo o transporte aquavirio ocorrido no perodo. Esse volume de carga transportada tem um potencial ainda maior para ser desenvolvido e a busca por investimento privado nesse segmento vai ao encontro da busca por uma maior eficincia logstica nacional.

Trafegabilidade u3i3g

Com a concesso, a hidrovia vai contar com um calado de 3 metros quando o rio estiver cheio e de 2 metros em perodos de seca, o que vai garantir a trafegabilidade das embarcaes durante todo o ano, ou pelo menos a maior parte dele.

Levando em considerao as estiagens extremas dos ltimos anos, o contrato tambm prev a distribuio adequada dos riscos com o concessionrio com a criao da Zona de Referncia Hidrolgica Contratual, que consiste em avaliao estatstica do comportamento hidrolgico do Rio Paraguai.

Brasil : Brasil tem mais pessoas morando sozinhas, mostra pesquisa do IBGE
Enviado por alexandre em 21/12/2024 01:14:40

O perfil dos homens e das mulheres que moram sozinhos diferente. Enquanto a maioria (56,4%) dos homens de lares unipessoais tinha30 a 59 anos,a maior parte (55%) das mulheres tinha 60 anos ou mais. 51j2j

Morar sozinho cada vez mais comum no Brasil. Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Mais pessoas esto morando sozinhas em todo o pas, mostraa Pnad Contnua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios): Caractersticas Gerais dos Domiclios e dos Moradores 2023, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica), divulgada nesta sexta-feira (20). Em 2012, os chamados domiclios unipessoais eram 12,2% e, em 2023, aram a representar 18% do total, quase um a cada cinco lares do pas.

J os lares ocupados por famlias reduziram. Apesar do recuo, o arranjo domiciliar da maioria dos brasileiros segue sendo a nuclear, ou seja, lares ocupados por um nico ncleo formado pelo casal, com ou sem filhos ou enteados. Esses domiclios representam 65,9% do total no pas. Em 2012eram 68,3%. So tambm nucleares as unidades domsticas compostas por me com filhos ou pai com filhos, as chamadas monoparentais.

As chamadas estendidas, compostas por pessoa responsvel com pelo menos um parente, formando uma famlia que no se enquadre em um dos tipos descritos como nuclear, tambm apresentaram queda, ando de 17,9% em 2012 para 14,8% em 2023. Os lares compostos, ocupados por pessoas sem parentesco, caramde 1,6% para 1,3% no mesmo perodo.

“[O arranjo] nuclear apresenta queda, porque esto surgindo novos domiclios unipessoais. So as pessoas que esto ando a sair da sua moradia e viver sozinhas ou que deixam a casa dos pais e vo morar sozinhas ou, ento, aps um divrcio, o pai vai morar sozinho, ou a me vai morar sozinha, e as crianas ficam com o pai ou com a me”, diz o economista analista da Pnad Wiliam Araujo Kratochwill.

Em relao s regies, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram os percentuais mais elevados de domiclios com apenas um morador, as duascom 18,9%. A regio Norte registrou a menor proporo, 13,9%.

O Norte e Nordeste registraram as maiores propores de unidades domiciliares estendidas, com 21,4% e 16,6%, respectivamente, enquanto na Regio Sul essa configurao representou 12,2% dos domiclios.

Morando s i6l1a

O percentual de pessoas morando sozinhas foi o nico que cresceu no perodo analisado. Os dados mostram que os homens so maioria nesse arranjo. Em 2023, eles correspondiam a 54,9% das pessoas que moravam sozinhas, enquanto as mulheres, a 45,1%.

As porcentagens variam de acordo com a regio. No Sul, as mulheres estavam presentes em quase metade dos arranjos unipessoais, 48,2%. J na regio Norte, esse percentual era 35,5%.

Em relao idade, 12,1% tinham 15 a 29 anos; 47%, 30 a 59 anos; e 40,9%, 60 anos ou mais. O perfil dos homens e das mulheres que moram sozinhos diferente. Enquanto a maioria (56,4%) dos homens de lares unipessoais tinha30 a 59 anos,a maior parte (55%) das mulheres tinha 60 anos ou mais.

“A talvez caiba um estudo para verse os homens esto se divorciando e indo morar sozinhos”, diz Kratochwill, “[As mulheres], provavelmente so as vivas, ou ento j viviam em um domiclio nuclear, somente com os filhos, a os filhos casam e saem de casa ou saem para estudar e ela a a viver sozinha. Cabem vrias explicaes”.

Aumento de aluguis 4616

De acordo com a Pnad, em 2023havia 77,7 milhes de domiclios no pas. A maior porcentagem era de casas, 84,6%. Os apartamentos representam 15,2%. Em 2016, essas porcentagens eram respectivamente 86% e 13,8%.

Em relao “acondio de ocupao dos domiclios, segundo a pesquisa, de 2016 a 2023, observou-se uma contnua reduo do percentual de domiclios prprios j pagos e um aumento da proporo de domiclios alugados. Os domiclios j pagos tiveram uma reduo de aram de 66,7% para 62,3% nesse perodo. J os alugados subiram de 18,5% para 22,4%.

O aumento dos aluguis foi verificado tambm no Censo Demogrfico 2022: Caractersticas dos Domiclios, divulgado no ltimo dia 12 pelo IBGE.

“Em 2023, esse movimento de aumento do percentual de domiclios alugados continuou”, diz Kratochwill. “Isso mostra certa fragilidade da populao em poder adquirir um imvel. Talvez uma falta de planejamento pblico para facilitar a compra de imveis”, acrescenta.

Brasil : Portugal altera lei para facilitar migrao; brasileiros podero entrar como turistas e pedir residncia
Enviado por alexandre em 21/12/2024 00:59:28


Parlamento em Lisboa. Foto: Patricia de Melo Moreira/AFP

A Assembleia de Portugal aprovou nesta sexta-feira (20) uma alterao na Lei de Estrangeiros que visa simplificar o processo de migrao para cidados de pases membros da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa (LP), grupo do qual o Brasil faz parte.

A modificao permitir que cidados do Brasil e do Timor-Leste entrem em Portugal como turistas e solicitem a autorizao de residncia Aima (Agncia para a Integrao, Migraes e Asilo). A lei ainda precisa da sano do presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

Os cidados dos demais pases da LP precisaro de vistos de entrada para pedirem residncia em Portugal.

O novo texto do artigo 75 da Lei de Estrangeiros estabelece um prazo de validade de dois anos para os ttulos de residncia LP. Alm disso, as autorizaes sero emitidas em cartes de plsticos, no mesmo formato dos documentos de identidade dos estrangeiros.

Brasil : Analfabetismo atinge um em cada cinco residentes de terras indgenas
Enviado por alexandre em 19/12/2024 16:20:00

Taxa caiu de 32,3% em 2010 para 20,8% no Censo 2022

Dados de nova pesquisa apresentada nesta quinta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) destacam a queda significativa na taxa de analfabetismo dos residentes de terras indgenas que tm 15 anos ou mais. No Censo 2010, eles eram 32,3%. ada mais de uma dcada, a taxa caiu para 20,8% no Censo 2022.

Conforme o IBGE, so considerados alfabetizados aqueles que sabem ler e escrever um bilhete simples, seja em portugus ou em qualquer outro idioma que conhecem, incluindo as lnguas e dialetos indgenas. Apesar de os dados indicarem melhora considervel ao longo de 12 anos, a situao ainda alarmante j que o analfabetismo atinge um em cada cinco residentes de terras indgenas, sejam elas declaradas, homologadas, regularizadas ou encaminhadas como reservas.

Os dados revelam grande discrepncia na comparao com a populao total do pas. A taxa de analfabetismo nacional de 7%, praticamente trs vezes menos do que os 20,8% apurado para a populao que vive em terras indgenas.

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Essa discrepncia, no entanto, tende a diminuir caso se mantenham os atuais ritmos de queda da taxa. Nas terras indgenas, a reduo dos 32,3% apurados no Censo 2010 para 20,8% registrado pelo Censo 2022 configura reduo de 11,4 pontos percentuais. No mesmo perodo, a queda da taxa nacional foi de 2,6 pontos percentuais: saiu de 9,6% em 2010 para os 7% registrados em 2022.

Considerando todos os indgenas que vivem no pas, o analfabetismo tambm teve recuo significativo, saindo de 23,4% para 15,05%. Embora seja uma queda menos expressiva do que o observado apenas entre os residentes nas terras indgenas, os dados indicam queda de 8,35 pontos percentuais.

IBGE revela que mais de 255 mil ind

Foto: Reproduo

O Censo Demogrfico a nica pesquisa domiciliar que vai a todos os municpios do pas. As informaes levantadas subsidiam a elaborao de polticas pblicas e decises relacionadas com a alocao de recursos financeiros. O Brasil costuma realizar uma operao censitria a cada dez anos. O Censo 2022 deveria ter sido realizado em 2020, mas foi adiado duas vezes: primeiro devido pandemia de covid-19 e depois por adversidades oramentrias.

O GUA


Os novos dados divulgados pelo IBGE tambm revelam dificuldades especficas enfrentadas pelos indgenas que vivem em locais urbanizados, na comparao com os demais residentes dessas reas. Eles costumam enfrentar mais problemas relacionados como os servios pblicos e a infraestrutura.


O nvel de precariedade no o gua afeta 10,08% desses indgenas. uma taxa 3,7 vezes superior mdia nacional da populao urbana, que de 2,72%. Situao similar se repete com o esgotamento sanitrio: a precariedade afeta 40,76% dos indgenas residindo em domiclios urbanos, duas vezes mais do que a mdia nacional de 16,95%.

Fonte: Agncia Brasil

Maioria dos indgenas no Brasil vive nas cidades, mostra Censo 6i5d1n

IBGE
Recenseadoras do IBGE coletam dados de indgenas: maioria vive nas cidades (Foto: Divulgao/IBGE)
Por Daniela Amorim, do Estado Contedo 4s2s1

RIO DE JANEIRO – Mais da metade da populao indgena brasileira vive nas cidades, segundo dados do Censo Demogrfico 2022 divulgados, nesta quinta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica). No entanto, esses cidados enfrentam condies mais precrias do que a mdia da populao urbana, com menor o a saneamento bsico e maior incidncia de destinao precria de lixo.

Cerca de 53,97% dos indgenas, 914.746 pessoas, residiam em reas urbanas em 2022, enquanto os demais 46,03%, 780.090, moravam em reas rurais. O resultado inverteu o retrato visto no Censo anterior: de 2010 para 2022, a populao indgena em reas urbanas saltou 181,6%, 589.912 pessoas a mais, enquanto a rural cresceu 36,36%, 208.007 a mais. No ano de 2010, a populao indgena vivendo em reas urbanas somava 324.834 pessoas, 36,22% do total, enquanto a que vivia em reas rurais era de 572.083, 63,78%.

“As variaes da populao indgena de 2010 para 2022 no se devem exclusivamente a componentes demogrficas ou a deslocamentos populacionais entre reas urbanas e rurais, mas tambm aos aprimoramentos metodolgicos do Censo 2022, que permitiram uma melhor captao da populao indgena, inclusive em reas urbanas”, justificou Marta Antunes, coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE, em nota oficial.

A populao indgena urbana era mais velha e mais feminina que a rural. A idade mediana foi de 32 anos nas cidades, contra uma mediana de 18 anos na populao indgena rural. A populao masculina superou a feminina em reas rurais fora de terras indgenas: 106,65 homens para cada 100 mulheres. Nas reas urbanas fora de terras indgenas, havia 89,37 homens para cada 100 mulheres, resultado menor que a mdia geral da populao urbana brasileira, de 91,97 homens para cada 100 mulheres.

Habitao mais precria que a mdia 2l3s3v

O IBGE ressalta ainda que o o da populao indgena aos servios de saneamento inferior ao da mdia da populao do Pas mesmo nas reas urbanas. Em 2022, 97,28% da populao urbana brasileira morava em domiclios com gua canalizada at dentro do domiclio e proveniente de rede geral de distribuio, poo, fonte, nascente ou mina. Entretanto, entre os indgenas em reas urbanas esse porcentual descia a 86,67%.

O nvel de precariedade no o gua pelos indgenas nas cidades foi 3,7 vezes superior (10,08%) ao da populao urbana do pas (2,72%). Enquanto 83,05% da populao urbana moravam em domiclios conectados rede geral ou pluvial de esgoto, ou com fossa sptica ou fossa filtro, a fatia com esse tipo de saneamento bsico encolhia a 59,24% na populao indgena em reas urbanas. Alm disso, a proporo de indgenas nas cidades com precariedades na destinao do lixo foi de 5,83%, quatro vezes superior mdia da populao urbana do pas, de 1,43%.

“Os povos tradicionais residindo em territrios remotos, com predominncia em reas rurais no poderiam apresentar os mesmos percentuais de o ao saneamento bsico que a mdia da populao do pas. No entanto, o Censo 2022 mostra que, mesmo residindo em reas urbanas e fora de seus territrios oficialmente reconhecidos, a populao indgena tem menor o aos servios de saneamento bsico que o conjunto da populao do Pas”, frisou Antunes.

Estados lderes 50531b

Os estados com as maiores propores de indgenas morando em reas urbanas em 2022 foram Gois (95,52%), Rio de Janeiro (94,59%) e Distrito Federal (91,84%). Na direo oposta, os estados com maiores porcentuais de indgenas residindo em reas rurais foram Mato Grosso (82,66%), Maranho (79,54%) e Tocantins (79,05%).

Municpios 64o8

“No Amazonas, 59 (95,16%) dos 62 municpios que abrigam 28,44% da populao indgena do pas tiveram perda percentual de populao indgena em reas rurais. Cenrio semelhante de perdas de populao indgena em reas rurais ocorreu em Roraima (11 dos 15 municpios) e no Acre (15 dos 22 municpios)”, observou o IBGE.

O IBGE identificou 8.568 localidades indgenas no Pas no Censo Demogrfico de 2022, distribudas em todas as Unidades da Federao. O instituto explica que as localidades indgenas “so lugares com aglomerados permanentes de 15 ou mais moradores indgenas, organizadas de forma contgua, em reas urbanas ou rurais, dentro ou fora de terras Indgenas reconhecidas, podendo compreender aldeias, comunidades, stios, acampamentos, instituies de acolhimento, entre outras formas de organizao socioespacial dos povos indgenas”.

A maioria das localidades, 6.130 delas, ou 71,55%, estavam em terras indgenas declaradas, homologadas, regularizadas ou encaminhadas como reservas indgenas na data de referncia da pesquisa, enquanto as demais 2.438, 28,45%, encontravam-se fora dessas reas.

No ano de 2022, a Regio Norte tinha o maior nmero de indgenas, 753.780 pessoas (44,47%), e a maior parcela das localidades indgenas identificadas, 5.158 (60,20% das localidades do pas). O Nordeste tinha 1.764 localidades indgenas (20,59%); o Centro-Oeste, 1.102 localidades (12,86%); o Sul, 308 (3,59%); e o Sudeste, 236 (2,75%).

O estado do Amazonas tinha o maior quantitativo de localidades, 2.571, 30,00% das existentes no Pas. Em segundo lugar estava o Mato Grosso, 924 localidades (10,78% do total nacional), seguido do Par, 869 (10,14%), e do Maranho, 750 (8,75%).

As maiores propores de localidades fora de terras indgenas (declaradas, homologadas, regularizadas ou encaminhadas como reservas indgenas) estavam no Rio Grande do Norte (100% das localidades existentes no estado) e no Distrito Federal (100%), porque no possuam terras indgenas nessa situao fundiria. Em seguida, figuraram Piau (97,56%), Cear (79,50%) e Rio de Janeiro (75,00%).

Em termos absolutos, os maiores quantitativos de localidades indgenas fora de terras indgenas estavam no Amazonas, com 1 078 localidades (41,93% das existentes no estado); Pernambuco, 237 (56,97%); Par, 187 (21,52%); Cear, 159 (79,50%); e Bahia, 138 (68,32%).

“Vale lembrar que a concentrao de localidades indgenas no reproduz necessariamente a concentrao da populao, mas traduz muito bem as formas de organizao socioespacial dos povos indgenas. Considerando o contexto em que os indgenas adotam maior mobilidade entre os grupos locais ou em reas caracterizadas pela ocupao de territrios extensos, possvel que haja maior diversificao espacial e, consequentemente, um nmero maior de localidades”, explicou Fernando Damasco, gerente de Territrios Tradicionais e reas Protegidas do IBGE, em nota.

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