Voc j se perguntou como funciona a ereo do pnis, mas nunca ousou perguntar? Bem, imagine uma esponja seca em um preservativo. Agora despeje gua sobre a esponja (que o sangue que est fluindo). A est.
Essa “esponja” do pnis cientificamente chamada de corpo cavernoso. As erees dependem do influxo e da reteno de sangue. As clulas musculares lisas regulam o fluxo sanguneo para a esponja e sua consequente firmeza. Em um estudo recente, meu colega e eu investigamos o papel dos fibroblastos penianos, as clulas mais abundantes no pnis humano, sobre as quais pouco se sabia anteriormente.
Descobrimos que os fibroblastos do pnis ajudam as clulas musculares lisas a relaxar. O uso de uma tcnica para tornar as clulas sensveis luz nos permitiu ativar os fibroblastos ao aplicar luz azul de fora para dentro do pnis de camundongos.
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Descobrimos que a ativao dos fibroblastos induzida pela luz relaxou as clulas musculares lisas e aumentou o fluxo sanguneo. A eficcia desse relaxamento depende do nmero de fibroblastos. Um nmero maior de fibroblastos facilitou o relaxamento e aumentou o fluxo sanguneo.
Tambm aprendemos que o nmero de fibroblastos no esttico, e identificamos as molculas de sinalizao que regulam o nmero de fibroblastos no pnis. Ao excluir ou superexpressar as molculas relevantes, pudemos aumentar ou diminuir o nmero de fibroblastos e, em resposta, observar as alteraes correspondentes no fluxo sanguneo do pnis.
Mas logo aprendemos que o excesso de fibroblastos tem consequncias negativas. Camundongos com um nmero muito alto de fibroblastos no pnis apresentaram erees que duravam vrias horas. Nos homens, isso corresponde a uma condio patolgica dolorosa denominada priapismo, que exige uma visita ao hospital.
A ereo do pnis pode ser treinada? Nos seres humanos, grande parte do “treinamento ertil” ocorre naturalmente durante o sono, com os homens apresentando de trs a cinco erees por noite, conhecidas como “tumescncia peniana noturna”.
Para testar a importncia do treinamento, alteramos artificialmente a frequncia das erees em camundongos, tendo como alvo a regio do crebro responsvel por iniciar uma ereo. Essa tcnica nos permitiu ativar e desativar as erees simplesmente istrando uma droga projetada, que atuou especificamente nas clulas nervosas responsveis pela ereo no crebro do camundongo.
Surpreendentemente, descobrimos que o nmero de fibroblastos do pnis mudou em relao frequncia das erees. Quanto mais frequentes as erees, mais fibroblastos estavam presentes e melhor o fluxo sanguneo. Isso significa que fica mais fcil iniciar e manter uma ereo com o aumento da frequncia das erees.
Sabe-se que o “treinamento” inconsciente durante o sono diminui com o aumento da idade. O envelhecimento um dos principais fatores de risco para a disfuno ertil em homens.
Estudando pnis de camundongos idosos, descobrimos que eles tinham um nmero menor de fibroblastos em comparao com camundongos jovens. Ao reduzir o nmero de erees recorrentes em animais jovens por mais tempo, observamos uma diminuio no nmero de fibroblastos e menor fluxo sanguneo peniano.
Uma interpretao poderia ser que o treinamento reduzido afeta negativamente o nmero de fibroblastos e, consequentemente, torna-se menos eficiente para iniciar uma ereo.
Embora a ocorrncia espontnea de erees durante o sono seja certamente conveniente, nosso estudo no sugere nenhuma diferena entre erees involuntrias e ativamente evocadas em relao ao nmero de fibroblastos penianos. Portanto, um declnio relacionado idade da tumescncia peniana noturna poderia ser um alvo em potencial para o tratamento futuro da disfuno ertil, ou compensado pela obteno ativa de uma ereo.
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Nossa pesquisa revela um mecanismo para controlar as erees penianas, abrindo a porta para uma maior explorao para entender e melhorar a sade sexual dos homens.
Fonte: Metrpoles