Brasil : Brasil far combustvel para avies com cana-de-acar
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Enviado por alexandre em 13/05/2025 11:01:48 |
Acordos fechados com empresas chinesas preveem investimentos de R$ 5,6 bilhes para a produo de SAF e centro de pesquisa A China far investimentos de US$ 1 bilho (R$ 5,6 bilhes, na converso direta) no Brasil para a produo de combustvel renovvel para aviao (SAF, na converso direta) por meio da Envision Group, e para a criao de um centro de pesquisa e desenvolvimento de energia renovvel. O anncio foi feito nesta segunda-feira (12) durante a visita do presidente Luiz Incio Lula da Silva a Pequim — a terceira em pouco mais de dois anos. Lula participou de quatro audincias com executivos de empresas chinesas ligadas aos setores de energia sustentvel e defesa. “Conclumos uma audincia com um anncio de investimento de US$ 1 bilho [R$ 5,6 bilhes] para a produo de SAF a partir da cana-de-acar no Brasil. O Brasil se tornar um dos maiores produtores de combustveis verdes de aviao”, disse o ministro Rui Costa, da Casa Civil, que integra a comitiva. Veja tambm  Beb reborn e IA conselheira: chegamos no 'vale da estranheza' da intimidade? Sonda sovitica que poderia cair no Brasil entrou na Terra. Veja onde No encontro, foram apresentadas solues para mitigar custos de produo, armazenamento e integrao de fontes renovveis por meio de tecnologias avanadas, como turbinas elicas inteligentes; solues para parques elicos inteligentes; Sistemas de Armazenamento de Energia (ESS, na sigla em ingls); solues integradas de Hidrognio Verde; Amnia Verde; e Aerogeradores de Grande Porte. J o novo centro de P&D ser conduzido em parceria entre Senai Cimatec e Windey Energy Technology Group, empresa estatal que lidera pesquisa, projeto, fabricao e manuteno de turbinas elicas de grande porte na China.  Foto: Reproduo O SAF alternativa ao combustvel aeronutico de origem fssil, produzido a partir de matrias-primas e processos que atendam a padres de sustentabilidade. Plantas, como palmeira-de-dend, macaba, cana-de-acar, eucalipto, soja, milho e at agave podem ser usadas no processo. Para a Unio Nacional da Bioenergia, as condies climticas e de solo do Brasil criam condies para o pas liderar o setor de combustveis limpos com enorme variedade de matrias-primas. Essa a principal aposta para descarbonizar o setor areo, pois a emisso reduzida entre 60% e 80% na comparao com o querosene de aviao. Fonte: Olhar Digital LEIA MAIS
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Brasil : Mudanas Climticas: Rondnia se prepara para enfrentamento da estiagem de 2025
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Enviado por alexandre em 13/05/2025 00:37:53 |
Preparao para um combate mais robusto e efetivo s adversidades climticas est em andamento pelo Governo de Rondnia Por Vanessa Moura
Rondnia est se aproximando do perodo de estiagem, o chamado “vero amaznico’’, que se estende de junho a novembro, onde as chuvas so escassas e as condies mais favorveis para propagao do fogo. Estao que no ano ado, intensificada pelas mudanas climticas globais, castigou o estado e boa parte do Brasil com queimadas e incndios florestais. E para fazer o enfrentamento em 2025, o governo de Rondnia realiza aes preventivas e se prepara para um combate mais robusto e efetivo s adversidades climticas. O governador de Rondnia, Marcos Rocha, explica que o plano foi traado para defender a populao e o meio ambiente diante dos desafios ambientais. ‘‘Rondnia tem umComit Permanente de Gesto para Adaptao e Enfrentamento s Mudanas Climticas, criado em outubro de 2024, um marco na governana ambiental estadual, onde h o aperfeioamento constante das prticas ambientais. Alm disso, de forma antecipada, ainda em outubro, e de forma mais eficaz o estado deu incio ao planejamento da Operao Verde Rondnia 2025, com aes preventivas e combativas’’, pontuou. PREVENO E COMBATE
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar de Rondnia (CBMRO) e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel BM Nivaldo de Azevedo Ferreira, explica que por meio da Operao Verde Rondnia 2025, que ideias debatidas no Comit so transformadas em aes estratgicas. ‘‘Estamos trabalhando efetivamente e de forma integrada para ajudar o estado a enfrentar de forma gil e eficiente os desafios ambientais da estiagem este ano’’. A operao teve o seu planejamento iniciado em outubro de 2024, e coordenada pelo Corpo de Bombeiros de Rondnia (CBMRO) e Coordenadoria Estadual de Proteo e Defesa Civil de Rondnia (CEPDEC). A primeira fase da Operao Verde Rondnia, com foco na preveno, teve incio ainda em maro e deve se estender at o final deste ms. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental de Rondnia (Sedam) est desenvolvendo campanhas educativas, treinamentos especializados, monitoramento de reas de risco e fortalecimento de medidas preventivas junto s comunidades mais vulnerveis. Um destaque desta etapa o trabalho realizado pela Coordenadoria de Geocincias da Sedam que desempenha papel fundamental no planejamento das operaes de fiscalizao, monitoramento e conservao do territrio rondoniense. Por meio da Sala de Situao, usando uma das ferramentas criadas para este fim, como o Sistema PROTEGE-SEDAM, o estado conta com um monitoramento geoespacial contnuo, que permite a vigilncia em tempo quase real sobre reas crticas e suscetveis a queimadas, desmatamentos e outros danos ambientais. Capacitaes so realizadas para preparar a equipe combativa Ainda visando a preveno, equipes especializadas de bombeiros esto sendo deslocadas e distribudas em 15 Bases Descentralizadas de Preveno e Combate a Incndios Florestais (BDCIF). As atividades preventivas operacionais desenvolvidas desde maro at sexta-feira (9) resultaram em 6.579 aes preventivas com alcance de 46.595 pessoas em diversos municpios. Ao mesmo tempo, capacitaes so realizadas para preparar a equipe combativa. Entre as aes estratgicas destaca-se: Estgio de Geoprocessamento Aplicado aos Incndios Florestais – EGEO para o monitoramento e gesto de incndios, essencial para analisar reas afetadas e planejar aes de combate, resultando em 45 formandos, entre militares e civis; Curso Bsico de Preveno e Combate a Incndios Florestais – Formao de Brigadistas Civis Municipais, resultando na formao de 929 brigadistas civis em 51 municpios do Estado de Rondnia; Estgio Bsico de Defesa Civil – EBADEC 2025 disponibilizada para os 52 municpios do Estado de Rondnia; Curso de Preveno e Combate na Floresta Amaznica, que teve incio no dia 2 de maio e se estende at 2 de junho, com a capacitao de 49 bombeiros militares de Rondnia. Ainda faz parte do Plano de Operaes para a Temporada de Incndios Florestais – POTIF 2025, com aes que sero executadas por meio da Operao Verde Rondnia, a mobilizao para articular aes coordenadas de preveno, preparao, resposta e responsabilizao, com a participao integrada de diversas instituies e organizaes. |
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Brasil : Caf verde possui potencial nas indstrias cosmtica e alimentcia, aponta pesquisa
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Enviado por alexandre em 12/05/2025 00:50:00 |
Pesquisa de MT aponta potencial de nanotecnologia no caf verde como inovao nas indstrias cosmtica e alimentcia 61y6y 142f1e Compostos bioativos podem se tornar uma base para novos ingredientes farmacuticos e alimentcios 37524c Widson Ovando | Fapemat
Gro de caf verde no municpio de Colniza - Foto por: Christiano Antonucci/Secom MT Pesquisadores em Mato Grosso esto desenvolvendo nanopartculas a partir de coprodutos da cafeicultura, como fruto inteiro do caf verde, a casca e pelcula prateada, ricos em compostos fenlicos, minerais e antioxidantes, visando a utilizao na indstria farmacutica e alimentcia. A nanotecnologia considerada a forma mais estvel, eficaz e segura para essa aplicao, garantindo maior permeao cutnea e conservao das propriedades bioativas do composto. A iniciativa permitir a realizao de testes para a produo massiva, alm do desenvolvimento de formulaes lipossomas, que so pequenas vesculas esfricas compostas por uma ou mais camadas de lipdios, semelhantes. Os lipossomas funcionam como transportadores de ingredientes ativos, melhorando sua permeao e eficcia na produo de cosmticos, sabonete lquido, gua micelar, hidratante facial e hidratante para a rea dos olhos. Essa tecnologia visa potencializar a eficcia teraputica e a segurana biolgica do extrato, o que essencial para sua utilizao na indstria cosmtica. O projeto recebeu incentivo financeiro do Edital 001/2019/Centelha Bolsa Desenvolvimento Tecnolgico e Industrial, do Governo do Estado, gerido pela Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), e est sendo conduzido pela empresa Cafenlicos, coordenada pela pesquisadora farmacutica doutora Wanessa Costa Silva Faria, com participao do discente em doutorado Luciano Carlos de Arruda. Os resultados esperados incluem a padronizao do processo de extrao em larga escala, garantindo reprodutibilidade no rendimento e no teor de substncias ativas. Alm disso, busca-se encontrar fornecedores que atendam aos padres de qualidade e ofeream um preo vel, possibilitando a produo industrial de um produto de alta qualidade. O impacto esperado desse estudo vai alm da indstria cosmtica. O caf verde, muitas vezes considerado um subproduto da cafeicultura, pode se tornar uma base para novos ingredientes farmacuticos e alimentcios. Espera-se que a iniciativa tambm incentive a produo de cafs orgnicos, agregando valor cadeia produtiva e facilitando a obteno de selos de qualidade para os produtos derivados. “A indstria farmacutica tem demonstrado crescente interesse em compostos bioativos extrados de vegetais, devido aos seus diversos benefcios sade, como ao antioxidante, antiobesognica, anti-hipertensiva e anticancergena. Estudos indicam que o caf verde possui maior concentrao desses compostos em comparao ao caf maduro, tornando sua extrao em larga escala um projeto promissor”, acrescentou Arruda. Entre os principais objetivos do projeto, esto a prestao de servios tcnicos no desenvolvimento de nanoestruturas com extrato do caf verde, a busca por oramentos, a qualificao de fornecedores e a produo em larga escala dos extratos vegetais. “Dessa forma, o projeto se posiciona como uma inovao estratgica para os setores cosmtico e farmacutico, promovendo sustentabilidade e aproveitamento integral do caf verde”, destacou a coordenadora do projeto, doutora Wanessa Faria. |
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Brasil : Real Forte Prncipe da Beira completa 75 anos de tombamento pelo Iphan
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Enviado por alexandre em 12/05/2025 00:34:38 |
Tambm reconhecido como stio arqueolgico, o Forte guardio de quase 250 anos de histria e elemento integrante da cultura rondoniense. No corao de Rondnia, margem do rio Guapor, que separa o Brasil da Bolvia, uma fortaleza circundada por uma muralha de sete metros guarda um pedao importante da histria do Pas h quase 250 anos. Construdo em 1776, o Real Forte Prncipe da Beira, localizado no municpio de Costa Marques, j ficou por muito tempo esquecido, sendo encontrado abandonado e coberto de vegetao em 1914 pela expedio do marechal Cndido Rondon na regio Norte do Pas.
Leia tambm: Real Forte Prncipe Da Beira, a maior edificao militar portuguesa construda fora da Europa
Desde 1950, porm, o Forte conta com a proteo do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (Iphan), que o reconheceu como Patrimnio Cultural Brasileiro. Alm de tombado, o lugar tambm j foi oficialmente cadastrado como Stio Arqueolgico, o que mais um motivo pelo qual o Estado brasileiro vem nesses 75 anos empreendendo diversas aes de preservao e promoo deste bem cultural junto sociedade. Entre as aes realizadas pelo Iphan a partir do tombamento do Forte, podem ser citadas a restaurao parcial do conjunto formado pela poterna (como chamada uma porta ou agem secreta de uma fortificao) e latrinas, a estabilizao emergencial da guarita leste e uma srie de pesquisas arqueolgicas conduzidas ao longo de anos, com resgate e salvamento de diversos vestgios que integram nosso patrimnio cultural. Stios arqueolgicos: um bem de todos os brasileiros
As pesquisas arqueolgicas no Real Forte Prncipe da Beira foram iniciadas em 2008, aps a criao da superintendncia do Iphan em Rondnia, em 2004. A partir dessas atividades, foram revelados achados histricos que incluem estruturas de edificaes associadas fortaleza, como paiol e estbulo; materiais variados, como louas portuguesas, vidros, metais e cermicas indgenas; e evidncias de ocupao pr-colonial e afro-brasileira. “Para que possamos ter o a esse patrimnio e a todo conhecimento que pode ser alcanado a partir dos estudos arqueolgicos, importante que as intervenes em stios, como o do Real Forte Prncipe da Beira, s ocorram com a devida autorizao”, pontua a arqueloga do Iphan Ana Izabela Bertolo.
Ela lembra que apenas profissionais da arqueologia legalmente habilitados (conforme a Lei n 13.653/2018, que regulamenta a profisso no Brasil) podem explorar e fazer pesquisa nos stios, sendo necessria autorizao prvia do Iphan, sem a qual toda interveno ser considerada crime contra o patrimnio cultural da Unio. O que no significa que o Iphan seja o nico responsvel pela preservao de um bem como este.
“O Iphan responsvel pela gesto do patrimnio arqueolgico, mas sua preservao um direito e um dever de todos, sendo competncia comum da Unio, dos estados, do Distrito Federal e dos municpios”, diz a superintendente do Iphan em Rondnia, Alyne Mayra Rufino dos Santos.
Segundo ela, mesmo o cidado comum compartilha essa responsabilidade de proteo de bens arqueolgicos, podendo dar contribuies fundamentais para o Instituto. “O cidado pode entrar em contato conosco sempre que encontrar vestgios arqueolgicos, garantindo que eles permaneam no mesmo local onde foram encontrados, alm de realizar denncias quando houver destruio de stios”, diz a superintendente. Ela ainda sugere “visitar instituies de guarda e museus, conhecer culturas diferentes e seus artefatos. Isso tambm um importante o para preservao”. Foto: Reproduo/Iphan Real Forte Prncipe da Beira
O Forte foi construdo no sculo XVIII como estratgia defensiva das fronteiras entre Brasil e Bolvia, durante o perodo colonial, no contexto do Tratado de Madrid de 1750, firmado entre as coroas de Portugal e Espanha, para definir os limites entre as colnias sul-americanas pertencentes aos dois imprios.
As obras iniciaram em 20 de junho de 1775, com o lanamento da pedra fundamental de autoria inicial do engenheiro Domingos Sambucetti, que morreu de malria durante a obra, sendo substitudo pelo Capito Jos Pinheiro de Lacerda, que promoveu algumas modificaes no plano original. A partir de 1782, o capito engenheiro Ricardo Franco de Almeida e Serra assumiu a construo. Embora ainda incompleto, o Prncipe da Beira viria a ser inaugurado em agosto de 1783, pelo governador D. Luiz de Albuquerque de Meio Pereira e Crceres.
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Parcialmente construdo com pedras do rio Guapor, o Forte considerado a maior edificao militar portuguesa fora da Europa e o mais antigo bem cultural de Rondnia reconhecido como Patrimnio Cultural Brasileiro.
Alm da relevncia histrica, o Forte tambm parte importante da cultura local. Em 2024, a edificao sediou os festejos finais de Pentecostes, que fazem parte da Festa do Divino Esprito Santo, manifestao em processo de Registro como Patrimnio Cultural Imaterial pelo Iphan. A festa ocorre h mais de 130 anos no Vale do Guapor, cumprindo um trajeto fluvial de cerca de 50 dias de visitao a dezenas de comunidades ribeirinhas, entre elas a comunidade quilombola do Forte Prncipe da Beira.
Forte Prncipe da Beira Real Forte Prncipe da Beira "A soberania e o respeito de Portugal impem que neste lugar se erga um Forte, e isso obra e servio dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difcil e por mais trabalhoso que isso d, (...) servio de Portugal. E tem que se cumprir." D. LUS DE ALBUQUERQUE DE MELO PEREIRA E CCERES, junho de 1776. 
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Brasil : Potencial para bioeconomia atrai investimentos na Amaznia
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Enviado por alexandre em 12/05/2025 00:26:40 |
No Par, modelo de produo pode atingir 4,5% do PIB estadual at 2030 A bioeconomia, modelo de produo sem perda da biodiversidade, um das principais apostas de desenvolvimento na transio para uma economia de baixo carbono, necessria ao enfrentamento s mudanas climticas. Na Amaznia, os resultados positivos dessa forma sustentvel de negcio atraem, cada vez mais, investimentos de governos e da iniciativa privada. O Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentvel (WBCSD, na sigla em ingls) aponta um potencial global de US$ 7,7 trilhes em oportunidade de negcio at 2030, no relatrio Uma Oportunidade de Negcio que Contribui para um Mundo Sustentvel. Na capital do Par, cidade-sede que vai sediar a prxima Conferncia das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas (COP30), em novembro, o estudo Bioeconomia da Sociobiodiversidade apontou, em 2021, a capacidade de incrementar as cadeias produtivas da floresta em R$ 170 bilhes, at 2040. Veja tambm  Polcias resgatam 667 pssaros que seriam vendidos ilegalmente em feiras da regio dos Lagos e So Gonalo Ona 'Golias' resgatado no Amazonas aprende a caar em centro de reabilitao; vdeo Uma das obras que preparam a regio para os debates da COP30 a do Centro de Inovao e Bioeconomia de Belm (CIBB). Com investimentos de R$ 20 milhes, uma fora-tarefa que envolve os governos federal e municipal e a empresa Itaipu Binacional resultar na revitalizao de um casaro tombado para abrigar 20 novas iniciativas em desenvolvimento. A ideia que o espao seja um local de divulgao do modelo econmico e tambm a base de um ecossistema de apoio aos negcios. Empresas como a de Izete Costa, conhecida como dona Nena, que produz chocolate e outros derivados do cacau, na Ilha do Combu. Ribeirinha, nascida na comunidade Igarap de Piriquitaquara, filha de agricultores, dona Nena cresceu percorrendo o Rio Guam com os pais para comercializar o cacau nativo na parte continental de Belm. Com o ar dos anos, a mudana no clima e a a crescente demanda por outras culturas, a empresria viu uma diminuio dos cacaueiros na regio. ”Ns costumvamos descer de l com trs, quatro canoas cheias de frutos de cacau. Hoje, meus irmos no descem nem com uma”, diz. Preocupada com a persistncia do fruto na ilha e em busca de valorizao desse recurso natural, dona Nena iniciou uma busca pela melhor forma de beneficiar o cacau e agregar valor produo local. De forma artesanal, ou a produzir chocolates, a partir do que era plantado e colhido em seu quintal e nos dos vizinhos. Em 20 anos de trabalho, a empresa de dona Nena beneficia hoje 16 famlias, que, como ela, vivem do manejo sustentvel da Floresta Amaznica, sem precisar desmatar ou deixar a regio em busca de outras oportunidades. Essas famlias tm o gua potvel por meio de um sistema de captao da chuva, e o beneficiamento do cacau tambm financiou melhores condies de saneamento e infraestrutura para receber turistas, que fortalecem a cadeia produtiva sem a necessidade de atravessadores. A empresria tem muito orgulho desse trabalho, que permite a conservao do bioma, mas destaca que ainda no uma realidade para o restante da regio. “O povo precisa manter a floresta de p? Precisa. Mas precisa de gua tratada, de saneamento bsico, de um monto de coisas, assistncia sade, que faz com que ele se fixe aqui. Porque muitas vezes sai daqui, vem outra pessoa que vem desmatar. Porque ele no tem as condies adequadas para se manter aqui”, diz dona Nena. A soluo apontada pela empresria maior investimento em assistncia tcnica e fomento aos produtores locais. Segundo a secretria adjunta de Bioeconomia do estado do Par, Camille Bemerguy, para atrair investidores, o governo estadual lanou o PlanBio Par, que traa uma estratgia de valorizao do patrimnio gentico e fortalecimento das cadeias produtivas, com cincia e inovao. “ um plano de Estado, no um plano de governo, para garantir a continuidade, em que se estabelecem novas bases de uso da terra e uso da floresta. Ento, a bioeconomia est ancorada dentro desse plano, o que d um novo ambiente para isso, d uma segurana jurdica para aqueles que querem investir aqui”, diz. De acordo com a gestora, embora a bioeconomia j venha sendo praticada h muitos anos pelos povos da floresta, a forma extrativista como o setor se desenvolveu nos ltimos anos precisou ser revista e adequada s prticas mais sustentveis. Associada a essa reviso, tambm foram estudadas formas de escalonar a produo e dar mais visibilidade aos produtos finais, explica Camille. O Planbio tambm prev a construo do Parque de Bioeconomia e Inovao da Amaznia, que est em andamento s margens da Baa do Guajar, no projeto Porto Futuro 2. De acordo com o governo estadual, esto sendo investidos R$ 300 milhes na restaurao e adaptao de armazns da antiga regio porturia de Belm. O local abrigar as estruturas do Observatrio da Bioeconomia, do Centro de Cultura Alimentar, do Centro de Sociobioeconomia e um Centro de Turismo de Base Local. Segundo Camille Bemerguy, os investimentos j se refletem diretamente na estruturao do setor, antes com poucas iniciativas inovadoras e preparadas para se manter no mercado. “Voc tinha cerca de 70 startups, e a maioria morria no meio do caminho, porque no tinha condies de avanar, sobrava uma no final, como um produto vivel e de o ao mercado. Hoje, a gente j tem cerca de 300. Com o Parque de Bioeconomia e Inovao do estado, a gente quer ainda atrair mais 200 startups”, ressalta a secretria adjunta de Bioeconomia. Com o setor mais estruturado, a gestora destaca que o estado tambm espera tirar empreendedores da informalidade e alcanar, com a bioeconomia, 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Par, at 2030. “Voc precisa destravar certos elementos para que esse desenvolvimento efetivamente possa no ser, de novo, mais um ciclo, para que ele seja transformador. Ento, [vamos] melhorar toda essa parte de infraestrutura, de conectividade, de tornar menos invisveis esses atores que esto aqui e que tanto contriburam para esse desenvolvimento”, conclui. Fonte: Agncia Brasil LEIA MAIS
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