MPF quer barrar PRF em aes conjuntas com outros rgos
O Ministrio Pblico Federal entrou com ao civil pblica contra a Unio, com pedido liminar – em carter de urgncia – para que seja proibida a participao da Polcia Rodoviria Federal (PRF) em operaes conjuntas com outros rgos integrantes do Sistema nico de Segurana Pblica – federal, estadual, distrital ou municipal – em comunidades e cidades em todo pas.
A Procuraria deseja que a ao da corporao fique restrita ao mbito das rodovias e estradas federais, como de sua competncia, at que seja julgada a ao impetrada nesta tera-feira (31).
No mrito, o pedido para que seja declarado parcialmente nulo decreto do Ministrio da Justia, que estabeleceu diretrizes para a participao da Polcia Rodoviria Federal em operaes conjuntas. Os procuradores argumentam que um dos artigos do texto “extrapola as competncias atribudas PRF pela Constituio Federal”.
– A legislao que rege a matria no conferiu ao Ministro da Justia e Segurana Pblica o poder normativo de estabelecer as atribuies da Polcia Rodoviria Federal, alterando-lhe o mbito da competncia territorial ou em razo da matria – pontuou o procurador da Repblica Eduardo Benones na ao.
Foi com base na citada portaria que foi autorizada a operao conjunta na Vila Cruzeiro, no ltimo dia 23, que resultou na morte de mais de 20 pessoas. O Ncleo de Controle Externo da Atividade Policial da Procuradoria no Rio de Janeiro instaurou procedimento investigatrio criminal para apurar “eventuais violaes” e responsabilidades de policiais federais durante a operao.
A Procuradoria destaca ainda que, alm de participar da segunda operao mais letal da histria do Rio, a PRF integrou equipes que realizaram outras duas incurses em 2022 que resultaram na morte de outras 14 pessoas – em 11 de fevereiro, na Vila Cruzeiro, com oito mortos e em 20 de maro no Complexo do Chapado, que resultou em seis vtimas fatais no identificadas.
Como mostrou o Estado, a Polcia Rodoviria Federal (PRF) ampliou seu escopo de trabalho e tem atuado mais em operaes de polcias locais aps portarias editadas no governo Jair Bolsonaro. Uma primeira, baixada pelo ex-juiz Srgio Moro, gerou insatisfao por parte da Polcia Federal (PF) e foi alvo de questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF).
Posteriormente, o ex-ministro Andr Mendona editou novo texto dando aval para que a PRF pudesse atuar em operaes conjuntas que contem com a participao de rgos integrantes do Sistema nico de Segurana Pblica para prestar apoio logstico, atuar na segurana das equipes e do material usado, participar do cumprimento de mandados judiciais de busca e apreenso, fazer boletins de ocorrncia e “praticar outros atos relacionados ao objetivo da operao conjunta”.
Mulher detida aps fazer mais de 3 mil ligaes telefnica para perturbar o trabalho da polcia
Na ltima tera-feira (31), uma mulher, de 42 anos, foi detida sob a suspeita de que teria realizado mais de trs mil ligaes telefnicas aos servios de prontido e de atendimento de emergncia das polcias Civil e Militar, em Tabarai, em So Paulo. As informaes so do G1.
Rafael Guerreiro Galvo, delegado responsvel pelas investigaes sobre o caso, relatou que a acusada no deixou de fazer as ligaes mesmo aps ter sido proibida por ordem da Justia. Segundo ele, o tipo de ligao feita pela mulher s reparties policiais no pode ser considerado como “trote”.
“Na verdade, eu no usei a palavra trote porque o trote, s vezes, uma brincadeira. Ento, eu trato como turbaes, mesmo. Porque ela ligava para falar coisas diversas.
Algumas coisas at reais, mas sem nenhum tipo de relevncia policial. ‘Ah, eu vi um gato abandonado’. Ento, trote eu acho que no abarcaria tudo o que ela fez. Trote a muita brincadeira e ela teve dolo mesmo”, explicou Rafael ao G1.
A acusada vai responder pelo crime de atentado contra a segurana de servio de utilidade pblica, previsto no artigo 265 do Cdigo Penal. A lei declara uma pena de um a cinco anos de recluso e multa para quem atentar contra a segurana ou o funcionamento de servio de gua, luz, fora ou calor, ou qualquer outro de utilidade pblica.
PF rene partidos para alinhar a segurana de candidatos
Corporao ir apresentar o plano de segurana para proteo aos candidatos Presidncia da Repblica
PF rene partidos para alinhar a “segurana de candidatos” Foto: Divulgao/PF
A Polcia Federal (PF) realizar, nesta tera-feira (31), uma reunio com representantes de partidos polticos para a apresentao do plano de segurana para proteo aos candidatos Presidncia da Repblica. O encontro para “alinhamento estratgico” ser realizado na sede da PF em Braslia a partir das 11h30.
A medida faz parte da chamada Operao Policial de Proteo aos Presidenciveis, que teve incio em maro.
A PF responsvel pela segurana dos presidenciveis durante o processo eleitoral.
Na corrida eleitoral de 2022, so pr-candidatos: Luiz Incio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), Simone Tebet (MDB), Andr Janones (Avante), Ciro Gomes (PDT), Luciano Bivar (Unio Brasil), Luiz Felipe d’Avila (Novo), Eymael (DC), Vera Lcia (PSTU) e Leonardo Pricles (UP).
Em um primeiro momento, os partidos foram contatados para que fosse informado corporao se possuam candidatos presidncia e dar incios s tratativas de segurana.
Em abril, foi institudo o Curso de Proteo Pessoa, para servidores da PF e convidados, com o objetivo de formar operadores para as equipes de segurana dos candidatos Presidncia da Repblica nas eleies de 2022.
O curso teve durao de 20 dias, sendo realizado entre 2 e 20 de maio, informou a corporao.
DE MRTIR A ALGOZ – A Polcia Rodoviria Federal e sua Via Crucis 21cf
Por Magno Martins, edio de tala Alves
Por Joo Elias da Silva Filho*
Toda a mdia nacional divulgou, em tom de solidariedade para com a Polcia Rodoviria Federal (PRF), a perda de dois dos seus membros, Mrcio Hlio Almeida de Souza e Raimundo Bonifcio do Nascimento Filho que, no cumprimento de suas misses, foram mortos no dia 18 de maio, na BR-116 (Cidade dos Funcionrios, Fortaleza-CE). Eles foram vtimas de disparos de arma de fogo desferidos por Antnio Wagner Quirino da Silva (31 anos), que na oportunidade demonstrava sinais de inconscincia psiquitrica. A tragdia foi ao pice com a morte em seguida do autor dos disparos contra os policiais.
No se cogitou sobre o possvel equvoco das duas primeiras vtimas em se permitir, portando armas de fogo coldreadas, envolver num choque fsico com uma pessoa jovem, aparentemente sem debilidades e nitidamente perturbada. A mdia se distanciou das cogitaes que eram at cabveis poca, tais como: Por que, diante do cenrio, os agentes no se limitaram a sinalizar o trnsito e a acionar o corpo de bombeiros ou apoio do SAMU? Afinal, Antnio Wagner e usurios corriam riscos por causa do comportamento anmalo de caminhar na contramo e no centro da faixa de rodagem.
A tragdia foi to grande que os questionamentos sobre a motivao foram deixados ao largo, afinal aqueles agentes agiram claramente no intuito de preservar vidas, primeiramente a de Antnio Wagner. Como heris, tombaram sobre o terreno que cotidianamente era o local do cumprimento de seus deveres, e como tal foram tratados pela nao. Um clima de consternao nos sobreveio, pois, as chocantes imagens divulgaram o acontecimento de fato muito estranho. A PRF, tratada como um corpo patritico ferido, foi acalentada por todos – poderes, instituies, imprensa, polticos e cidados comuns.
Como se a desgraa no tivesse sido bastante, exsurge, no dia 25 de maio, na BR-101 (Umbaba, Aracaju-SE), uma sombria ocorrncia envolvendo membros da PRF, que culminou na morte de Genivaldo de Jesus Santos (38 anos). Imagens muito impactantes so reveladoras de uma ao de agentes da PRF que est sendo repudiada por todos. No temos o intuito de expor juzo algum de valor sobre o fato em si, uma vez que as investigaes se encontram em andamento e no ser de nosso alcance qualquer atuao no caso. Confiamos em absoluto na prontido, resilincia e capacidade das instituies para esclarecer a ocorrncia e dar o encaminhamento merecido, o que servir tambm de prestao de contas sociedade.
Parece at uma trama sobrenatural. Repentinamente, um mundo totalmente tenebroso se abate sobre a PRF. compreensvel a revolta porque as imagens desse ltimo acontecimento causam aflio e angstia em qualquer ser humano que possua um nvel de empatia e um senso crtico moral mediano. que a sociedade ficou estarrecida com as mortes nas duas situaes. Alcana-nos de imediato, a sensao de impotncia e medo. Se agentes treinados pelo Estado so vitimizados com tanta facilidade e se eles se envolvem em vitimizao, aparentemente desnecessria e cruel, onde encontrar segurana o cidado comum?
Pois bem! No centro desses dois acontecimentos est a instituio Polcia Rodoviria Federal e, sobre esse fato, compreendo que precisamos proteger a instituio. As duas situaes foram fatos to isolados, esquisitos e anormais na rotina da PRF, que ambas causaram grande comoo. de suma importncia destacar que a instituio formada em sua quase totalidade, por homens e mulheres comprometidos com as obrigaes institucionais. Impossvel obscurecer o protagonismo que a PRF tem na proteo de todas as pessoas que diariamente usam nossas rodovias, no combate ao narcotrfico e na recuperao de veculos furtados/roubados. A ostensividade da PRF tem sido preveno de roubos de cargas e de diversas outras modalidades de crimes.
Um legado como o da PRF no pode ser aquilatado por ocorrncias isoladas. Cabe aos que cumpriro o complexo mister de atuar nas duas fases da persecuo penal (investigao e instruo processual), o grave cuidado de no deixar que se confunda a instituio e sua razo existencial com atitudes isoladas de alguns de seus membros. Na verdade, a atuao desses tcnicos dever obrigatoriamente, tambm proteger a PRF que um patrimnio mpar da segurana brasileira.
Pessoalmente, j estivemos com misso semelhante – apurar responsabilidades e proteger instituies – e sabemos o quanto pantanoso o trilhar num terreno como esse, contudo, com muita ateno e viso tcnica, conseguimos manter essa necessria diferenciao at o encaminhamento jurdico que nos coube.
Alm do mais urge a necessidade de que no s os representantes do Estado, mas cada cidado se torne um baluarte na defesa das instituies nacionais, pois elas carregam a gnese existencial de nossa democracia e, por conseguinte, so garantidoras de nossas liberdades.
De acordo com o IML, trs mortos atribudos operao vieram de um confronto entre traficantes no Morro do Juramento
Operao na Vila Cruzeiro deixou mais de 20 mortos Foto: Reproduo/TV Globo
A Polcia Civil do Rio de Janeiro atualizou, nesta quinta-feira (26), o nmero de mortos na operao realizada na ltima tera (24) na Vila Cruzeiro, Zona Norte da capital fluminense. De acordo com a corporao, o nmero 23 em vez dos 26 que vinham sendo divulgados.
Segundo o Instituto Mdico-Legal (IML), a razo para a nova quantidade de bitos estaria no fato de que trs dos 26 mortos atribudos operao vieram, na verdade, de um confronto entre traficantes rivais no Morro do Juramento, tambm na Zona Norte. Dos 23 corpos apontados como sendo de mortos na operao na Vila Cruzeiro, 22 j foram identificados.
A operao policial realizada na tera teve como objetivo prender chefes de uma faco criminosa que estariam escondidos no Complexo da Penha. De acordo com a polcia, a ao teve incio aps as autoridades serem informadas de que o Comando Vermelho deslocaria 50 criminosos para reforar o trfico na Rocinha, na Zona Sul da cidade.
Entre os alvos da operao, estariam chefes de outras favelas do Rio de Janeiro e criminosos de outros estados. Segundo a PM, os agentes foram atacados a tiros quando iniciavam a ao. O trabalho foi feito em conjunto com o Batalho de Operaes Especiais (Bope), a Polcia Federal (PF) e a Polcia Rodoviria Federal (PRF).
Traficante foragido do AM um dos mortos em operao no RJ w1n2e
Alm de condenao por trfico de drogas, traficante tambm estaria envolvido com triplo homicdio no estado
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Sobe o nmero de mortos em operao policial na Vila Cruzeiro / Foto: EFE/ Andr Coelho
Um dos mortos na operao policial realizada nesta tera-feira (24) na Vila do Cruzeiro, no Rio de Janeiro, foi o traficante Roque de Castro Pinto Junior, que estava foragido da Justia do Amazonas (AM). De acordo com a Secretaria de Segurana Pblica do estado, ele chegou a ser condenado a sete anos de priso por trfico de drogas e ainda foi preso, em 2018, por suspeita de envolvimento em um triplo homicdio. A informao foi dada pelo portal G1.
A operao policial teve por objetivo prender chefes de uma faco criminosa que estariam escondidos na comunidade. Pelo menos 25 pessoas morreram no confronto, entre elas uma moradora da comunidade.
De acordo com a polcia, a ao teve incio de forma emergencial, aps as autoridades serem informadas de que o Comando Vermelho deslocaria 50 criminosos para reforar o trfico na Rocinha. Entre os suspeitos, estariam chefes de outras favelas do Rio de Janeiro e criminosos de outros estados, como Par, Amazonas, Alagoas, Bahia, Cear e Rio Grande do Norte.
Segundo a PM, os agentes foram atacados a tiros quando iniciavam a ao. Treze entre os mortos eram criminosos, e uma era moradora, que foi atingida por uma bala perdida em casa. A ao durou 12 horas e reuniu cerca de 80 agentes, em operao conjunta entre o Batalho de Operaes Especiais (Bope), da Polcia Federal (PF) e da Polcia Rodoviria Federal (PRF).