Procurado para comentar a carta, o MEC no respondeu at a publicao deste texto 4s2i2m Crtica ocorre aps decreto limitar oramento de instituies federais at novembro. Foto: cedida 2n3x5y A Academia Brasileira de Cincias e a Sociedade Brasileira para o Progresso daCinciaemitiram nota demonstrando “profunda preocupao” com as recentes medidas adotadas pelo governoLula(PT) em relao ao financiamento das universidades federais. Um decretoassinado pelo presidente em 30 de abril permite aoMEC(Ministrio daEducao) liberar at novembro apenas 61% do oramento de cada instituio. Isso, segundo as entidades cientficas, inviabiliza o funcionamento bsico das universidades, afetando diretamente a manuteno de suas atividades istrativas, acadmicas e cientficas ao longo do ano. “Mais de 90% da pesquisa cientfica brasileira resultado das pesquisas realizadas nas universidades pblicas do pas. A limitao oramentria imposta no somente ameaa a continuidade das pesquisas, como tambm compromete a formao de profissionais altamente qualificados, essenciais para o desenvolvimento econmico, social e tecnolgico do pas”, diz o texto enviado reportagem nesta segunda-feira (19). Segundo a nota, essa poltica no atinge apenas a cincia. Ela tambm destri um dos principais mecanismos deascenso social no pas. “As universidades pblicas so a porta de entrada para milhares de estudantes pobres, negros e perifricos que dependem delas para romper o ciclo da desigualdade, empurrando os mais vulnerveis para o ensino privado e o endividamento”, afirma o texto, assinado por Helena Bonciani Nader, presidente da Academia Brasileira de Cincias, e Renato Janine Ribeiro, presidente Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia. Eles dizem que pases desenvolvidos investem massivamente em educao e cincia. O Brasil, ao contrrio, estaria desmontando suas universidades,exporta crebros e aumenta sua dependncia tecnolgica estrangeira.  Segundo a nota, essa poltica no atinge apenas a cincia. Ela tambm destri um dos principais mecanismos deascenso social no pas. Foto: cedida Leia a nota completa n5s1sA Academia Brasileira de Cincias (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia (SBPC) vm a pblico manifestar sua profunda preocupao com as recentes medidas adotadas pelo Governo Federal em relao ao financiamento das universidades federais. A deciso de liberar apenas no final do ano um tero dos recursos previstos inviabiliza o funcionamento bsico dessas instituies, comprometendo de forma severa o funcionamento das universidades federais brasileiras, bem como afetando diretamente a manuteno de suas atividades istrativas, acadmicas e cientficas ao longo do ano. Mais de 90% da pesquisa cientfica brasileira resultado das pesquisas realizadas nas universidades pblicas do pas. A limitao oramentria imposta no apenas ameaa a continuidade das pesquisas, como tambm compromete a formao de profissionais altamente qualificados, essenciais para o desenvolvimento econmico, social e tecnolgico do pas. Ao adiar e diminuir significativamente a liberao de recursos, o governo dificulta o funcionamento dessas instituies, comprometendo sua capacidade operacional. Essa poltica no atinge apenas a cincia – destri um dos principais mecanismos de ascenso social no Brasil. As universidades pblicas so a porta de entrada para milhares de estudantes pobres, negros e perifricos que dependem delas para romper o ciclo da desigualdade, empurrando os mais vulnerveis para o ensino privado e o endividamento. Pases desenvolvidos investem massivamente em educao e cincia. O Brasil, ao contrrio, desmonta suas universidades, exporta crebros e aumenta sua dependncia tecnolgica estrangeira. Sem pesquisa pblica, no haver inovao, nem solues para crises sanitrias, ambientais ou econmicas. Diante desse cenrio, a ABC e a SBPC reiteram a importncia de garantir o pleno funcionamento das universidades federais, condio indispensvel para o avano da cincia, da educao e da soberania nacional. Helena Bonciani Nader Presidente Academia Brasileira de Cincias Renato Janine Ribeiro Presidente Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia
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