Milhares de pessoas participaram, nesta sexta-feira (1/3), do funeral e do enterro do poltico da oposio russa Alexei Navalny, em Moscou, Rssia. Muitos carregavam flores e gritaram mensagens de apoio ao homem que foi um dos crticos mais duros do presidente Vladimir Putin.

Membros das foras de segurana russas estavam presentes em grande nmero na Igreja do cone da Me de Deus, uma igreja ortodoxa russa, e no cemitrio Borisovskoye, onde ele foi sepultado.

Navalny morreu aos 47 anos em circunstncias misteriosas em 16 de fevereiro, em uma colnia penal no Crculo Polar rtico, para onde fora transferido em dezembro.Membros das foras de segurana russas estavam presentes em grande nmero na Igreja do cone da Me de Deus, uma igreja ortodoxa russa, e no cemitrio Borisovskoye, onde ele foi sepultado.

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Navalny morreu aos 47 anos em circunstncias misteriosas em 16 de fevereiro, em uma colnia penal no Crculo Polar rtico, para onde fora transferido em dezembro.Aps o culto, seu caixo foi novamente levado para fora da igreja, sob aplausos e mais cnticos da multido, enquanto comeava o curto cortejo at o cemitrio para seu sepultamento.

Uma foto do interior da igreja mostrava o caixo aberto com o corpo de Navalny coberto de flores vermelhas e brancas, enquanto sua me, usando um leno de cabea preto e com uma vela em uma das mos, sentava-se ao lado de seu pai nas proximidades.Diplomatas ocidentais, incluindo a embaixadora dos EUA, Lynn Tracy, tambm compareceram ao funeral.

Foto: Reproduo

Mais de 250 mil pessoas assistiram ao funeral e ao enterro no canal de Navalny no YouTube, que est bloqueado na Rssia.Uma multido de pessoas marchou da igreja at o cemitrio Borisovskoye, nas proximidades da igreja, aps o servio fnebre. “No nos esqueceremos de voc!” e “Perdoe-nos!”, gritaram alguns dos presentes quando o caixo chegou para o enterro.

Cerca de 400 pessoas foram detidas em cerimnias em memria de Navalny desde a sua morte, segundo a organizao de direitos humanos OVD-Info, mas nenhuma priso foi registrada nesta sexta-feira, apesar dos avisos do Kremlin.

“Qualquer reunio no autorizada ser uma violao da lei e aqueles que participarem dela sero responsabilizados”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, agncia de mdia estatal russa, Tass.

Fonte: O Globo

O presidente da Rssia, Vladimir Putin, advertiu nesta quinta-feira (29) as potncias ocidentais sobre o risco “real” de uma guerra nuclear em caso de agravamento do conflito na Ucrnia, durante o discurso nao para definir as prioridades do pas, a apenas duas semanas das eleies presidenciais em que no enfrentar concorrncia.

Putin celebrou o avano das tropas no front ucraniano e alertou para as “trgicas consequncias” caso algum pas ocidental envie soldados a Kiev, depois que o presidente francs, Emmanuel Macron, mencionou a possibilidade no incio da semana.

Os pases “falaram da possibilidade de enviar contingentes militares ocidentais Ucrnia (…) mas as consequncias destas intervenes seriam realmente trgicas”, afirmou Putin diante da elite poltica russa no Gostiny Dvor, um palcio de congressos perto da Praa Vermelha, em Moscou.

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“Precisariam entender que tambm temos armas capazes de atingir alvos em seu territrio. Tudo o que inventam neste momento, alm de assustar o mundo, uma ameaa real de um conflito em que sero utilizadas armas nucleares, o que significa a destruio da civilizao”, disse o presidente russo.

– Capacidades militares –

O lder do Kremlin fez o discurso em um cenrio muito melhor que o do ano ado, quando as tropas russas haviam protagonizado recuos humilhantes no sul e nordeste da Ucrnia aps uma tentativa frustrada de tomar Kiev no incio de 2022.

Mas desde ento, a contraofensiva ucraniana de vero (hemisfrio norte, inverno no Brasil) fracassou e as tropas de Kiev esto na defensiva atualmente, com escassez de munies e superadas por soldados russos em maior nmero e com melhores armas.

Em meados de fevereiro, as foras de Moscou tomaram a cidade de Avdiivka, na frente leste, e prosseguiram com a ofensiva na regio.

“As capacidades de combate das Foras Armadas (russas) aumentaram consideravelmente. Avanam de modo constante em diversas reas da frente”, celebrou Putin, antes de acrescentar que “a maioria absoluta do povo russo” apoia a campanha militar na Ucrnia.

Ele tambm elogiou “a flexibilidade e a resistncia” da economia russa que, apesar da avalanche de sanes ocidentais, resiste e se concentrou na mquina de guerra e no mercado asitico.

– Silncio sobre Navalny –

Nos discursos nao, Putin geralmente faz o balano do ano anterior e define as orientaes estratgicas do pas.

Como habitual, nesta quinta-feira ele aproveitou a plataforma para criticar o Ocidente, apresentado como o inimigo depravado dos “valores tradicionais” defendidos oficialmente pelo Kremlin.

“Uma famlia com muitos filhos deve ser norma”, afirmou, em um contexto de graves problemas demogrficos no pas, acentuados pelo ataque Ucrnia e pela fuga para o exterior de centenas de milhares de pessoas.

Putin tambm disse que a luta contra a pobreza na Rssia uma de suas prioridades e comemorou a reduo do consumo de bebidas alcolicas no pas.

O discurso aconteceu na vspera do funeral em Moscou de seu principal opositor, o ativista anticorrupo Alexei Navalny, que morreu em 16 de fevereiro na priso, em circunstncias sombrias.

Putin, que nunca pronuncia o nome de Navalny, ainda no comentou a morte, que causou comoo dentro e fora do pas.

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Em plena campanha para as eleies presidenciais de 15 a 17 de maro, Putin aumentou as aparies pblicas desde o incio do ano: recentemente ele entregou medalhas em uma cerimnia e foi visto a bordo de um bombardeiro das foras de dissuaso nuclear russas.

Fonte: Revista Isto

O presidente argentino, Javier Milei (foto), publicou essa semana mais um decreto cortando recursos para provncias argentinas. Dessa vez, ele cancelou o Fundo de Fortalecimento Fiscal da provncia de Buenos Aires, causando a ira do governador Axel Kicillof, que prometeu recorrer da deciso.

Em entrevista coletiva, Kicillof disse que o presidente est extorquindo e ameaando as provncias argentinas. “O ajuste no foi nem contra a casta, nem contra um setor exclusivo, nem contra a poltica.

O ajuste, e hoje est claro, foi contra o povo da provncia e de todo o pas”, afirmou o governador, alertando que o corte prejudica, entre outras despesas, o pagamento dos salrios de professores e o financiamento da alimentao dos alunos.

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Na semana anterior, Milei suspendeu recursos da provncia da regio patagnica Chubut. Em resposta, o governador Ignacio Torres recorreu Justia e prometeu suspender o fornecimento de petrleo e gs para o resto do pas. Outros quatro governadores da Patagnia argentina, responsveis pela produo de cerca de 90% do petrleo e gs do pas, se manifestaram em solidariedade provncia de Chubut.

Nessa tera-feira (27), a primeira instncia da justia federal mandou o governo nacional devolver o o aos recursos de Chubut, mas o governo MIlei informou que ir recorrer da deciso.

Em entrevista ao jornal La Nacin, Torres afirmou que o objetivo do governo nacional “matar uma provncia para exemplificar e disciplinar o resto” e acrescentou que MIlei corta “qualquer ponte de dilogo com qualquer governador, deputado ou qualquer pessoa que ouse dizer que no est de acordo com algo”.

Em uma rede social, o presidente Javier Milei comentou a crise poltica justificando que “a casta poltica est chafurdando na misria e apelando a todo tipo de mentiras para defender seus privilgios e assim carregar os custos de seus delrios sobre os bons argentinos”.

Ao justificar o cancelamento do fundo de Buenos Aires, o governo argentino disse que a medida necessria para efetuar o ajuste fiscal de at 5% do Produto Interno Bruto (PIB) nas contas do Estado.

CRISE POLTICA

O cientista poltico Leandro Gabiati avaliou que Milei decidiu cortar recursos das provncias depois de ver derrotado o seu projeto de lei de ajuste fiscal no Congresso Nacional, a chamada “lei nibus”. Para o especialista, essas decises refletem um mtodo de governar baseado no confronto.

“Ele tentou impor o projeto de lei ao Congresso e no quis negociar, e assim o projeto acabou derrotado. O decreto que ele editou em dezembro tem chance de cair ou de no avanar quando comearem as sesses agora no ms de maro no Senado e na Cmara”, destacou.

Gabiati acrescentou que essa dinmica est sendo implementada tambm com relao aos governadores. “Logicamente, isso a uma postura de risco, porque pode gerar imes que, se no forem resolvidos, podem decorrer em crises polticas ou at sociais”, completou.

O cientista poltico argentino, que naturalizado brasileiro, lembrou ainda que, comparado com o Brasil, as provncias argentinas tm maior dependncia financeira em relao ao governo central.

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“No Brasil, voc tem estados com uma certa autonomia econmica – como So Paulo, Paran, do Sul, do Sudeste, at do Centro-Oeste e do Nordeste tambm. Logicamente que os rees e a diviso de recursos so importantes, mas elas tm uma vida econmica prpria. Isso acontece em menor medida na Argentina. Ento, esses rees de recursos so o centro do conflito que histrico na Argentina”, finalizou.

Fonte:Isto

O presidente da Frana, Emmanuel Macron, itiu, nessa segunda-feira (26), a possibilidade de pases europeus enviarem tropas Ucrnia, embora tenha advertido que no h consenso sobre essa medida. Pases aliados concordaram em aumentar os esforos para entregar mais munies a Kiev.

Cerca de 20 lderes europeus se reuniram ontem em Paris para enviar mensagem ao presidente russo, Vladimir Putin, sobre a determinao da Europa em relao Ucrnia e contrapor a narrativa do Kremlin de que a Rssia est fadada a vencer uma guerra que j entrou em seu terceiro ano.

"No h consenso nesta fase para enviar tropas", disse Macron. "Nada deve ser excludo. Faremos tudo o que for necessrio para que a Rssia no vena."

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Uma autoridade da Casa Branca disse Reuters que os Estados Unidos (EUA) no tm planos de enviar tropas para lutar na Ucrnia e que tambm no h planos de enviar tropas da Organizao do Tratado do Atlntico Norte (Otan).

Macron convidou lderes europeus ao Palcio do Eliseu para reunio organizada s pressas, a fim de discutir a ampliao do fornecimento de material blico Ucrnia. Assessores afirmam que houve, nas ltimas semanas, uma escalada de agresses da Rssia.

Aps sucesso inicial em conter o Exrcito russo, a Ucrnia sofreu revezes nos campos de batalha no Leste, com seus generais reclamando da escassez de armas e soldados.

O primeiro-ministro eslovaco Robert Fico, que tem sido contra a ajuda militar Ucrnia, disse que vrios integrantes da Otan e da Unio Europeia (UE) estavam considerando enviar soldados para a Ucrnia de forma bilateral.

"Posso confirmar que h pases que esto preparados para enviar suas prprias tropas Ucrnia. H pases que dizem nunca, entre os quais est a Eslovquia, e h pases que dizem que essa proposta precisa ser considerada", afirmou antes de embarcar de volta Eslovquia.

O primeiro-ministro holands, Mark Rutte, favorito para se tornar o prximo secretrio-geral da Otan, disse que a questo do envio de tropas no foi o foco das conversas dessa segunda-feira.

Falando com os lderes por uma ligao de vdeo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, apoiou o alerta de Macron sobre a escalada do conflito: “Precisamos garantir que Putin no consiga destruir nossos feitos e nem expandir sua agresso para outras naes”.

"Muitas pessoas que dizem hoje 'nunca, nunca' foram as mesmas que disseram 'nunca tanques, nunca avies, nunca msseis de longo alcance', h dois anos", afirmou Macron.

"Tenhamos a humildade de observar que, muitas vezes, chegamos com seis a 12 meses de atraso. Esse foi o objetivo da discusso desta noite: tudo possvel se for til para alcanar nosso objetivo", acrescentou o presidente francs. Para ele, a Europa no deve depender dos Estados Unidos para lutar na Ucrnia.

MAIS MUNIO

Houve progresso sobre a iniciativa liderada pela Repblica Tcheca de comprar centenas de milhares de cartuchos de munio e projteis de outros pases, algo em que a Frana tem sido cautelosa, uma vez que quer dar prioridade ao desenvolvimento da prpria indstria europeia.

O fornecimento de munio tornou-se questo crtica para Kiev. A UE no est conseguindo cumprir a meta de enviar 1 milho de cartuchos de artilharia Ucrnia at maro.

O primeiro-ministro tcheco, Petr Fiala, informou que cerca de 15 pases concordaram em aderir sua iniciativa. Macron disse que Paris tambm o faria e que uma coalizo para acelerar a entrega de msseis de longo alcance tambm havia sido acertada.

"Estamos falando de centenas de milhares de peas de munio que deveramos e poderamos obter em tempo relativamente curto", disse Fiala aos reprteres.

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Os ministros da Defesa foram incumbidos de apresentar um plano nos prximos dez dias, informou o primeiro-ministro de Portugal, Antnio Costa. Os Estados Unidos, cujo ltimo pacote de auxlio militar Ucrnia empacou no Congresso, foi representado pelo assistente do secretrio de Estado para Assuntos Europeus e Eurasiticos, Jim O’Brien.

Fonte:Dirio Do Nordeste

O primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, renunciou o cargo nesta segunda-feira (26). Ele integrante da Autoridade Nacional Palestina (ANP), partido formado h 30 anos, que exerce uma governana limitada sobre partes da Cisjordnia ocupada.

"Apresentei a demisso ao lder [da ANP, Mahmud Abbas] em 20 de fevereiro e a submeto hoje por escrito", afirmou Shtayyeh, antes de explicar que a deciso acontece " luz dos fatos relacionados com a agresso contra a Faixa de Gaza e a escalada na Cisjordnia e Jerusalm".
Shtayyeh disse Gaza precisar entrar em uma nova fase de governo por conta da nova realidade na regio e, por isso, decidiu renunciar. O primeiro-ministro palestino assumiu o cargo em 2019.

Desde o incio da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, o lder da ANP tem sido criticado por sua "impotncia" diante dos bombardeios israelenses na Faixa e do aumento da violncia na Cisjordnia ocupada.

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H cerca de 17 anos, a liderana palestina est dividida entre a Autoridade Nacional Palestina (ANP) e o Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

“[O novo momento] exigir acordos governamentais e polticos que levem em conta a realidade emergente na Faixa de Gaza, bem como a necessidade urgente de um consenso palestino”, afirmou Shtayyeh. Alm disso, " necessria a extenso da Autoridade Nacional Palestina sobre todo o territrio”.

Porm, a renncia de Shtayyeh ainda dever ser aceita pelo lder da ANP, que poder pedir que ele permanea como interino at que um substituto seja nomeado.

AUTORIDADE NACIONAL PALESTINA (ANP)

Israel prometeu destruir o Hamas e diz que, por razes de segurana, no aceitar o domnio da Autoridade Nacional Palestina (ANP) sobre Gaza aps a guerra, que j matou cerca de 1.200 israelenses e quase 30 mil palestinianos.

A ANP deveria funcionar como um rgo de governo temporrio de todos os territrios palestinos. Formado pelo lder, primeiro-ministro e um conselho legislativo. E o maior partido poltico palestino, Fatah, e o grupo terrorista Hamas, poderiam disputar cadeiras.

Porm, um conflito entre os dois partidos aconteceu aps a ltima eleio para o Conselho Nacional Palestino, em 2006. poca, o grupo terrorista ganhou as cadeiras do conselho. Porm, a vitria no foi aceita por Israel e pela Unio Europeia, que financiavam em parte a ANP.

Os pases impam sanes, que acirrou a rivalidade entre os partidos locais. Tanto que o Fatah dissolveu o conselho, ficando com o controle da ANP na Cisjordnia — onde tinha sua maior base de apoio — e o Hamas formou um governo prprio e tomou controle da Faixa de Gaza.

ESFOROS PARA UM NOVO GOVERNO

O Fatah — partido de Shtayyeh — e o Hamas tm feito esforos para chegar a um acordo sobre um governo de unidade e devem se encontrar na quarta-feira (28) para debater o assunto.

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"A renncia de Shtayyeh s faz sentido se ocorrer um acordo de consenso nacional sobre os preparativos para a prxima fase [de Gaza]", disse Sami Abu Zuhri, o integrante da alta cpula do Hamas, Reuters.

Fonte: G1