O legado da COP 30 no pode se limitar realizao de um evento bem-organizado. preciso que seja um marco de transformao social
Imagem area de Belm, no Par. Crditos: Fernando Sette.
A cada nova Conferncia das Partes (COP) ou qualquer outro evento ambiental, a responsabilidade de pressionar governos por aes concretas parece sempre recair sobre a sociedade civil. Esse fenmeno no novo, mas, com a realizao da COP 30 em Belm – um dos beros da Amaznia –, essa cobrana se torna ainda mais necessria, especialmente pela oportunidade de amplificar as vozes da regio.
A COP 29, realizada em Baku, no Azerbaijo, frustrou muitas expectativas, por falta de resultados concretos. Agora, o Brasil tem um papel central, tanto pelo peso da Amaznia no ecossistema global quanto pelas desigualdades internas que evidenciam a falta de infraestrutura bsica em muitas regies.
O primeiro desafio interno foi garantir a permanncia da COP 30 na Regio Norte. A desigualdade entre os estados nortistas e as grandes metrpoles do Sul e Sudeste evidente. Se o Brasil investisse em infraestrutura de maneira equitativa, no haveria questionamentos sobre a capacidade da Amaznia de sediar um evento desse porte.
O segundo desafio preparar a cidade para receber a comitiva de governantes mundiais. No entanto, essa preparao no deve ser um esforo temporrio para impressionar visitantes, mas sim uma poltica de longo prazo para garantir direitos fundamentais s populaes locais. O Brasil merece estrutura e desenvolvimento permanentes, no apenas quando est sob os holofotes internacionais.
O legado da COP 30 no pode se limitar realizao de um evento bem-organizado. preciso que seja um marco de transformao, onde o Brasil assuma a liderana ambiental no apenas no discurso, mas por meio de aes concretas que beneficiem tanto seu povo quanto o planeta. A responsabilidade compartilhada, e apenas com a participao ativa de governos, empresas, sociedade civil e organizaes ser possvel avanar rumo a um futuro verdadeiramente sustentvel.
Alm disso, a COP 30 precisa ir alm de discursos superficiais e compromissos mornos. comum que a sociedade civil seja cobrada a pressionar governos, mas essa presso no pode ser sua nica responsabilidade. Quando organizaes se posicionam, so frequentemente vistas como opositoras, quando, na verdade, esto apenas cumprindo um papel essencial de questionamento e cobrana por aes efetivas.
Mais do que nunca, essa uma oportunidade de trabalho conjunto entre governos, sociedade civil, empresas e organizaes comprometidas com a floresta viva e com o cuidado com as pessoas que cuidam e vivem nela.
Alm disso, fundamental que as vozes das comunidades tradicionais sejam ouvidas. Povos indgenas, ribeirinhos e quilombolas vivem as consequncias das mudanas climticas de forma direta. No entanto, muitas vezes, esses grupos so excludos dos debates ou confrontados com uma linguagem tcnica que os distncia do processo decisrio. A comunicao equitativa deve ser uma prioridade. Tornar veis conceitos como resilincia, sustentabilidade e adaptao garantir que essas populaes possam participar ativamente, no apenas como espectadores, mas como protagonistas.
A COP 30 tem o potencial de marcar uma virada na forma como o Brasil e o mundo encaram as questes ambientais. O desafio agora transformar essa oportunidade em ao real e duradoura.
As opinies e informaes publicadas nas sees de colunas e anlises so de responsabilidade de seus autores e no necessariamente representam a opinio do site ((o))eco. Buscamos nestes espaos garantir um debate diverso e frutfero sobre conservao ambiental.
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De um macaco na Amaznia at uma aranha minscula que vive apenas em cavernas na Caatinga potiguar, ((o))eco lista oito espcies que lutam contra o risco de extino
O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” ganhou a ateno do cinema mundial com uma histria contada com maestria pelo diretor Walter Salles e a atuao impecvel de Fernanda Torres, que concorre ao Oscar de melhor atriz neste domingo de Carnaval, assim como o filme. Enquanto todos os olhos se voltam para o filme, ((o))eco convida os leitores a conhecerem oito das espcies mais ameaadas da fauna brasileira que “ainda esto aqui”, tentando sobreviver ao risco de extino.
Classificar quais as espcies mais ameaadas de extino no uma tarefa simples, tampouco objetiva. Um dos critrios desta lista que todas as espcies citadas encontram-se avaliadas nacionalmente como Criticamente Em Perigo de extino, o grau mais alto de risco antes de uma espcie ser considerada extinta. Ao todo, de acordo com o ICMBio, existem 360 espcies da fauna brasileira nesta situao. Ou seja, a beira de desaparecer, algumas delas inclusive j consideradas possivelmente extintas.
As oito aqui selecionadas – sem ordem especfica – representam a diversidade dos grupos de animais, desde aves e mamferos at invertebrados que ocorrem – ainda – no pas.
Confira a lista:
Sara-apunhalada (Nemosia rourei) 4y4s6z
A sara-apunhalada, uma das aves mais ameaadas do mundo. Foto: Gustavo Magnago
Este pequeno pssaro de cerca de 12 centmetros considerado uma das aves mais ameaadas do mundo. Este ttulo traduz a situao dramtica da espcie, com uma populao total conhecida de menos de 20 indivduos na natureza. Nativa da Mata Atlntica, acredita-se que a sara-apunhalada podia ser encontrada originalmente ao longo da regio serrana do Esprito Santo. Atualmente, h apenas duas localidades com registros da espcie, os municpios capixabas de Vargem Alta e Santa Teresa. A perda de habitat considerada o principal fator que contribuiu para a quase extino da sara-apunhalada, j que parte da sua distribuio foi severamente alterada para dar lugar a plantaes de caf.
Para tentar impedir a extino da ave foi criado em 2020 o Programa de Conservao Sara-Apunhalada, coordenado pelo Instituto Marcos Daniel (IMD). A organizao atua no monitoramento e pesquisa, proteo do habitat, educao ambiental e engajamento comunitrio; e inclui a defesa dos ninhos conhecidos para garantir o sucesso reprodutivo da sara.
Kaapori (Cebus kaapori) 2fc3k
O kaapori, macaco ameaado pelo avano do desmatamento e pela caa. Foto: Fabiano Melo
Um lar sobreposto ao Arco do Desmatamento, esse o drama do kaapori, macaco amaznico que vive numa poro de floresta na divisa entre Par e Maranho, cada vez mais encurralada pela destruio. Os pesquisadores estimam que a populao do primata tenha sofrido uma reduo de mais de 80% nos ltimos 50 anos, apenas com base na perda de habitat. Somam-se ainda as presses da caa, degradao ambiental e incndios que atingem at mesmo reas protegidas que resguardam a espcie, como a Reserva Biolgica do Gurupi (MA).
Construir uma estratgia efetiva de conservao do kaapori depende no apenas da proteo das florestas remanescentes no territrio, mas tambm de conhecer melhor a espcie, que ainda pouco estudada. Uma das iniciativas para suprir essa lacuna de conhecimento liderada pela primatloga Tatiane Cardoso, pesquisadora bolsista do Museu Paraense Emlio Goeldi, que se dedica a desvendar a rea de vida, ecologia e comportamento do kaapori.
O peixe-serra-de-dentes-pequenos j praticamente desapareceu das guas brasileiras. Foto: D Ross Robertson/Smithsonian Institution
Com uma aparncia nica que lembra uma mistura de tubaro com filme de terror, o peixe-serra , na verdade, uma raia de grande porte – que pode chegar a mais de 7 metros de comprimento. Seu “nariz” alongado no formato de uma serra eltrica utilizado para encontrar e atordoar presas em guas turvas. Entretanto, essa feio, chamada de rostro, acaba sendo uma desvantagem que os torna mais suscetveis ao emaranhamento em redes e petrechos de pesca.
Esses seres peculiares j foram amplamente distribudos nas guas costeiras tropicais e temperadas do Oceano Atlntico, assim como ambientes estuarinos e manguezais. Ameaas como a sobrepesca e a modificao do habitat praticamente dizimaram a espcie das pores norte e central do Atlntico, reduzindo severamente seu habitat e fragmentando as populaes remanescentes. A prpria ecologia desta raia dificulta a recuperao das populaes devido ao seu crescimento lento, associado a baixa fecundidade e a demora em atingir a maturidade sexual.
No Brasil, existem registros histricos do peixe-serra ao longo do litoral, desde o Amap at o Rio Grande do Sul. Os ltimos registros comprovados da espcie ocorreram nas dcadas de 1970 e 80, no Par e no Cear, respectivamente. Nas demais regies da costa brasileira, a espcie j considerada extinta.
Bagual (Austrolebias bagual) 5v1q39
O peixe-das-nuvens Austrolebias bagual mede apenas cinco centmetros de comprimento. Os machos so maiores e possuem listras escuras. Fmeas so menores e menos coloridas. Foto: Matheus Volcan
Os peixes-anuais ou peixes-das-nuvens recebem este nome porque vivem em poas e lagos temporrios, com um ciclo de vida baseado na espera pelas chuvas que eclodem seus ovos enterrados. Invisveis e extremamente vulnerveis em parte do ano justamente por esta vida peculiar, os peixes-anuais so considerados o grupo da fauna mais ameaado no Brasil. Uma existncia to efmera assim pode ser considerada um verdadeiro ato de coragem. E no h forma melhor de descrever este peixe de menos de cinco centmetros que recebeu o nome de bagual, que no Rio Grande do Sul, onde vive, significa corajoso e destemido.
Descrito pela cincia h pouco mais de uma dcada, o pequeno peixe vive numa nica localidade, uma lagoa temporria no municpio gacho de Encruzilhada do Sul, em pleno Pampa. Com apenas 4km de rea de ocupao, sua existncia j to frgil pode desaparecer de vez com o avano da fronteira agrcola na regio. Pesquisadores apontam que a espcie j pode estar sendo afetada pelas grandes plantaes de arroz existentes na regio, que tem reduzido e degradado seu habitat.
Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) 71t6i
A jararaca-ilhoa vive numa nica ilha do litoral de So Paulo. Foto: Nayeryouakim/ CC BY-SA 4.0
Imagine que uma espcie inteira depende de uma rea do tamanho de 43 campos de futebol para sobreviver. Para efeitos de comparao, isso corresponde a um territrio 18 vezes menor que o bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Esta a rea da Ilha da Queimada Grande, no litoral sul de So Paulo, nico lugar do mundo em que vive a jararaca-ilhoa.
Ainda que a ilha hoje seja protegida por uma unidade de conservao – a rea de Relevante Interesse Ecolgico Ilha Queimada Grande e Queimada Pequena – sua distribuio restrita coloca a espcie numa posio vulnervel, pois se um grande incndio atingir a ilha, por exemplo, a jararaca pode facilmente ser extinta.
Sua principal ameaa atualmente, entretanto, a captura ilegal que alimenta o trfico de animais silvestres. Ao mesmo tempo, historicamente j foram registradas queimadas na ilha, que deram espao para o capim substituir a floresta, o que tambm compromete a qualidade do habitat da cobra.
Pato-mergulho (Mergus octosetaceus) 40s3p
Uma tpica famlia de pato-mergulho (Mergus octosetaceus). Foto: Nick Athanas/Creative Commons
Sensvel presena humana e altamente exigente qualidade do habitat, o pato-mergulho depende de guas limpas e sem grandes fluxos de pessoas. A lista de ameaas para a espcie extensa e vai desde a perda at a alterao do habitat, causada pelo desmatamento, poluio dos rios, instalao de hidreltricas e do turismo desordenado. Esses fatores fizeram com que a ave, que originalmente ocorria em toda regio centro, sudeste e sul do Brasil, alm do nordeste da Argentina e Paraguai, praticamente sumisse do mapa. Atualmente, h populaes conhecidas apenas do lado brasileiro, concentradas no Cerrado, nos estados de Minas Gerais, Gois e Tocantins. Estima-se que as populaes remanescentes, isoladas entre si, possuam menos de 50 indivduos maduros cada, num total de menos de 250 animais na natureza.
Todas as populaes remanescentes de pato-mergulho esto localizadas em unidades de conservao. Ainda assim, o turismo desordenado nos rios e suas margens uma preocupao para a espcie. Na regio do Jalapo, no Tocantins, o fluxo de turistas em reas importantes para o animal, inclusive no perodo reprodutivo, com atividades como rafting. Em 2016, o rgo ambiental estadual restringiu a prtica do rafting em um trecho do rio Novo, no Parque Estadual do Jalapo, nos meses de agosto e setembro.
Sapinho-manicure (Holoaden bradei) wu6h
O declnio da populao de sapinho-manicure ainda pouco entendido pelos cientistas. Foto: Ivan Sazima/ICMBio
As montanhas que dividem os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro so o lar de um anfbio particular, conhecido popularmente como sapinho-manicure por conta de seus dedos pintados de amarelo que destoam do resto do corpo marrom-arroxeado. A espcie, associada aos ambientes de altitude acima dos 2.000 metros, tem uma rea de ocorrncia estimada em 19 km localizada no Parque Nacional do Itatiaia. O pequeno sapo, entretanto, no registrado desde 1979 e cientistas estimam que existam menos de 50 indivduos maduros na natureza – ou at mesmo que a espcie j tenha sido extinta.
No h consenso cientfico sobre as causas que levaram o sapinho-manicure beira da extino, mas um dos motivos responsveis por deixar a espcie mais vulnervel seria a grande reduo histrica da Mata Atlntica. Somada a isso, seu habitat, apesar de em teoria protegido pelo parque, sofre com queimadas, a degradao ambiental e at mesmo com impactos do turismo, todos fatores que podem ter contribudo para seu declnio.
Quase invisvel contra a rocha, a minscula aranha-de-pernas-longas vive apenas em algumas cavernas do Rio Grande do Norte. Foto: Pedro Henrique Martins/ICMBIO
Esta diminuta aranha de corpo quase translcido, uma adaptao vida na escurido, pode ser encontrada apenas no interior de meia dzia de cavernas na regio da Chapada do Apodi, no oeste do Rio Grande do Norte, em plena Caatinga. Com uma rea de ocupao estimada em 16km, este pequeno aracndeo est pressionado pelos interesses da minerao de calcrio e explorao de petrleo. A extrao desses recursos afeta diretamente as cavernas das quais a aranha-de-pernas-longas depende pelo grande aporte de sedimentos e poluio dos corpos d’gua, diminuindo a qualidade do habitat.
Encontrada em densidades baixas, as aranhas possuem at 2,5 milmetros de comprimento – menor que uma unha humana – e justamente devido s suas dimenses, biologia e habitat que a espcie torna-se mais frgil a alteraes ambientais.
O presidente Lula (PT) disse que favorvel explorao para pesquisas na regio
Tcnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis (Ibama) concluram o parecer que avalia o pedido da Petrobras para pesquisar a explorao de petrleo na Bacia Foz do Amazonas e decidiram recomendar a rejeio do pedido. A manifestao foi concluda, mas ainda mantida em sigilo. O presidente Lula (PT) disse que favorvel explorao para pesquisas na regio.
Na prtica, o parecer tcnico no tem poder de barrar o licenciamento. Trata-se de uma recomendao. A deciso final fica a cargo do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho. A informao foi publicada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha junto a pessoas envolvidas com o processo de licenciamento. A reportagem pediu um posicionamento ao Ibama e a seu presidente, mas no houve resposta.
A Petrobras vinha buscando formas de atender s exigncias do Ibama sobre instalaes de resgate de fauna que estavam previstas para serem instaladas em Oiapoque (AP). Estava previsto para ocorrer, nesta semana, um tipo de teste pr-operacional para resgate de fauna marinha, em situaes de emergncia.
O entendimento da rea tcnica, porm, o de que as informaes e medidas adicionais prestadas pela Petrobras no foram capazes de afastar os riscos e fragilidades apontados anteriormente. Nos ltimos meses, o licenciamento foi alvo de extrema presso por parte do governo. O presidente Lula (PT) fez crticas abertas ao rgo ambiental, acusando-o de dificultar o licenciamento que busca estudar a viabilidade tcnica e econmica da explorao, antes de iniciar a produo de petrleo.
“Se depois a gente vai explorar, outra discusso. O que no d para a gente ficar nesse lenga-lenga. O Ibama um rgo do governo, parecendo que um rgo contra o governo”, disse Lula, em entrevista rdio Dirio FM, de Macap. Em outubro do ano ado, a Folha revelou que os tcnicos do Ibama recomendaram o indeferimento da licena ambiental e o arquivamento do processo. O documento com a negativa foi assinado por 26 tcnicos do rgo ambiental.
Foto: Reproduo
Embora o parecer fosse claro ao sustentar que a nova verso dos estudos no mudava em nada a recomendao anterior feita pela rea tcnica em 2023, quando “sugeriu o indeferimento da licena ambiental e o arquivamento” do pedido, Rodrigo Agostinho decidiu manter o processo ativo e dar uma nova oportunidade para a Petrobras prestar mais informaes.
Na ocasio, Agostinho sustentou que, ao lado da coordenao-geral responsvel pelo processo e da diretoria de licenciamento ambiental do Ibama, avaliou que “os avanos apresentados pela Petrobras” sobre o Plano de Proteo e Atendimento Fauna permitiam “o prosseguimento das discusses entre o empreendedor e Ibama, para cincia e apresentao dos esclarecimentos necessrios”.
Na prtica, o arquivamento do processo recomendado por 26 tcnicos foi negado pela diretoria do Ibama. Os pareceres no precisam ser acatados pela chefia, mas trata-se de uma deciso pouco comum no rgo, por contrariar a opinio unnime de mais de duas dezenas de analistas ambientais.
Especialistas dizem que sonhos erticos podem revelar detalhes sobre a vida interior
Sonhar que tem relaes sexuais um tema mais comum do que voc imagina e pode despertar curiosidade sobre seu significado, mas importante ter em mente que a interpretao dos sonhos subjetiva e pode variar dependendo da cultura, experincia pessoal, entre outros.
A Associao Americana de Psicologia indica que esses tipos de sonhos geralmente esto ligados energia sexual, ao desejo, intimidade emocional ou conexo com algum, enfatizando que no devem ser tomados como previses ou indicadores de eventos futuros.
Da mesma forma, vale lembrar que os sonhos so produtos da mente subconsciente e podem refletir desejos, preocupaes, medos ou experincias adas, por isso, s vezes, os sonhos podem ser simblicos e representar os aspectos mais profundos da psique.
No entanto, alguns especialistas na rea de psicologia e interpretao de sonhos propam possveis interpretaes para sonhos desse tipo:
1) EXPRESSO DE DESEJOS E EMOES
Alguns psiclogos mencionam que sonhar com relacionamentos ntimos pode refletir desejos e necessidades sexuais no realizados ou emoes relacionadas intimidade e conexo emocional.
2) METFORAS DA VIDA E DOS RELACIONAMENTOS
Fotos: Reproduo
Especialistas em interpretao de sonhos dizem que sonhos sobre relacionamentos ntimos podem ser metforas para outros aspectos da vida e dos relacionamentos, como a necessidade de maior proximidade emocional , a busca por conexo com outras pessoas ou a necessidade de expressar a sexualidade.
importante lembrar que essas interpretaes so gerais e no se aplicam a todos os casos. Cada sonho nico e deve ser interpretado levando em considerao o contexto pessoal, as emoes de quem o sonhou e as experincias pessoais do indivduo que o vivencia.
Parte dos cenrios abrigados no Mosaico de reas Protegidas do Baixo Rio Madeira. Foto: Marcos Amend/WCS Brasil
Salada Verde
Sua poro fresquinha de informaes sobre o meio ambiente
O Mosaico de reas Protegidas do Baixo Rio Madeira, no estado do Amazonas, foi reconhecido na ltima semana por uma portaria do Ministrio do Meio Ambiente e Mudana do Clima (MMA).
Os estudos e as reunies regionais at sua efetivao exigiram 2 anos de trabalho, coordenado pela ong WCS Brasil.
Os 24 mil km2 do mosaico, uma rea maior que a do estado do Sergipe, englobam duas terras indgenas e seis unidades de conservao, federais e estaduais.
Na lista esto as as Terras Indgenas Arary e Cunh-Sapucaia, o Parque Estadual do Matupiri, as reservas Extrativista do Lago do Capan Grande e as de desenvolvimento sustentvel do Rio Amap, do Rio Madeira, Igap-Au e do Matupiri.
Os prximos os para consolid-lo incluem fortalecer bases de fiscalizao, implantar sistemas para monitoramento ambiental, incentivar atividades produtivas sustentveis e ampliar a participao social na sua gesto.
Na legislao federal, Mosaicos so espaos onde diferentes tipos de reas protegidas so manejados e istrados de “forma integrada e participativa” buscando manter a biodiversidade e modos de vida tradicionais e promover um desenvolvimento sustentvel.
At o reconhecimento do Baixo Rio Madeira, o Brasil j tinha 26 mosaicos, distribudos em vrias regies.
Participantes da reunio na sede do ICMBio, em Braslia (DF), onde foi reconhecido o Mosaico de reas Protegidas do Baixo Rio Madeira (AM). Foto: Fernando Donasci/MMA
A portaria que reconheceu o Mosaico de reas Protegidas do Baixo Rio Madeira foi assinada no 3 Workshop Nacional de Mosaicos de reas Protegidas, dos dias 18 a 20 na sede do ICMBio, em Braslia (DF).
Mais de 600 pessoas participaram, no local ou virtualmente, incluindo autoridades pblicas, cientistas, gestores de reas protegidas e representantes da Rede Nacional de Mosaicos de reas Protegidas (Remap).
No evento, a ministra Marina Silva (MMA) avaliou que os mosaicos inovam na gesto conjunta de reas protegidas que, na maioria das vezes, so criadas individualmente.
“O que temos aqui uma inteligncia social, cultural e ancestral que aprendeu que os melhores equipamentos do mundo so aqueles criados pela natureza, responsveis por manter os rios e o clima equilibrado”, disse.
J a ministra dos Povos Indgenas, Snia Guajajara, estimou que a iniciativa valoriza e protege o modo de vida dos povos indgenas e de comunidades tradicionais.
“Essa ao se torna ainda mais importante em um momento de crise climtica do planeta, que no do futuro, j do presente”, ressaltou.