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Mais Notcias : Uso inadequado de antibiticos: um desafio global
Enviado por alexandre em 04/10/2024 16:25:18

Abuso de medicamentos em servios de sade e na produo de alimentos traz risco de resistncia

A resistncia antimicrobiana um grande desafio de sade pblica no sculo XXI. Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), ela est diretamente ligada a cerca de 1,27 milho de mortes anuais, com quase 5 milhes de mortes atribuveis indiretamente a suas complicaes. Se no for adequadamente combatida, poder causar danos irreversveis, comprometendo os avanos modernos no tratamento de doenas infecciosas e transformando infeces comuns em ameaas letais.

O uso excessivo e inadequado de antibiticos, tanto na medicina humana quanto na agropecuria, um dos principais fatores que impulsionam essa resistncia.

O consumo de antibiticos em animais de produo, por exemplo, j corresponde a 73% de todos os antimicrobianos utilizados globalmente. Esse uso indiscriminado cria um ambiente propcio para o surgimento e disseminao de bactrias resistentes, no apenas entre os animais, mas tambm nos seres humanos.

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Os efeitos da resistncia vo alm da sade pblica. Se continuar crescendo sem controle, pases de baixa e mdia renda sofrero perdas econmicas significativas. Estima-se que, at 2050, essas naes podero perder mais de 5% de seu produto interno bruto (PIB), um total de US$ 100 trilhes, devido ao aumento dos custos de internao, tratamentos prolongados e a incapacidade de trabalho.

Tecnologias e prticas inovadoras esto sendo desenvolvidas para mitigar esse problema. Uma delas o uso da inteligncia artificial (IA) para prever a suscetibilidade antimicrobiana de bactrias e otimizar o uso de antibiticos. Sistemas de IA podem analisar grandes volumes de dados, permitindo que mdicos escolham tratamentos mais eficazes e personalizados, reduzindo o uso de medicamentos de amplo espectro que contribuem para a resistncia.

Outra rea de grande inovao o desenvolvimento de terapias alternativas aos antibiticos tradicionais, como as que usam fagos. Esses vrus, que infectam e destroem bactrias, tm se mostrado promissores no combate a infeces resistentes, particularmente aquelas que formam biofilmes e so de difcil tratamento com antibiticos convencionais.

Alm disso, o desenvolvimento de novos antibiticos e modificaes em classes existentes, como as carbapenmicos, oferece esperanas. Desde 2010, mais de 29 novos antibiticos receberam aprovao, embora muitos sejam variaes de classes j existentes, e a resistncia cruzada permanea uma ameaa constante. A busca por compostos com mecanismos de ao inditos urgente.

O papel da educao pblica e da preveno no pode ser subestimado. Programas que promovem o uso racional de antibiticos e que enfatizam a importncia de prticas bsicas de higiene, como a lavagem das mos e a vacinao, podem prevenir a propagao de infeces e, consequentemente, reduzir a necessidade do uso de antibiticos. A OMS estima que a melhoria do o a gua potvel e saneamento adequado pode prevenir mais de 337 mil mortes anuais associadas a esse problema.

A falta de regulamentao adequada no uso de antibiticos em comunidades e hospitais, bem como a prtica generalizada de prescrio sem receita mdica em muitos pases, continua sendo um grande obstculo. Tambm deve ser ressaltado que todo hospital deve ter uma Comisso de Controle de Infeco Hospitalar, ao regulamentada pela Anvisa, que estabelece normas para a preveno e controle de infeces relacionadas assistncia sade.

A resistncia antimicrobiana representa um dos maiores desafios sade global e sustentabilidade dos sistemas de sade. A urgncia em desenvolver novos tratamentos, implementar estratgias eficazes de preveno e promover a conscientizao pblica sobre o uso racional de antibiticos evidente. Sem uma ao coordenada e inovadora, enfrentaremos um futuro em que infeces tratveis podero novamente se tornar fatais.

Fonte:O Globo

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Mais Notcias : Brasil erradica a elefantase como problema de sade pblica
Enviado por alexandre em 03/10/2024 00:50:00

genoma covid
Pesquisas possibilitaram eliminar a elefantase como problema de sade pblica (Foto: Sumaia Villela/ABr)
Por Paula Laboissire, da Agncia Brasil 2o701t

BRASLIA – A filariose linftica, popularmente conhecida como elefantase, foi eliminada do territrio brasileiro como problema de sade pblica. Considerada uma das maiores causas globais de incapacidade permanente ou de longo prazo, a doena permanecia endmica apenas na regio metropolitana do Recife, incluindo Olinda, Jaboato dos Guararapes e Paulista. O ltimo caso confirmado, segundo o Ministrio da Sade, foi registrado em 2017.

Causada pelo verme nematoide Wuchereria Bancrofti, a filariose linftica transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus, tambm conhecido no Brasil como pernilongo ou murioca, infectado com larvas do parasita. Entre as manifestaes clnicas mais importantes esto edemas ou acmulo anormal de lquido nos membros, nos seios e na bolsa escrotal, que podem levar o paciente incapacidade.

Em nota, a Organizao Mundial da Sade (OMS) parabenizou o pas pela eliminao da filariose linftica como problema de sade pblica. “Eliminar uma doena uma conquista importante e que exige um compromisso inabalvel”, avaliou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Parabenizo o Brasil por seus esforos para libertar sua populao do flagelo de uma doena dolorosa, desfigurante, incapacitante e estigmatizante. Este mais um exemplo do incrvel progresso que estamos fazendo contra as doenas tropicais negligenciadas, alm de dar esperana a diversas outras naes que ainda lutam contra a filariose linftica para que tambm possam eliminar a doena”, completou Tedros.

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De acordo com a OMS, o Brasil agora se une a outros 19 pases e territrios que tambm foram certificados pela eliminao da filariose linftica como problema de sade pblica. So eles: Malawi, Togo, Egito, Imen, Bangladesh, Maldivas, Sri Lanka, Tailndia, Camboja, Ilhas Cook, Quiribati, Laos, Ilhas Marshall, Niue, Palau, Tonga, Vanuatu, Vietn e Wallis e Futuna.

Nas Amricas, trs pases permanecem classificados pela entidade como endmicos para a filariose linftica: Repblica Dominicana, Guiana e Haiti. Nessas localidades, segundo a OMS, se faz necessria a istrao em massa de medicamentos capazes de interromper a transmisso da doena.

“Alm de se tornar o 20 pas a ser validado pela eliminao da filariose linftica como problema de sade pblica, o Brasil tambm se tornou o 53 pas a eliminar pelo menos uma doena tropical negligenciada”, destacou a OMS, em comunicado publicado nesta tera-feira (1).

Dados da entidade mostram que, em 2023, 657 milhes de pessoas em 39 pases e territrios viviam em reas onde recomendado tratamento em massa contra a filariose linftica. A estratgia consiste na istrao de quimioterapia preventiva para interromper a infeco. A meta definida pela OMS eliminar pelo menos 20 doenas tropicais negligenciadas at 2030.



Mais Notcias : Cigarro: vcio ainda mata 443 pessoas por dia no Brasil
Enviado por alexandre em 01/10/2024 10:45:04


Especialista explica as principais doenas que atingem fumantes; crianas e fumantes ivos tambm so afetados pelo uso

Dados levantados pelo Vigitel (Pesquisa de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico), apontam um fato animador: entre os anos de 2006, o nmero de fumantes diminuiu mais de 50% no Brasil. O fato, porm, tambm mascara uma triste realidade: o tabagismo ainda mata 443 pessoas por dia no Brasil, alm de ser responsvel, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Cncer), por 90% das mortes por cncer de pulmo.

“O espectro de riscos sade decorrentes do tabagismo muito mais amplo e abrangente do que podemos imaginar. Alm do comprometimento cardiovascular e respiratrio pelo uso crnico, que podem levar a doenas como enfisema, infarto e AVC, temos tambm o aumento de condies como sinusites, otites, faringites e laringites”, comenta o mdico Rodrigo Silveira de Miranda, otorrinolaringologista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior referncia do segmento na Amrica Latina.

“Podemos citar ainda outras situaes menos lembradas relacionadas ao cigarro, como alteraes na anatomia das pregas vocais que levam a problemas com a voz, como disfonia ou falar mais grosso; alm das questes psicolgicas e sociais relacionadas ao vcio”, destaca. Para o mdico, ao decidir parar de fumar, o usurio deve, antes de tudo, buscar ajuda especializada ou de um grupo de ajuda que possa auxiliar nesta difcil jornada. “Lembre-se, voc adquiriu um vcio qumico e psicolgico, portanto muitas vezes pode precisar de algum para conduzir e orientar sobre se livrar dele”, explica Miranda. “Paralelamente, importante realizar uma avaliao multidisciplinar de sade (cardiovascular, respiratria, gastrointestinal e psicolgica) afim de tratar os pontos que forem identificados como j comprometidos pelo cigarro”, complementa.

Vale sempre lembrar que no apenas o fumante que acaba com a vida comprometida pelo vcio, j que a fumaa do cigarro prejudica tambm as pessoas que esto ao redor. “O fumante ivo est muito mais suscetvel a doenas respiratrias agudas que o ativo, que tem o corpo ‘condicionado’ inalao da fumaa do cigarro. Crianas com pais tabagistas, mesmo que no fumem no mesmo ambiente em que esto os filhos, tm ndices consideravelmente maiores de bronquite, otites e sinusites do que as de no fumantes”, explica o otorrinolaringologista.

“Filhos de pais fumantes, mesmo que no estimulados a fumar, estatisticamente desenvolvem o hbito do tabagismo na juventude e idade adulta com frequncia muito maior que os que no convivem com o cigarro na infncia”, adverte o mdico. Outro grupo de risco, alm de crianas e fumantes ivos em geral, so as grvidas. “Gestantes que fumam, ou so expostas ivamente ao cigarro, apresentam risco infinitamente maior de aborto, de terem filhos prematuros e com mal formaes fsicas ou mentais”, detalha Miranda.

Para completar, o especialista destaca que nunca demais listar os inmeros benefcios do abandono do vcio em cigarros. “Sempre pensamos nos benefcios mais evidentes, como aumento da sade respiratria, diminuio do risco cardiovascular e do risco de desenvolvimento de cncer. Casos de depresso, ansiedade, fissura e insnia tambm esto relacionados intimamente ao cigarro. Mas o abandono do vcio vai muito alm: melhora da disposio; resgate de um convvio social saudvel, j que o cigarro malcheiroso e desagrada a maioria das pessoas; e eliminao de um vcio que s traz malefcios em troca do prazer momentneo. Alm de estar fora de moda, voc j parou para pensar em quanto j gastou e ainda vai gastar com cigarros">Em "Brasil"

Mais Notcias : Doenas cardiovasculares matam 400 mil brasileiros por ano; 80% dos casos poderiam ser prevenidos
Enviado por alexandre em 30/09/2024 10:40:00

Nos ltimos anos, o nmero de jovens com doenas cardiovasculares tem aumentado, segundo o cardiologista Fernando de Martino, tambm do HC-UFTM 263g37

A orientao dos especialistas que todos em por avaliaes mdicas anuais ou sempre que surgirem sintomas como falta de ar, dores no peito, inchao, tontura, palpitaes ou desmaios

Neste domingo (29), comemorado o Dia Mundial do Corao, rgo fundamental responsvel por bombear sangue para todo o corpo. No Brasil, as doenas cardiovasculares so uma das principais causas de morte, resultando em cerca de 400 mil bitos por ano, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Em mdia, uma pessoa morre a cada 90 segundos devido a problemas cardiovasculares no pas, totalizando 46 mortes por hora. No entanto, 80% desses casos poderiam ser evitados com medidas preventivas. O cardiologista Luiz Antonio Pertili Rodrigues de Resende, gerente de Ateno Sade do Hospital de Clnicas da Universidade Federal do Tringulo Mineiro (UFTM), destaca a importncia da realizao de check-ups peridicos para indivduos assintomticos. Esses exames ajudam a identificar fatores de risco por meio de avaliaes clnicas, laboratoriais e de imagem.

“O check-up permite a introduo precoce de medidas preventivas e conscientiza o paciente sobre a importncia do autocuidado. A frequncia dos exames deve ser individualizada, mas, em geral, recomendada uma avaliao anual para pessoas em boas condies de sade”, afirma o cardiologista.

Nos ltimos anos, o nmero de jovens com doenas cardiovasculares tem aumentado, segundo o cardiologista Fernando de Martino, tambm do HC-UFTM. Ele explica que esse crescimento est relacionado ao estilo de vida moderno, caracterizado pelo estresse e hbitos prejudiciais sade.

“Fatores de risco como sedentarismo, excesso de peso, m alimentao, tabagismo e consumo excessivo de lcool esto sendo adotados cada vez mais cedo”, alerta.

A orientao dos especialistas que todos em por avaliaes mdicas anuais ou sempre que surgirem sintomas como falta de ar, dores no peito, inchao, tontura, palpitaes ou desmaios. Essas informaes so fornecidas pela Empresa Brasileira de Servios Hospitalares, vinculada ao Ministrio da Educao.

Mais Notcias : Estresse: entenda como os efeitos se refletem na nossa pele
Enviado por alexandre em 27/09/2024 00:34:30

Quando uma pessoa a por situaes recorrentes de estresse, a pele pode manifestar esse desequilbrio por meio de sinais fsicos

A pele o maior rgo do corpo humano e estabelece uma conexo direta com o restante do organismo. Por isso, alm de ser uma barreira fsica de contato, tambm atua como um reflexo de aspectos imunolgicos, hormonais e emocionais.

Segundo a nutrloga Jennifer Emerick, quando um indivduo a por situaes recorrentes de estresse, a pele pode manifestar esse desequilbrio por meio de sinais fsicos. O principal hormnio que o corpo libera nesse processo o cortisol.

No perodo que o organismo est sob estresse, as glndulas adrenais liberam esse hormnio, aumentando a produo de sebo. Essa situao pode causar problemas com acnes, alm de prejudicar a funo de barreira da pele, tornando-a vulnervel as irritaes e as inflamaes.

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Outro hormnio muito liberado como resposta ao estresse a adrenalina. Ela pode reduzir temporariamente o fluxo de sangue para a pele, diminuindo a capacidade do rgo de se regenerar e cicatrizar. Tal processo impulsiona a sensibilidade e influencia em uma maior propenso a leses.

Alm da relao entre a liberao dos hormnios e a manifestao de sintomas na pele, o estresse tambm pode ser responsvel por desencadear ou agravar doenas. Confira abaixo as principais.

Acne: com o aumento dos nveis de cortisol, h o estmulo da produo de sebo pelas glndulas sebceas. Isso pode obstruir os poros e causar inflamaes.

Psorase: como o estresse impacta o sistema imunolgico, ele pode intensificar a inflamao no corpo, agravando os sintomas da psorase. O sinal mais evidente o surgimento de placas vermelhas e escamosas na pele.

Dermatite Atpica: a condio tem o potencial de enfraquecer a barreira de proteo da pele. Assim, o rgo fica sujeito a substncias irritantes e alrgenas, agravando a dermatite e resultando em coceira e inflamao.

Herpes Labial: o estresse enfraquece o sistema imunolgico, permitindo que o vrus HSV-1 se reative, causando feridas ao redor da boca.
Como controlar o estresse?

Alm de tratamentos especficos para cada doena, exercer mtodos para evitar o transtorno essencial para uma rotina com qualidade de vida. O cuidado e ateno com a sade mental influencia diretamente na sade da pele e na manuteno da homeostase corporal. Por isso, essencial investigar os sintomas com o direcionamento de um profissional e tratar as causas especficas.

Ainda assim, de acordo com a mdica, algumas aes podem ser positivas para o controle do estresse. As mais conhecidas so a meditao, o ioga, as terapias de relaxamento, a acupuntura e as tcnicas de respirao.

Por fim, compreender que o estresse um fator emocional cada vez mais presente e naturalizado no dia a dia fundamental para se atentar aos sinais que indicam prejuzos sade. O transtorno pode ser um gatilho emocional para o agravamento de problemas pr-existentes, e por isso, deve ser alvo de ateno.

Fonte: Metrpoles

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