Coluna Seu Direito : CNJ vai investigar juiz do caso Mariana Ferrer por omisso
Enviado por alexandre em 25/05/2023 00:35:25

A maioria dos conselheiros entendeu que o juiz deveria ter feito intervenes contra os excessos do advogado do acusado contra a vtima

Sede do CNJ Foto: Rmulo Serpa/Agncia CNJ

Nesta tera-feira (23), o Conselho Nacional de Justia (CNJ) decidiu, por maioria, abrir um Processo istrativo Disciplinar (PAD) contra o juiz Rudson Marcos, do Tribunal de Justia de Santa Catarina (TJSC), que acusado de omisso no caso Mariana Ferrer.

O relator da Reviso Disciplinar, o conselheiro Sidney Madruga, entendeu que houve falha na atuao do magistrado durante a audincia que colheu o depoimento da vtima.

Leia tambm1 Buscas por Madeleine McCann seguem at 5 feira, diz polcia
2 Jeff Machado: Saiba quem era ator encontrado morto em ba
3 Mercosul e Unio Europeia: Acordo pode sair at fim do ano
4 Lula deixa mulheres de fora e escolhe 2 homens para o TSE
5 Yudi Tamashiro diagnosticado com Burnout, diz esposa

Madruga e outros conselheiros entenderam que a questo demonstrou uma falha sistmica, que envolveu no apenas o juiz, mas tambm o Ministrio Pblico e o advogado do acusado.

A investigao sobre omisso se d pela episdios de “exaltao e conflituosidade” do advogado do acusado que, por diversas vezes, se excedeu com a vtima sem que o juiz interferisse.

– Um verdadeiro quadro de animosidade e desrespeito que exigia do magistrado posies mais firmes, voltadas a restabelecer a ordem dos trabalhos. Caberia, portanto, nos termos dos arts.2126, 2517 e 7948 do Cdigo de Processo Penal, zelar pela lisura da audincia, sob sua presidncia, reprimindo perguntas impertinentes, ofensivas e completamente estranhas causa, o que no ocorreu – disse o relator.

Os conselheiros que votaram contra a abertura do PAD entenderam que vrias vezes o juiz interferiu e que no h justificativa plausvel para instaurao de um processo contra Rudson Marcos.

A presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, votou a favor do relator por acreditar que o juiz quem tem poder de polcia na conduo de uma audincia.

– Pode permitir que uma das partes seja achincalhada? Entendo que no. Se no pode, ao no ter uma interveno mais efetiva, se omitiu. Isso suficiente para conden-lo? Talvez no, mas para apurar seu comportamento, sim – disse a ministra.

P Enviar esta hist Criar um arquvo PDF do artigo
Publicidade Notcia