O segredo da Maonaria, pacto de sangue com o diabo, prticas satnicas, missa negra e a figura do bode 435e33

Data17/05/2014 20:05:41 | Topico:Urgente

O longo e detalhado depoimento de um mestre da Maonaria, vai explicar, desmistificar, e de forma didtica prestar os devidos esclarecimentos, sobre o misterioso mundo manico. Sem sansacionalismo, mas apenas retratando a verdade dos fatos. Este artigo um dos raros depoimentos de quem galgou os graus da Ordem Manica, at alcanar a plenitude manica. O artigo um tributo a verdade e uma contestao ao fanatismo.

Pois bem: Certa feita, l pela “banda” do Nordeste, um prspero fazendeiro veio a falecer. Como acontece sempre nos velrios de longnquos lugarejos, compareceram os amigos, familiares, empregados e as autoridades locais. De madrugada, em determinado momento, os presentes ficaram em polvorosa, saram em debandada. Acontece que o defunto comeou a se levantar do caixo. Na verdade, ele no havia morrido. O delegado que se encontrava presente ao velrio sacou o revlver e por pouco no atira no ex-defunto. O padre incrdulo ao que assistia, sacou do bolso um crucifixo e ou a maldizer o defunto, dizendo que o Diabo havia tomado conta do corpo do fazendeiro, e danou a rezar aos gritos e a jogar gua benta, clamando: sai Satans! O pastor no perdeu tempo e em seus cultos comeou a fazer pregaes sobre possesses demonacas, uma vez que o dito fazendeiro era catlico. As conseqncias destes fatos foram drsticas. A famlia rejeitou o ex-defunto. Nem a me e a esposa aceitaram. Na cidade, ningum queria conversar com o “diabo”, como ou a ser conhecido. Os seus negcios acabaram falindo. Desprezado e discriminado ficou na misria. Atormentado, enlouqueceu, foi parar no manicmio e acabou morrendo, agora de verdade.

A histria da civilizao dita humana est repleta de casos, alguns, inclusive, praticados, apregoando-se que eram em nome de Deus. A prpria Igreja Catlica protagoniza muitos episdios, como os horrores do tempo da Inquisio. Mas o que todos estes relatos tem haver com a proposta inicial com relao a tolerncias e intolerncias? Tudo! a mxima da realidade, o exerccio pleno do pior de todos os males: a ignorncia. Precisamos nos acautelar diante de certos fatos apontados como verdadeiros.

Faamos uma reflexo: Como uma borboleta que deixou de ser uma lagarta seria tratada por suas antigas companheiras. Naturalmente, ao comentar da grandeza do planeta Terra, da existncia das flores, dos frutos, e de outros elementos da natureza, poderia ser a pobre borboleta tratada como louca, endemoniada, ou simplesmente poderia at mesmo ser penalizada com a morte. Rasteiras, reduzida ao solo da terra, ou a alguns galhos das rvores pequenas, essa seria a verdade das lagartas. Precisamos sempre e sempre, ao nos deparar com algo novo (desconhecido), ou at mesmo algum fato alardeado como a verdade absoluta, sempre nos acautelarmos, para que no venhamos a cometer injustias.

Conjeturando, poderia ainda provocar o desafio de nos situar, por exemplo, em pocas histricas adas e nos indagar qual seria o nosso posicionamento. Se estivssemos no contexto por ocasio da saga de Jesus Cristo, de que lado estaramos. Se estivssemos no contexto dos tempos horrveis da tal “Santa Inquisio”, como nos comportaramos? Estaramos acomodados e acobertados covardemente pelo entendimento da maioria, ou procuraramos entender aqueles fatos, ir busca da verdade?

A Maonaria Universal atravessa um momento que requer especial ateno de todos os maons. O momento de reflexo e de posicionamentos. A Maonaria um fato da natureza, e sendo um fato da natureza, seus fenmenos, ensinamentos e prticas tem que se repetir dentro do corpo humano, Templo vivo de Deus. Mas so tantas as besteiras relacionadas Maonaria, algumas delas infelizmente “alimentadas” pelos prprios maons. Entre sandices e baboseiras, o folclore extenso envolvendo a Ordem Manica.

Por se tratar de uma instituio cujas prticas e aes so de mbito secreto (reservado, nem tanto assim nos dias atuais), parte do clero da Igreja Catlica no ado, tratou de jogar mais “lenha na fogueira”, por um longo perodo do nosso Brasil Colonial, mas se reflete at os dias atuais. Felizmente hoje, apenas um reduzidssimo grupo do clero ainda mantm algum tipo de restrio. Mas no ado, para um maom se casar, batizar um filho, ou ser padrinho, enfrentava restries por parte dos sacerdotes catlicos. Alguns se recusavam at mesmo a celebrar a missa de stimo dia, por ocasio do falecimento de um maom, mesmo sendo catlico.

As relaes com a cpula da Igreja Catlica Apostlica Romana foram minimizadas em todo mundo, depois de terminada a Segunda Grande Guerra Mundial. Com o decorrer dos tempos e o desenfreado aumento de fanticos, combinado com o aparecimento de seitas de todas as espcies (tidas como evanglicas), infelizmente a Maonaria e obviamente diretamente os maons, voltam a sofrer com a veiculao de livros, revistas, publicaes diversas e constantes ataques, de elementos que tentam se projetar (e aumentar o caixa do dzimo), com falsas pregaes de ataque a Ordem Manica. O ataque sempre o mesmo, de que a Maonaria tem prticas satnicas.

Isto acontece principalmente pelo fato de pessoas despreparadas se intitularem de uma hora para outra como pastores, enviados de Deus, apstolos, missionrios e outras “coisitas”. Alguns segmentos religiosos vm promovendo uma verdadeira cruzada (vide sites na internet), contra a Maonaria. Parece at que retornamos aos tempos lamentveis da irnica (no nome) “Santa Inquisio”. Um louco denuncia, por exemplo, que a Maonaria est envolvida com o crime organizado. As invencionices contra Maonaria agora recebem novos contornos. Pregam abertamente que esta Sublime Instituio, desde as bases elementares, promove as tais prticas satnicas. Estes despreparados para ocuparem o comando destas “igrejas”, desconhecem que a plenitude da Maonaria a de Mestre Maom e assim sendo, estes crticos se equivocam ao tecerem comentrios sobre os graus filosficos.

No Brasil Colonial, era parte do clero que “detonava” os maons, denunciando a prtica das escabrosas missas negras e que ao invs dos santos, adorvamos o Bode (o tal) que efetivamente se transformava na figura do Diabo. Mas alguns maons, com o decorrer dos tempos, foram incrementando ainda mais este folclore em torno do bode. Os tcnicos em invencionices de planto, que tanto tm recheado a literatura manica com baboseiras de todas as espcies, aproveitaram, “deitaram e rolaram” sobre o assunto.

O bode mais uma das muitas tolices que se tem falado a respeito da Maonaria. Mas existe ainda a estria defendida at mesmo por pessoas ditas como esclarecidas, e est relacionada a um tal pacto com o Diabo. Estas pessoas asseguram que, ao ingressar na Ordem, o candidato teria que entregar um de seus filhos (as), para o Diabo. A minha contestao justifica-se plenamente, pois devemos evitar embaraos para os filhos de maons, s vezes, alvo de questionamentos ou crticas em seus ambientes escolares ou sociais, e que na sua grande maioria ficam sem saber o que dizer, se revoltam, e comeam tambm a acreditar nestas besteiras.

O primeiro caminho para se combater estas tolices, no aliment-las. No tenho conhecimento que um distintivo com a figura de bode, seja alguma condecorao manica, mas alguns membros o exibem em seus uniformes. Mesmo na brincadeira devemos ter responsabilidade, para no “alimentar”, aqueles que por desconhecimento ou maldade, continuam a difamar e caluniar a Ordem Manica.

Recentemente em um evento religioso foi divulgado que durante a Iniciao Manica ocorria uma transfuso de sangue do bode para o aspirante a maom e que se configuraria no ato a entrega da alma, via pacto de sangue com o tal Diabo. Um tal “pastor” que diz ter sido iniciado na Ordem Manica, para fazer sucesso em seus cultos anuncia que a instituio manica tem prticas diablicas e inclusive sacrifcio de animais. O ser humano precisa aprender que pelo fato de ter suas convices religiosas, entendidas como sagradas e verdadeiras, no precisa rebaixar ou destruir a religio dos outros. O bode na Maonaria simplesmente folclore, lenda, mas tambm utilizada para incrementar o tal segredo da Maonaria, que efetivamente no existe.

A Maonaria uma sociedade discreta, onde suas aes so reservadas e interessa apenas queles que dela participam. A maonaria uma sociedade universal, cujos membros cultivam os princpios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeioamento intelectual. A maonaria ite todo homem livre e de bons costumes. A Maonaria no faz distino de raa, religio, iderio poltico ou posio social. Em todas as suas sesses lido o evangelho contido na Bblia Sagrada (chamada pelos maons de Livro da Lei). Bode: mentira. Pacto de sangue: mentira. Sacrifcio de animais: mentira. Segredo: Mentira.

Autoria: Paulo Ayres
Mestre Maom / Perf Subl Mac
Jornalista, Radialista, Professor, Tcnico Legislativo e Tecnlogo em Gesto de RH
Catlico praticante



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