Nesta semana, a fabricante chinesa BYD — uma das maiores empresas de tecnologia e mobilidade do mundo, esteve em Jundia para apresentar um estudo preliminar para a implantao do SkyShuttle, um sistema de transporte pblico leve, automatizado e 100% eltrico.

O SkyShuttle uma soluo de mdia capacidade, sem operador e com funcionamento por conduo autnoma. A proposta contempla a construo de uma linha com 13 quilmetros de extenso, ligando o terminal Vila Arens a um novo terminal no Jardim Novo Horizonte, ando por 11 estaes. O sistema inicial, opera com quatro carros, transportando em mdia 280 ageiros por composio, com velocidade de 35 km/h, paradas de 30 segundos e um tempo estimado de 25 minutos por sentido.

O modelo apresentado silencioso, eficiente e adaptvel a diferentes realidades urbanas. Com autonomia de at 200 km e recarga por induo, o SkyShuttle uma alternativa moderna e sustentvel aos modelos tradicionais de transporte coletivo.

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Para o prefeito Gustavo Martinelli, a proposta representa uma oportunidade de avano na qualidade do transporte pblico: “Estamos sempre atentos s inovaes que possam melhorar a vida da populao. Um sistema como o SkyShuttle pode significar um salto importante para a mobilidade de Jundia, com mais conforto, segurana e sustentabilidade.”

O vice-prefeito Ricardo Benassi tambm destacou o alinhamento da proposta com os objetivos da gesto. “ uma alternativa vivel e inteligente. A cidade tem avanado em muitas frentes e um projeto desse porte representa um grande avano tecnolgico para cidade.”

Diante do interesse demonstrado pela Prefeitura, a BYD se comprometeu a apresentar um estudo tcnico aprofundado, com previsibilidade de custo da obra e da implantao do sistema, para subsidiar a anlise de viabilidade por parte do municpio. A entrega desse material ser fundamental para os prximos os da possvel implementao.

A empresa j atua em projetos semelhantes no Brasil e no mundo, como a Linha 17 do Metr de So Paulo (SkyRail) e conexes urbanas como o SkyShuttle entre aeroportos e centros comerciais. A BYD — sigla para “Build Your Dreams” — reconhecida internacionalmente por suas solues em mobilidade eltrica, destacando-se no desenvolvimento de nibus eltricos, trens automatizados e veculos autnomos.

“O SkyShuttle uma soluo moderna e sustentvel, pensada para melhorar a mobilidade urbana em cidades como Jundia. J uma realidade em outras partes do mundo e tem toda a capacidade de se integrar ao sistema virio urbano da cidade,” afirmou Alexandre Barbosa, diretor de projetos da BYD.

O gestor de Mobilidade e Transporte, Jos Carlos Sacramone, avaliou que a proposta se conecta s necessidades atuais da cidade. “A ligao entre os terminais urbanos prevista no projeto pode trazer mais previsibilidade, integrao e eficincia ao sistema municipal de transporte.”

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A apresentao do SkyShuttle foi realizada no Pao Municipal e contou tambm com a presena dos representantes da BYD: o gestor de engenharia Luan Menezes e a engenheira de material de rodagem Juliana Widonsck. Pela Prefeitura de Jundia, participaram da reunio o diretor de Obras e Infraestrutura, Sinsio Scarabello, e a diretora de Trnsito, Ana Paula Silva, alm das equipes tcnicas das unidades de Infraestrutura e Obras, e Mobilidade e Transporte.

Fonte: Prefeitura de Jundia

A pandemia de Covid-19 mobilizou cientistas ao redor do mundo em uma corrida contra o tempo para compreender e combater um vrus que alterou radicalmente a vida em sociedade. Em todos os continentes, houve uma exploso no nmero de publicaes cientficas: apenas nas primeiras semanas de 2020, meses aps o vrus comear a se disseminar em escala global, mais de 500 artigos relacionados a opes de tratamento, compreenso da estrutura do vrus, mecanismos de transmisso e temas similares foram publicados.

A pandemia de Covid-19 mobilizou cientistas no mundo inteiro para entender e combater o novo vrus. Houve uma exploso de publicaes cientficas: s nas primeiras semanas de 2020, surgiram mais de 500 artigos. Eles abordavam tratamentos, estrutura do vrus, transmisso e outros temas cruciais para enfrentar a crise sanitria.

Enquanto pesquisadores ao redor do mundo aceleravam suas investigaes, a resposta brasileira no ficou para trs: entre 2020 e 2022, mais de 17 mil estudos foram publicados, com picos mensais que ultraaram 500 artigos, demonstrando uma agilidade surpreendente.

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Uma anlise feita por pesquisadores do Laboratrio de Estudos sobre a Organizao da Pesquisa e da Inovao (Lab-GEOPI) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) utilizou a base OpenAlex para estudar as dinmicas da produo brasileira — e constatou a rpida mobilizao das instituies do pas, em especial as pblicas, para enfrentar a crise de sade pblica a partir da cincia.

De acordo com o estudo que foi publicado em maro de 2025 na revista Em Questo, foram recuperados 531.708 estudos sobre temas relacionados a Covid-19 globalmente, em diversas reas do conhecimento. Desses, 17.409 so de autores afiliados a 512 instituies brasileiras. Apesar disso, 24 instituies de pesquisa concentram 61% da produo nacional — todas elas pblicas.

A Universidade de So Paulo (USP) lidera a lista, com cerca de 7,7 mil artigos publicados entre 2020 e 2022. Ela seguida pela Fundao Oswaldo Cruz (Fiocruz), com 2,1 mil publicaes, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com 1,7 mil e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que teve 1,6 mil publicaes.

A produo brasileira tambm foi abrangente em termos de reas do conhecimento. Dentre os conceitos utilizados pelos autores para classificar os trabalhos, 90% das pesquisas enquadraram-se nas reas de Medicina, Cincia Poltica, Psicologia, Geografia, Sociologia, Cincia da Computao e istrao. A anlise mostra, sobretudo, um esforo da comunidade cientfica para compreender os diversos fatores relacionados Covid-19, buscando obter, alm das caractersticas biolgicas, as repercusses clnicas e sociais da pandemia.

Outro ponto destacado no estudo foi a forte capacidade de colaborao dos pesquisadores durante o perodo. Cerca de um tero da produo cientfica brasileira sobre a Covid-19 foi realizada em coautoria internacional, com o pas contribuindo com pesquisas de 151 naes – entre as quais se destacam Estados Unidos (24,1%), Reino Unido (13%), Itlia (6%), Espanha (4,1%), Canad (3,7%), Portugal (3,3%) e Alemanha (3,1%). Em relao aos artigos de autoria exclusivamente nacional, apenas 18,6% so produzidos por autores nicos, evidenciando a robusta estrutura de cooperao entre pesquisadores e instituies brasileiras.

Estudos prvios demonstraram que os pases mais afetados pela pandemia tambm mobilizaram intensamente suas comunidades cientficas para enfrentar a crise sanitria. Estados Unidos, Reino Unido, China, ndia, Itlia e Brasil responderam por cerca de 50% dos trabalhos publicados globalmente.

No caso do Brasil, destaca-se a mobilizao das universidades e instituies de pesquisa na busca por evidncias que pudessem responder aos desafios econmicos, de sade e sociais decorrentes da pandemia. Entretanto, essa resposta se deparou com um cenrio de resistncia governamental s recomendaes baseadas em evidncias, especialmente no campo da sade, em que as mesmas universidades pblicas responsveis pela maior parte da produo cientfica foram alvo de ataques por figuras de autoridade, alm de sofrerem cortes oramentrios e intervenes que comprometeram sua autonomia e liberdade cientfica.

A pandemia foi, portanto, um testemunho da capacidade das instituies de pesquisa brasileiras, em especial as pblicas, de se mobilizarem a fim de dar respostas rpidas e efetivas a crises sociais.

Os resultados do estudo evidenciam o papel central da cincia brasileira no enfrentamento da pandemia e a capacidade das instituies de pesquisa de responder rapidamente a desafios globais. Apesar dos obstculos, como a resistncia governamental e os cortes oramentrios, a produo cientfica nacional se mostrou robusta, colaborativa e diversificada, abordando desde aspectos biomdicos at impactos sociais da Covid-19.

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A experincia da pandemia refora a necessidade do fortalecimento da cincia nacional e na autonomia das universidades, garantindo que o conhecimento produzido possa seguir contribuindo para a sociedade, independentemente de seus desafios.

Fonte: Metrpoles

A Grande Muralha Hrcules-Corona Borealis a maior estrutura csmica j registrada, estendendo-se por uma vasta regio do Universo observvel. Se seu tamanho j era incompreensvel, a situao ficou ainda mais complexa agora que dados de Exploses de Raios Gama (GRBs) sugerem que a muralha pode ser ainda maior do que se imaginava.

Localizada nas regies celestes entre as constelaes de Hrcules e Corona Borealis (o que explica seu nome), essa colossal rede csmica composta por milhares de aglomerados de galxias interconectados por enormes filamentos de matria escura e gases interestelares. Sua extenso estimada em mais de 10 bilhes de anos-luz.

A descoberta da muralha em 2014 foi possvel graas ao projeto SDSS (Sloan Digital Sky Survey), que mapeou cuidadosamente o cu e identificou milhares de galxias, aglomerados e filamentos de matria escura. Foi durante o SDSS que os astrnomos comearam a perceber a presena dessa gigantesca estrutura no cosmos.

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A mesma equipe que detectou o objeto h mais de 10 anos agora foi responsvel por medir seu tamanho com a maior preciso j alcanada. Os pesquisadores descobriram que ela se estende por uma faixa radial maior do que a calculada anteriormente. Antes desse estudo, os cientistas no sabiam que algumas exploses de raios gama prximas tambm faziam parte dessa estrutura colossal.

“Como a extenso mais distante da Grande Muralha Hrcules-Corona Borealis difcil de verificar, a descoberta mais interessante que suas partes mais prximas esto mais prximas de ns do que havia sido identificado anteriormente”, disse Jon Hakkila, da Universidade do Alabama em Huntsville e um dos lderes do estudo, ao Space.com.

Foto: Reproduo

Para entender a imensido dessa estrutura, preciso considerar que a distncia entre a Terra e a galxia vizinha mais prxima, Andrmeda, de cerca de 2,5 milhes de anos-luz. Isso significa que a Grande Muralha Hrcules-Corona Borealis se estende por uma regio mais de 4.000 vezes maior do que essa distncia.

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“Nossa amostra de exploses de raios gama no grande o suficiente para estabelecer limites superiores mais precisos para o tamanho mximo da Grande Muralha Hrcules-Corona Borealis do que j temos”, disse Hakkila. “Mas ela provavelmente se estende alm dos 10 bilhes de anos-luz que havamos identificado anteriormente. maior do que quase tudo com que possa ser comparada.”

Fonte: Olhar Digital