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Brasil : Uso teraputico da pele de tambaqui em animais estudado em Rondnia
Enviado por alexandre em 14/02/2025 00:46:32

Pesquisa indita envolve tratamento de feridas em animais, alm de mtodos de esterilizao e armazenamento


WhatsApp Image 2025-01-27 at 17-37-24O Departamento Acadmico de Medicina Veterinria da Universidade Federal de Rondnia (UNIR), Campus de Rolim de Moura, desenvolve uma pesquisa indita que utiliza a pele de tambaqui como alternativa na cicatrizao de feridas em animais. A pesquisa realizada desde 2023 pelo professor Ivan Felismino Charas dos Santos, e alm de estudar a pele do tambaqui, os mtodos de esterilizao e conservao desse material tambm so alvo de estudo no projeto. A cicatrizao de feridas uma das linhas de pesquisa do coordenador da ao, sendo uma das reas o uso de biomembranas na cicatrizao.

O tambaqui um peixe nativo da Amaznia e sua maior concentrao est localizada na regio Norte, especificamente no Estado de Rondnia, e a sua pele, aps ser esterilizada e conservada, pode ser usada como membrana biolgica no tratamento de feridas. “A pele desse peixe um subproduto de descarte pela maioria dos frigorficos, podendo afetar negativamente o meio ambiente. Paralelamente, j existem pesquisas relacionadas com o uso de pele de peixe em feridas originadas de queimaduras, que nesse caso a pele de tilpia, contudo, esse peixe no nativo do Brasil, ao contrrio do tambaqui que da nossa Amaznia”, comentou o coordenador da pesquisa.

A pesquisa laboratorial realizada com diversas parcerias internas (patologia animal, microbiologia, laboratrio de solos, entre outros) e a pesquisa para os animais domsticos, com foco em ces e gatos, realizada no centro cirrgico do Laboratrio de Ensino e Pesquisa de Tcnica Cirrgica e Cirurgia de Pequenos Animais (Leptecipa), localizado na Fazenda Experimental da UNIR, em Rolim de Moura, coordenada pelo professor Ivan.

A pesquisa - De acordo com o coordenador, o uso da pele de tilpia j conhecido, porm, o mtodo de esterilizao e consequentemente armazenamento de alto nvel tecnolgico e assim encarece o custo. Desse modo, os resultados mais expressivos da pesquisa foram determinar um mtodo de esterilizao e armazenamento eficaz, de baixo custo e de fcil o, como tambm, um mtodo de aumentar a sua fora de ruptura e tenso aps essa esterilizao.

Apele do tambaqui, em comparao com a da tilpia, apresenta caractersticas morfolgicas e histolgicas superiores, que incluem maior resistncia tecidual e menor deformidade, maior espessura das fibras colgenas emergindo assim como uma alternativa promissora para o tratamento de feridas. Diante disso, o coordenador da pesquisa explicou que o objetivo final do estudo seria para uso da pele de tambaqui na Medicina Veterinria e em pacientes humanos, no s na cicatrizao de feridas,como tambm naesterilizao e armazenamento eficazes, de fcil o e baixo custo.

WhatsApp Image 2025-01-27 at 17-40-24 Para o uso dessas biomembranas existe a necessidade de esterilizao e armazenamento antes de serem usadas em pessoas e animais. Em dezembro de 2024 foi realizado o primeiro estudo clnico do uso da pele do tambaqui em um paciente veterinrio, nesse caso um co, com ferida ps mordedura na regio do dorso e abdmen. “Visto que no teria como realizar cirurgia reconstrutiva devido a extenso da ferida, eu como cirurgio e com a permisso legal do tutor, decidi realizar o xenoenxerto com a pele de tambaqui aps devida esterilizao e armazenamento. Em menos de 30 dias foi obtida uma ocluso significativa da ferida, e caso no fosse realizado esse procedimento a ferida iria cicatrizar em um perodo acima de 90 dias”, explicou o docente.

Benefcios - De acordo com o professor Ivan Felismino, pesquisas com o uso de biomembranas no tratamento de feridas na Medicina Veterinria so de extrema importncia visto que ocorre uma diminuio drstica de uso de produtos qumicos, como pomadas cicatrizantes e analgsicos, e seu efeitos colaterais para o animal, alm da diminuio do descarte de embalagens desses produtos. Destaca-se tambm o aproveitamento da pele do tambaqui, que considerada um subproduto de descarte, o que contribui para a preservao do meio ambiente.

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“Paralelamente, os animais se beneficiam porque o processo de cicatrizao mais rpido, alm da consequente diminuio dos custos para o tratamento desse tipo de afeco. Para a regio Norte, importante porque coloca Rondnia e a Amaznia, e tambm a UNIR, no patamar de pesquisa de alta qualidade e com retorno significativo para a sociedade, como tambm o reaproveitamento de um subproduto de um peixe originrio da Amaznia” declarou o docente.

Para o coordenador, existe a necessidade de pesquisar sobre ao da esterilizao e armazenamento das peles de tambaqui no ponto de vista histolgico e mecnico, como tambm, entender a ao fisiolgica da pele do tambaqui na fase de cicatrizao e mais estudos clnicos. “De momento, para alm dos laboratrios acima citados, existe uma colaborao ativa do Programa de Ps-Graduao em em Agroecossistemas Amaznicos da UNIR (PPGAA) e do Programa de Ps-Graduao em Biotecnologia Animal (Unesp, Botucatu), do quais sou docente de mestrado e doutorado, respectivamente”, comentou.

Fonte
Texto: Juliana Garcez | Superviso de Taiana Maier | Ascom - UNIR
Fotos: Departamento Acadmico de Medicina Veterinria


Brasil : Desenrola Rural deve beneficiar um milho de agricultores e facilitar o a crdito rural
Enviado por alexandre em 13/02/2025 01:04:56

O Desenrola Rural j realidade. O presidente Luiz Incio Lula da Silva assinou oDecreto N 12.381 que estabelece o Programa de Regularizao de Dvidas e Facilitao de o ao Crdito Rural da Agricultura Familiar, o Desenrola Rural. O programa vai dar oportunidade a agricultores familiares, assentados da reforma agrria, quilombolas e demais povos e comunidades tradicionais, em situao de inadimplncia, de liquidar e renegociar dvidas. Assim, os beneficirios podero voltar a ar o crdito rural e investir na produo de alimentos para todo o Brasil.

O ministro do Desenvolvimento Agrrio e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, explica que o Desenrola Rural tem o potencial de alcanar um milho de agricultores e agricultoras familiares. “O Desenrola Rural vai permitir que essas famlias que no podem mais tomar o crdito agrcola possam tom-lo, tendo em vista que eles repactuaro as dvidas. Uma parte j repactuou, mas tem score negativo, continuando sem o aos financiamentos, e isso tambm ser solucionado”, assegura.

Por meio do programa, as instituies financeiras iro estabelecer condies facilitadas para liquidao e renegociao de dvidas em situao de inadimplncia h mais de um ano dos agricultores familiares e das cooperativas da agricultura familiar. Com descontos escalonados que podem chegar a mais de 90% do valor, conforme o tipo da operao, e promover medidas para facilitar novos financiamentos, com a retirada das restries financeiras e dos cadastros privados de crdito desses produtores. O o ao programa pode ser feito a partir do dia 24 de fevereiro de 2025.

Cerca de um milho de beneficirios

O Desenrola Rural surgiu devido ao endividamento dos agricultores familiares, nos ltimos dez anos, por adversidades como a pandemia de Covid-19, oscilaes de mercado e eventos climticos adversos. Esses fatores comprometeram a capacidade de pagamento e o a novos crditos.

Em levantamento realizado junto s instituies financeiras observou-se que, de um universo de 5,43 milhes de agricultores familiares, cerca 1,35 milho possuem dvidas em atraso h mais de um ano, sendo que 230 mil esto inscritos na Dvida Ativa da Unio (DAU). Deste universo, 70% possuem restries com os prprios bancos e 30% possuem restries nos cadastros privados de crdito, por deverem contas de gua, luz e telefone, em sua grande maioria. Daqueles agricultores familiares que possuem restries financeiras, 69% tm dvidas de valores inferiores a R$ 10 mil. J os que possuem restries nos cadastros privados, 47% devem at R$ 1 mil. Ou seja, grande parte do pblico possui dvidas que correspondem a valores considerados de pequena monta, mas que representam um obstculo para o o ao crdito e para a estruturao da atividade produtiva.

Objetivos do programa:

Oferecer condies para a liquidao e a renegociao de dvidas, em situao de inadimplncia, de agricultores familiares;

Facilitar a recuperao da situao de adimplncia dos agricultores familiares;

Ampliar o o s linhas de financiamento no mbito do Pronaf;

Promover a sustentabilidade econmica e o fortalecimento das atividades produtivas da agricultura familiar;

Estimular a recuperao pela Unio de recursos inscritos na DAU e de recursos lanados a prejuzo dos Fundos Constitucionais de Financiamento e das instituies financeiras.

Como vai funcionar?

* Se voc estiver inscrito na Dvida Ativa da Unio, voc poder ar, a partir do dia 24/02, o site do Regularize com seu F e selecionar “Consultar Dvida” para selecionar suas opes de pagamento. >> https://www.regularize.pgfn.gov.br

* Se sua dvida for do Pronaf, ou outrasadquiridas junto aos bancos, s procurar sua instituio financeira para regularizar sua situao.

* Se sua dvida for de Crdito de Instalao, voc pode ir direto ao Incra para quitar os dbitos com desconto.

E no se esquea! Se tiver alguma dificuldade, voc tambm pode procurar os sindicatos, associaes e entidades representativas para te ajudar.

E pronto! Voc j poder ar um novo crdito para custear ou investir na sua produo!

Ateno! Se voc estiver com o nome negativado por outras pequenas dvidas, como uma conta de gua, luz ou telefone, ou ainda tenha realizado uma renegociao com o banco, e por isso tenha reduzido sua pontuao para novos financiamentos, no se preocupe! Mesmo assim o Desenrola Rural vai permitir que voc tambm consiga ar um novo crdito do Pronaf A e B!

Quem poder ar?

Todas as agricultoras e agricultores familiares, incluindo pescadores artesanais, povos e comunidades tradicionais, assentados da reforma agrria e cooperativas da agricultura familiar que possuemdvidas do Pronaf e outras (cartes, emprstimos) nas instituies financeiras, do Crdito de Instalao e dvidas j inscritas na Dvida Ativa da Unio, como impostos e outros dbitos federais, todas com inadimplncia superior a 1 ano.

e o decreto na ntegra, AQUI

Saiba mais, AQUI

Fonte: Ministrio do Desenvolvimento Agrrio e Agricultura Familiar

Brasil : Indgenas Yanomami voltam a cultivar roas para subsistncia e j utilizam rea equivalente a 32 campos de futebol
Enviado por alexandre em 13/02/2025 00:52:37

Dados do Programa Brasil M.A.I.S., do Ministrio da Justia e Segurana Pblica, revelam que, em 2024, a rea usada pelos indgenas para plantao chegou a 22,94 hectares

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O ano de 2024 marcou a retomada do modo de vida indgena na Terra Yanomami. O plantio de culturas para garantir alimento voltou a ser praticado pelos yanomami. A informao pde ser quantificada atravs do Programa Brasil M.A.I.S., do Ministrio da Justia e Segurana Pblica (MJSP), que comunicou 33 alertas de corte raso no interior da Terra Indgena Yanomami (TIY), em dezembro de 2024, para a atividade, totalizando 22,94 hectares, o equivalente a 32 campos de futebol. O monitoramento foi feito via satlite.

Com a terra voltando a ser cultivada, os indgenas esperam reduzir a dependncia de alimentos externos e fortalecer sua cultura alimentar tradicional, baseada no cultivo e na coleta de alimentos naturais. "A reduo do garimpo ilegal j trouxe melhorias para as comunidades, como mais segurana, sade e a retomada da soberania alimentar. Ainda h desafios, mas esses avanos mostram como a retirada dos garimpeiros essencial para a sobrevivncia dos Yanomami", afirma Jnior Hekurari, presidente da Uruhi Associao Yanomami.

O processo das roas Yanomami

As roas dos Yanomami fazem parte de um sistema agrcola sofisticado, adaptado floresta amaznica e essencial para a subsistncia das comunidades. Diferente da agricultura convencional, os Yanomami utilizam um modelo sustentvel de coivara, no qual reas da floresta so temporariamente desmatadas e queimadas para o plantio, permitindo que o solo recupere sua fertilidade aps alguns anos.

Cada comunidade cultiva uma variedade de espcies em suas roas, priorizando mandioca (sobretudo a macaxeira ou aipim), banana, taioba, inhame, cana-de-acar, pupunha, milho, pimenta, tabaco, urucum, algodo e plantas medicinais. Esse modelo diversificado no apenas garante uma alimentao equilibrada, mas tambm reduz a degradao do solo e permite uma renovao natural da floresta.

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Plantio de subsistncia na Terra Indgena Yanomami. Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo

A relao entre o avano das roas e a retirada do garimpo

Os esforos para expulsar os garimpeiros comearam a surtir efeito em 2023 e, em 2024, a TIY registrou uma drstica reduo da atividade garimpeira. Segundo dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteo da Amaznia (Censipam), a abertura de novos garimpos na TIY caiu 95,76% em relao a 2022, ando de 1.001,55 hectares em 2022 para 37,04 hectares em 2024. Como consequncia, os Yanomami e Ye’kwana voltaram a abrir suas roas, garantindo sua autonomia alimentar e retomando prticas tradicionais essenciais para sua sobrevivncia.

Na Comunidade Indgena Whatou, na regio do Alto Rio Mucaja, prximo da Cachoeira da Fumaa, pode-se observar essa dinmica de reocupao e abertura de novas roas. O cenrio, antes degradado pela minerao ilegal, agora d lugar a plantaes que garantem a segurana alimentar e a retomada da autonomia indgena.

O impacto do garimpo na vida dos Yanomami

O perodo de 2022 foi marcado pelo auge do garimpo ilegal na TIY. A atividade criminosa no apenas destruiu grandes reas de floresta, mas tambm contaminou os rios com mercrio, espantou a caa e interrompeu o cultivo das roas, principal fonte de alimento dos indgenas.

Sem poder plantar e caar, muitas comunidades ficaram refns dos garimpeiros. A mudana na dieta afetou a sade dos Yanomami, agravando quadros de desnutrio e vulnerabilidade a doenas, como a malria, que se espalhou rapidamente devido degradao ambiental causada pelo garimpo ilegal e ao aumento do nmero de criadouros de mosquitos.

Com a escassez de alimentos e a contaminao dos rios, a mortalidade infantil aumentou, e imagens de crianas desnutridas ganharam repercusso nacional e internacional naquele perodo.

Em janeiro de 2023, durante visita TIY, o presidente Lula classificou a situao como um genocdio e anunciou medidas emergenciais para proteger os indgenas. "O que vimos na Terra Yanomami foi um genocdio. No vamos permitir que isso continue acontecendo no nosso pas", afirmou o presidente na ocasio.

Aps a visita, o Governo Federal decretou emergncia sanitria na TIY e mobilizou equipes para garantir atendimento mdico, segurana e abastecimento alimentar s comunidades afetadas. Tambm foram instaladas bases de atendimento de sade, reforadas as operaes de retirada dos garimpeiros e implementados programas emergenciais de distribuio de alimentos.

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Retirada do garimpo permite volta do cultivo do povo Yanomami em rea equivalente a 32 campos de futebol. Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo

Balano da Operao OD-TIY (maro de 2024 a janeiro de 2025)

Desde o incio da Operao de Desintruso da TIY (OD-TIY), coordenada pela Casa de Governo, j foram realizadas 3.960 aes de fiscalizao e combate ao garimpo ilegal.

As operaes resultaram na destruio de 138 mil litros de diesel, 1.207 motores, 666 mquinas leves e 125 embarcaes, alm da apreenso de 226 kg de mercrio e 135 antenas Starlink utilizadas para coordenar atividades ilcitas.

A Casa de Governo segue monitorando e fiscalizando o territrio para evitar novas invases e garantir a proteo da rea. As aes continuam focadas na preservao da TIY e na segurana das comunidades Yanomami, Ye’kwana e Sanma.

Justia e Segurana
Brasil : Estudos apontam principais impactos causados por barragens na Amaznia
Enviado por alexandre em 13/02/2025 00:50:00


Para analisar os efeitos das construes de hidreltricas no pas, professores da Universidade Federal do Par (UFPA) e de outras instituies brasileiras realizaram pesquisas sobre os impactos sociais e ambientais dessas usinas, no perodo entre 2013 e 2025, financiadas pelo Programa So Paulo Excellence Chair (SPEC/ Fapesp), vinculado Universidade Estadual de Campinas.

Os estudos observaram que as barragens de Belo Monte no Xingu (PA) e de Santo Antnio e Jirau, em Porto Velho (RO), provocaram significativas alteraes no uso do solo, no modo de produo e nos modos de vida das populaes locais.

“Os impactos das grandes hidreltricas variam conforme o segmento da populao atingida. Os impactos sobre as comunidades ribeirinhas so um pouco parecidos com os observados em comunidades indgenas que esto em uma condio prxima aos rios, mas diferente, por exemplo, daquelas pessoas que vivem em reas urbanas e para os agricultores de terra firme. Tambm so diferentes para aqueles que foram, compulsoriamente, deslocados pelas barragens e tiveram que ser removidos porque as suas propriedades e residncias foram convertidas na rea de construo dessas barragens”, explica um dos pesquisadores, professor Miquias Calvi, da UFPA.

Leia tambm: “No houve o desenvolvimento regional prometido”, diz pesquisador sobre hidreltricas na Amaznia

O estudo mostrou que as hidreltricas da regio amaznica tambm provocam diversos efeitos negativos nas cidades do entorno das barragens. “Durante o perodo de construo, essas grandes barragens promovem uma intensa migrao de pessoas de todas as regies do Brasil, promovendo um crescimento demogrfico em cidades do interior da Amaznia que no possuem infraestruturas e capacidades plenas de atendimento, prestao de servios pblicos e condies de moradia”, complementa Calvi.

Com base na pesquisa, os estudiosos elaboraram um documento intitulado ‘Recomendaes de Polticas Pblicas para a Mitigao dos Impactos das Usinas Hidreltricas Santo Antnio, Jirau e Belo Monte na Amaznia Brasileira‘. No escrito, so apresentadas algumas recomendaes para amenizar esses efeitos, as quais foram produzidas por meio de uma consulta pblica, em colaborao com as comunidades impactadas nos estados de Rondnia e do Par. Entre as principais recomendaes, esto: a reparao s comunidades impactadas, aos pescadores e aos agricultores e a preservao e a recuperao ambiental.

“A expectativa agora que o debate seja ampliado e que os documentos sirvam de subsdio para que governos, rgos de defesa dos direitos humanos, Poder Judicirio e sociedade civil consigam, em conjunto, melhorar a qualidade de vida da populao atingida por esses empreendimentos. Espera-se tambm que os estudos sejam levados em considerao sempre que pensarem em fazer outros empreendimentos na Amaznia”, aspira o professor Osvaldo Damasceno, outro pesquisador integrante da equipe que elaborou o Relatrio de Recomendaes.

Fotografia registra diversas pessoas posando para a foto. Algumas esto na frente agachadas e outras esto atrs em p. Na fotografia, ainda possvel ver um pequeno nmero de pessoas levantando um dos braos com a mo fechada.
Sobre o grupo

O Grupo de Pesquisa ‘Depois das hidreltricas: processos sociais e ambientais que ocorrem depois da construo de Belo Monte, Jirau, e Santo Antnio na Amaznia Brasileira’ coordenado pelo professor Emilio Moran, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, com o apoio de uma equipe multidisciplinar de professores de diferentes instituies brasileiras e internacionais: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Universidade de So Paulo (USP); Universidade Federal do Par (UFPA); Universidade Federal de Rondnia (Unir); Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Michigan State University (MSU) e West Virgnia University (WVU). A iniciativa realizada por meio do Projeto So Paulo Excellence Chairs (SPEC/Fapesp).

*Com informaes da UFPA ... - Veja mais em https://ouropretoonline.atualizarondonia.com/meio-ambiente/estudos-impactos-barragens-amazonia/
Brasil : Entenda a causa da onda de calor extremo no Brasil
Enviado por alexandre em 13/02/2025 00:38:18


Termmetro marca 43 C no Rio de Janeiro. Foto: Marcelo Carnaval

O Sul do Brasil enfrenta a primeira grande onda de calor de 2025, com temperaturas recordes que levaram o Instituto Nacional de Meteorologia (InMet) a emitir alerta vermelho de grande perigo para Rio Grande do Sul, Santa Catarina e partes do Paran. Segundo a Climatempo, a onda de calor deve se expandir para as regies Sudeste e Nordeste nos prximos dias, com previso de temperaturas acima dos 40C em estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Piau.

Em So Paulo e Belo Horizonte, os termmetros podem atingir 35C. Algumas projees indicam que as sensaes trmicas podem atingir at 70C em determinados locais no Sul e Sudeste.

A onda de calor, que j registrou 43,8C em Quara (RS) no dia 4 de fevereiro, pode superar esse recorde nos prximos dias. A Climatempo alerta que as altas temperaturas devem persistir at 12 de fevereiro no Sul, enquanto no Sudeste e Nordeste as condies climticas ainda no caracterizam uma onda de calor, mas podem mudar rapidamente.

De acordo com a Organizao Meteorolgica Mundial, uma onda de calor ocorre quando as temperaturas mximas dirias ultraam em 5C ou mais a mdia mensal por pelo menos cinco dias consecutivos.

A pesquisadora Marina Hirota, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), explicou ao G1 que a onda de calor resultado de uma massa de ar quente instalada sobre o Sul do Brasil, norte da Argentina e partes do Paraguai.

Esse fenmeno intensificado por um ciclone extratropical, que, embora distante, influencia o clima na regio. Alm disso, os chamados “rios voadores”, grandes fluxos de umidade que vm da Amaznia, contribuem para a alta umidade e a sensao trmica elevada.

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Relgio de rua marcando 42 – Agncia Brasil

“No Rio Grande do Sul, a topografia local tambm influencia. O vento que sobe a serra e desce novamente causa seca e aquecimento, elevando ainda mais as temperaturas”, explicou. A combinao de calor intenso, umidade elevada e ventos fracos dificulta a transpirao do corpo humano, aumentando a sensao trmica e os riscos sade.

Projees divulgadas na internet sugerem que a sensao trmica pode chegar a 70C em algumas reas, com base em tabelas que cruzam temperatura e umidade.

J rgos como o InMet e o MetSul estimam que a sensao trmica mxima fique em torno de 50C. Hirota ressalta que a sensao trmica altamente varivel e depende de fatores como umidade, vento, sombra e at caractersticas individuais, como idade e hidratao.

Para enfrentar o calor extremo, especialistas recomendam hidratao constante, uso de roupas leves, ventilao de ambientes fechados e busca por sombras. “Em dias muito quentes, o corpo tenta regular a temperatura atravs do suor, mas a umidade elevada dificulta esse processo”, afirmou a pesquisadora. Idosos e pessoas desidratadas so especialmente vulnerveis e devem redobrar os cuidados.

A onda de calor atual mais um exemplo de eventos extremos que tm se tornado mais frequentes devido s mudanas climticas. “Relatrios do Intergovernamental sobre Mudanas Climticas mostram que secas, chuvas intensas, frio extremo e ondas de calor j esto mais comuns. Isso no uma previso para o futuro; est acontecendo agora”, alertou Hirota.

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