RESENHA POLTICA

ROBSON OLIVEIRA



CONFIRMAO – O anncio feito pelo Governo Federal de suspender a votao do projeto da Reforma da Previdncia confirma o que a coluna antecipou em novembro do ano ado: que no havia clima para o Congresso Nacional votar uma proposta to rejeitada pela populao. Especialmente em ano pr-eleitoral.



MANOBRA - Os votos que o governo dizia possuir no Congresso Nacional para aprovar a Reforma Previdenciria eram lorota, mas o eleitor tem que ficar atento com uma possvel manobra do presidente Michel Temer em colocar a proposta em votao assim que as urnas forem apuradas. Parlamentar que perder as eleies vai querer se vingar e a manobra tem tudo para obter sucesso.



FATURA – Com a deciso do governo em suspender a tramitao da reforma da Previdncia muito parlamentar oportunista vai querer faturar dizendo que era contra. Os que se opunham ao projeto explicitaram nas reunies com os sindicatos suas posies sem medo de retaliao do Palcio do Planalto. Os que mantinham silncio sobre o tema at ontem sero os primeiros a sair dos casulos pensando em faturar eleitoralmente com a suspenso. Olho vivo!



RASTEIRA – Os membros da bancada federal de Rondnia vo escolher o novo coordenador da bancada que ficar responsvel pela interlocuo com o Palcio do Planalto no trato sobre as emendas parlamentares destinadas a Rondnia. Nos ltimos anos o deputado federal Nilton Capixaba (PTB) mantinha as funes com mo de ferro, o que desagradou alguns dos seus pares. Ontem (segunda-feira) os insatisfeitos decidiram ar uma rasteira em Capixaba e articulam o nome de Lindomar Garon para ser o substituto. A qualquer momento deve ser o anunciado como novo coordenador para uma funo que caiu em suas mos como uma bandeja. Isto caso no haja uma nova rasteira que lhe retire a bandeja das mos.



FIRME – Em contato com a coluna o deputado estadual Mauro de Carvalho (MDB) confirmou que continua firme na sua pr-candidatura a governador de Rondnia. Instado a falar sobre as movimentaes do vice-governador Daniel Pereira (assume as funes de titular em abril) visando a reeleio, Mauro explicou que no est preocupado e que o vice tem reafirmado em solenidades pblicas que no candidato. Informou ainda que no prximo sbado, durante um evento que o MDB vai promover em Jaru, Daniel vai reafirmar que no candidato. O problema que o evento foi adiando antes da convocao. Como um homem firme em suas crenas possvel que Mauro espere dos cus um milagre e seja ungido candidato nico do atual grupo ligado a Confcio Moura. Embora a coluna no creia!


REVOADA - A coluna apurou que o governador Confcio Moura ainda no descartou a sada do MDB para disputar as eleies ao Senado Federal por outra legenda. Prova disse que deu sinal verde para auxiliares prximos ingressar em outra legenda e nos prximos dias esta revoada dever acontecer. PDT e PSB, sob o comando de Moura, se renem neste final de semana para traar estratgias e o caminho a seguir. A ordem desidratar o MDB.



DIVISO – Nas ltimas eleies estaduais o grupo de Acir, Confcio, Mauro, Raupp e quase a totalidade dos prefeitos apoiaram a chapa governista reeleio contra os tucanos. Ainda assim no foi um eio e as eleies foram durssimas exigindo dos governistas muito suor e articulao. Nestas eleies os grupos ‘chapa branca’ esto divididos em trs postulaes sucesso de Moura e na medida que o processo eleitoral se aproximar a tendncia dividir cada vez mais porque os interesses dos principais caciques esto se colidindo. Quem viver ver o clima de beligerncia!



ESQUERDA – Os rfos da (pseuda) esquerda rondoniense esto manifestando nas redes sociais preferncia por uma suposta candidatura ao governo de Daniel Pereira (PSB). H manifestaes de militantes da Rede, Psol, PCdoB e PT. So manifestaes ainda pessoais, mas um indicativo para as convenes.



PREFERNCIA - Embora o PT tenha compromisso com o pedetista Acir Gurgacz, h quem defenda no partido o nome do vice-governador como candidato nico do campo popular. Alis, adeso revelada por um dirigente petista que almeja tambm ser o candidato a governador e que denunciou recentemente que o PT teria aderido (usou uma palavra mais cida) candidatura do donatrio da Unio Cascavel. No entanto, a preferncia de militantes da esquerda pelo atual vice-governador tem razes pretritas j que Daniel Pereira por muitos anos foi do PT e ainda defende muito dos postulados, inclusive exerceu pelo partido um mandato de deputado estadual.



UNO – Daniel Pereira espertamente, jura publicamente que no candidato a nada e, em reservado, conspira para ser o ungido pela base que d apoio a Confcio Moura como candidato nico do PSB, PDT, PCdoB, MDB, PT e uma constelao de outros partidos nanicos, inclusive os de direita, para suceder a si prprio. S os tolos pensam o contrrio.


RENNCIA - Na hiptese do prefeito Jesualdo Pires renunciar para disputar as eleies outubro quem perde a populao de Ji-Paran que perde um dos melhores gestores municipais. O eleitor de Jipa conhece esses filme quando Acir Gurgacz renunciou ao mandato para disputar o governo e deixou na istrao municipal um sucessor que lembrado at hoje como o maior mico poltico do municpio. Se depender apenas da vontade do eleitor de Ji-Paran, Jesualdo cumpre o mandato at o final e evita outra tragdia istrativa.



INTERVENO – Este cabea-chata no simptico que as foras armadas assumam as funes constitucionalmente destinadas Polcia Militar e Polcia Civil porque no possuem o preparo exigido para agir em relao ao enfrentamento com civis. Mas o problema de (falta) segurana do Rio de Janeiro tomou dimenses to agudas que a interveno das foras armadas a nica soluo imediata, seja do ponto de vista da represso seja psicolgica, j que acumularam experincia em manter a paz em outros pases, a exemplo do Haiti. No inteligente ser contra esta interveno to somente por razes ideolgicas ou outro argumento vazio. A populao carioca sofre com a violncia que assola a cidade maravilhosa e os prejuzos so para toda populao brasileira, visto que o Rio de Janeiro a cidade que mais atrai o turismo internacional. hora de pacificar a cidade e as foras armadas, de forma excepcional, sabero cumprir este papel. J fez o mesmo na ECO 92, na Copa do Mundo, entre outros eventos. Bobagem ser contra agora. Embora a interveno na Segurana Pblica por si s no seja a soluo para os problemas carioca. Os polticos fluminense possuem ps grandes e metem eles pelas mos.

RETORNO – Depois de quase um ms longe do teclado, voltamos revigorados por um ano que promete muito na rea poltica j que o eleitor ser convocado para escolher nas urnas presidente, governador, senador, deputado federal e estadual. tambm o ano em que a Fora Tarefa do Ministrio Pblico Federal promete ser a “batalha final” da operao Lava Jato. Portanto, sero meses para nervos fortes.



CUM GRANU SALIS – O ano comea com o julgamento do Recurso de Apelao do ex-presidente Lula contra a deciso do juiz Srgio Moro que o condenou a mais de nove anos em regime fechado. O recurso est pautado para o prximo dia 24, no Tribunal Federal da 4 Regio, em Porto Alegre. H uma expectativa enorme em torno do julgamento pelos apoiadores de Lula e pelos detratores do ex-presidente, visto que lidera todos os cenrios para presidente da Repblica. O que se espera uma deciso justa: bem fundamentada, com ponderao, parcimnia e moderao. Independente das paixes e dios que o caso provoca.



MASSACRE – Individualmente Lula de longe a maior liderana poltica do pas, quer queiram ou no. Ningum sobrevive com tanta fora aos fatos que emergiram dos tapetes palacianos nem ao massacre das centenas de manchetes com denncias to arrasadoras. Ele sobreviveu. Sem adentrar ao mrito de culpado ou inocente (caber ao Judicirio), caso Lula registre a candidatura, vai ao segundo turno. O grande desafio conseguir resistir ao novo massacre que vir com a “batalha final” da Lava Jato. A coluna, pela experincia em campanha, duvida que o ex-presidente tenha tanto flego para resistir a um segundo turno que promete ser nitroglicerina pura. Mesmo sendo a liderana carismtica que . Um lembrete aos petistas chatos de planto: duvidar no significa adivinhar.



REUNIO – Deu muito o que falar nos bastidores do tucanato uma reunio ocorrida entre o governador Confcio Moura (PMDB) e o cl dos Carvalhos, ocorrida na semana natalina na residncia de Aparcio Carvalho (PSDB). Publicamente os anfitries divulgaram como sendo uma visita de cortesia, mas nas coxias tucanas comenta-se que a deputada federal Mariana Carvalho, presidente do PSDB, teria convidado o governador para se aninhar no PSDB. Como h uma enorme expectativa em torno de uma suposta candidatura ao Senado, Moura precisar mudar de partido para conseguir registrar a candidatura, haja vista que no PMDB dificilmente o senador Valdir Raupp permitir um concorrente. O cl dos Carvalhos sempre torceu o nariz para os caciques de Rolim de Moura. Do menu servido na reunio restou o cheiro de gordura no ar...



ABRIL – Quem conhece Confcio Moura sabe que ele um mestre em despistar os os a seguir na poltica para evitar ser fritado no meio do caminho. Mas na hora exata ele define sempre no sentido do bvio. Todos vo ter que esperar abril para que ele anuncie que candidatssimo a senador. At l muita especulao e conjecturas vo surgir na mdia. Inclusive aqui. Embora o final todos intimamente saibam qual .



DISPUTA – Apesar dos prognsticos apontarem o governador como um forte a se eleger a senador, a campanha deste ano no vai ser um eio como todos acham que ser. Vai ser bem disputada com golpes abaixo da cintura. No h candidato eleito antes da apurao das urnas. Quando K-Sol renunciou o governo para disputar uma vaga senatorial ele cantarolava por onde ava que se elegeria fcil e levaria com ele um Tiziu. Tomou uma sova de Valdir Raupp e piou baixo nesses oito anos de Senado Federal. J Tiziu retornou para Ariquemes sem ningum ouvir os seus grunhidos. Quem achar que as eleies vo ser um eio poder ser surpreendido. Vai ter disputa durssima. Em todos os nveis.



APOSTA - Outra campanha que tende a ser bem disputada para a vaga de deputado federal. Seja pelos nomes novos que esto aparecendo, seja pelo desgaste que parte da bancada acumulou nesses ltimos quatro anos. A tendncia que metade dessa bancada seja barrada nas urnas. O que no pouco coisa.



PESQUISA – A partir de agora at as eleies a coluna comentar somente as pesquisas legalmente registradas junto ao Tribunal Regional Eleitoral. Ainda assim com a parcimnia pela experincia de eventuais dados manipulados de outros pleitos. Em particular de prefeito da capital. Conheo todos os institutos que todas as eleies apuram pesquisas em Rondnia e aprendi nesses anos sequer perder tempo com os dados colhidos por alguns deles, embora haja muita gente boa nessa rea aqui. No esqueamos que o IBOPE tambm registra as suas em Rondnia: e invariavelmente errou a maioria.



PEDALADA – Duas pedalas ficais foram dadas pelo presidente Michel Temer para maquiar as contas pblicas. A primeira foi mexer no fundo do FGTS para capitalizar a Caixa Econmica que usou seu lastro para salvar governos perdulrios que quebraram seus estados. A segunda, a chama “Regra de Ouro”, um dos pilares da estabilidade fiscal. O governo quer mudar a constituio para gastar mais do que arrecada. Por algo parecido Dilma Rousseff perdeu o cargo. O Congresso, nesse momento, no v nada demais nestas pedalas. Por essas e outras razes os defenestrados da presidncia falam que houve um golpe. E podem estar cobertos de razes.

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ROBSON OLIVEIRA



LOROTA – No a de lorota para acalmar o mercado financeiro as declaraes governamentais de que ter fora para aprovar a Reforma Previdenciria ainda este ano. Em 2018, antes das eleies, tambm no haver clima para colocar a proposta em votao, mas entre a apurao das urnas e o final e posse da prxima legislatura bom o trabalhador ficar atento porque o golpe est sendo engendrado para este perodo.



REAO – Os congressistas tm em mos pesquisas nacionais indicando que a proposta da Reforma da Previdncia rejeitada por mais de sessenta e cinco por cento da populao. Embora todos saibam que esta rea precisa de ajustes para que no quebre nos prximos anos, a proposta defendida pelo Governo Federal dissenso dentro do prprio governo, o que revela um descomo entre o que os governistas falam para o mercado com o que discutem internamente. Percebendo que a conta da reforma recairia to somente nas costas do trabalhador, a reao contrria justificvel.



LEO - A reforma tributria, igualmente importante para o pas, sequer est na pauta dos congressistas por afetar privilgios empresariais e a fome atvica por recursos da Unio. O leo estatal ruge feroz para tributar quem trabalha e produz no pas e silencia quanto distribuio equnime dos recursos entre as istraes para que o mesmo tributo retorne ao contribuinte em forma de servios pblicos.



CANDIDATO – Apesar das diversas declaraes pblicas feitas pelo governador Confcio Moura de que no pr-candidato a senador nas eleies de 2018, um ato pblico promovido por colaboradores e correligionrios do PMDB de Ariquemes, sbado ado, lanou oficialmente a postulao do governador ao Senado Federal com direito a faixa. J h quem diga que o adereo (faixa) possa ser caracterizado como crime eleitoral antecipado.



SURPRESA – No surpresa para nenhum jornalista poltico que Moura seja candidato a candidato ao Senado Federal, mesmo negando. Todas as vezes que se aproximavam as eleies seja de prefeito seja de governador, Confcio declarava publicamente que no disputaria, mas reservadamente inflava os correligionrios a defender tais candidaturas. Dessa vez no diferente. A nica diferena que a verso dissimulada no consegue enganar nenhum incauto. Quem se surpreende porque no do ramo.



PROJETO – Tambm no ser surpresa a hiptese de Confcio Moura deixar o PMDB em direo ao PSB e apoiar uma eventual candidatura a sucesso do vice-governador Daniel Pereira. Ao assumir a titularidade do cargo pule de dez que o vice queira virar titular por mais quatro anos e h conversas no interior do palcio sobre a possibilidade de Pereira vir a ser oficialmente o candidato de Confcio Moura. Um projeto que o vice est levando a srio e j entabula conversas com outros partidos neste sentido.



PERFIL - Confcio Moura tem defendido internamente um sucessor com perfil diferente dos candidatos cogitados pela mdia e chegou a especular os nomes do atual secretrio de fazenda (Vagner Garcia) e do planejamento (George Alessandro Gonalves Braga). Como ambos no empolgaram os caciques do PMDB nas consultas feitas a governador, ou a estimular o vice para que se lance na disputa.



MODELO - Isto significa dizer que no a pela cabea do governador apoiar o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro de Carvalho, conforme declarou num regabofe recente promovido pelo PMDB. O perfil de Governo defendido por Confcio Moura se enquadra no modelo do atual vice. Totalmente diferente do modelito de Mauro. Apesar de que Mauro tem se esforado para melhorar sua apresentao em pblico com um comedimento pouco usual.



ERIADO – Quem est abespinhado com as movimentaes de Confcio Moura em direo Cmara Alta o senador Valdir Raupp. Por diversas ocasies pblicas e privadas, Moura jurava apoio ao senador peemedebista e anunciava que no disputaria com ele o mesmo cargo. Raupp chegou a acreditar no governador e agora est com os pelos da cara eriados com o anncio da candidatura ao Senado de Confcio Moura.


CANDIDATO - O prefeito Jesualdo Pires (PSB), de Ji-Paran, em conversa com a coluna avisou que est propenso a colocar o nome por uma vaga no Congresso Nacional. Confirmou que deixa a prefeitura incio de abril para disputar as eleies e um nome cobiado por vrias legenda para vice-governador. Jesualdo hoje o prefeito mais bem avaliado e istra o segundo maior colgio eleitoral do estado o que aumenta o cacife para 2018. Alm de bom gestor, conhece como ningum os meandros da poltica e, portanto, avalia o cenrio e os atores na disputa para decidir o destino eleitoral.


LEVEZA – Foi um deleite para as mentes felizes o discurso de posse do novo presidente do Tribunal de Justia de Rondnia, desembargador Walter Waltemberg Silva Jnior. Em sua fala percebeu-se a leveza com que a corte dever ser conduzida pelos prximos dois anos. Historicamente com ares medievais e dissociada do povo, Waltemberg – constitucionalista garantista da melhor qualidade – dever estreitar a relao do Poder com os jurisdicionados com a mesma autoridade de quem fez uma brilhante carreira togada sem perder o esprito humanista que lhe peculiar. Este cabea-chata teve a honra de t-lo como orientador na concluso do curso de Direito e percebeu que quase duas dcadas depois o desembargador continua ministrando aula melhor ainda, em particular, de simplicidade. Se as vaquinhas dele so felizes, imagine os jurisdicionados!


RECOMENDAO – William Haverly Martins – fundador da Academia Rondoniense de Letras – lanou mais uma obra ficcionista que tem provocado muito debate nos meios acadmicos. Intitulada o “Ru do Sexo”, a obra prefaciada pelo juiz federal Dimis Braga e apresentada pelo ex-reitor Jos Dettoni. Embora a obra seja instigante desde o incio e que leva o leitor a colocar outros personagens histria original, um livro de fico ambientado em Rondnia, e que poderia s-lo em qualquer estado da federao. Recomendo como boa leitura neste final do ano. Alis, adquiri alguns exemplares para ofertar como presente de Natal a amigos leitores.

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ROBSON OLIVEIRA





BERLINDA – Depois de percorrer os municpios rondonienses anunciando precocemente sua candidatura ao Governo de Rondnia e sendo recebido em algumas cidades de forma festiva, eis que o Ministrio Pblico Federal cobra do Supremo Tribunal Federal que julgue imediatamente os embargos (procrastinatrios) do senador Ivo K-Sol. A procuradora geral Raquel Dodge enviou no final da semana ada ofcio ao STF requerendo o fim do julgamento do senador rondoniense. No mesmo dia, de forma inusitada, a ministra Carmem Lcia, presidente do STF, determinou a incluso dos embargos na pauta de quinta-feira (7). Especialistas da rea jurdica apostam num revs contra o senador, embora seus (K-SOL) advogados propaguem o contrrio. Os fatos dos ltimos dias, inclusive uma tremenda vaia que ganhou numa casa de espetculos na capital, colocaram o senador na berlinda.



ADIAMENTO – Independente do desfecho final do processo que condena K-Sol ao regime semiaberto, nos bastidores polticos consenso que no haver um novo adiamento. H quem aposte que o senador escape do regime de cumprimento mais severo com uma eventual diminuio da pena, algo absolutamente possvel. No entanto, a questo de fundo estar circunscrita em relao aos efeitos da sentena, ou seja, se ela (sentena) ter condo de inabilitar K-Sol por oito anos, aps o cumprimento da sano que sobrevier ao julgamento. Sobre esta ltima questo ningum se arrisca a perder as fichas.



APERTADINHO – Contra K-Sol, segundo a mdia nacional, possvel que a delao do doleiro Lcio Funaro, preso na Papuda, o atinja devido a supostas relaes que ambos mantinham no setor eltrico. Funaro controlava a Cebel, proprietria da usina de Apertadinho, que se rompeu durante a construo e provocou danos ambientais avassaladores em Vilhena. Ocorre que a Cebel contratou a Schahin – ambas enroladas at a medula na operao lava jato – para a realizao da obra. Com o rompimento da usina uma briga fratricida entre as empresas emergiu, o que culminou com a interferncia poltica de pesos pesados com propinas, a exemplo de Eduardo Cunha. Ainda no esto claras quais as relaes entre Funaro e Ksol, mas a mdia nacional anda fazendo especulaes que, dependendo da delao, podem complicar a situao do senado rondoniense, embora ele (K-Sol) esteja dando de ombros s denncias e anunciando a candidatura a governador.



PREVIDNCIA – O presidente Michel Temer (PMDB) insiste que o Congresso Nacional vote a Reforma da Previdncia Social mesmo sabendo que h uma reao enorme da sociedade contra a proposta em debate entre os congressistas. A ltima pesquisa divulgada do Ibope mostra que a popularidade negativa do presidente a maior j medida desde Sarney. Ainda assim quer que os congressistas votem numa reforma com rejeio na populao to grande quanto a sua.



RISCOS – Os congressistas que capitularem aos apelos do presidente e embarcarem na defesa de Reforma da Previdncia, ainda que suavizada com modificaes a serem introduzidas no texto original, vo sofrer desgastes enormes. Em ano pr-eleitoral reza a lenda que parlamentar que vota em proposta altamente impopular tende a ser rejeitado nas urnas. Fbula ou no, o deputado federal ou senador rondoniense que ficar ao lado da proposta presidencial vai estar escolhendo o lado contrrio ao eleitor. Os riscos de refletir nas eleies todos sabem. No adianta chorar no dia seguinte nem tentar explicar o inexplicvel porque a proposta, independente do contedo, perdeu na origem quando foi lanada sem uma estratgia de marketing que a ancorasse. Votar favorvel hoje correr um risco fatal amanh.



PREO – Em Braslia dizem que a Reforma da Previdncia uma exigncia do ministro da Fazenda Henrique Meireles para que seja candidato a presidente. Da a insistncia em votar uma proposta to impopular ao presidente quanto aos congressistas. Esta precondio que Meireles imps para que seja candidato, tem empolgado no momento apenas o setor empresarial e aos banqueiros vidos em ganhar mais dinheiro. O problema que as alternativas ao nome dele, a exemplo do governador paulista Geraldo Alkmin, no tm empolgado o eleitor. Ao apostar no ministro, os partidos da base do governo esperam que a estabilidade econmica e a retomada do crescimento sejam capazes por si s de alavancar a candidatura. cedo para mensurar se esta aposta ter futuro nas urnas, mas a precondio imposta por Meireles tende a levar os congressistas a uma derrota eleitoral. Quem viver, ver!


INDSTRIA - Em geral tem chamado muito a ateno das instituies, em particular dos rgos de fiscalizao, a quantidade exagerada de pedidos de indenizaes de reas alagadas pelas usinas. Tais reas devem e so indenizadas por supostamente afetarem propriedades de ribeirinhos que residem nesses locais e foram atingidos com a construo das usinas. O problema que nem todos os pedidos so de ribeirinhos, mas tambm de pessoas oportunistas que investem na especulao com pedidos exagerados em relao quilo que realmente valem. Curiosas tambm so as percias, todas veis de contestaes, numa anlise perfunctria, muito alm daquilo que o mercado indica. Pelo menos o que este cabea-chata pode deduzir de algumas que teve o. Eis a uma questo que merecer da coluna uma anlise mais acurada. Voltaremos oportunamente ao assunto.

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ROBSON OLIVEIRA



AMEAA – Em coletiva concedida pelas equipes de Procuradores Federais que cuidam das operaes da Lava Jato em Curitiba e Rio de Janeiro, ontem (segunda-feira), no ou despercebida a fala do procurador Deltan Dellagnol ao anunciar que 2018 ser “ A Batalha Final da Lava Jato”. possvel deduzir das palavras do senhor procurador que os polticos encalacrados nas investigaes no tero vida fcil, exatamente no ano das eleies em que toda a Cmara Federal volta s urnas e, no Senado Federal, dois teros tero que renovar seus mandatos. Uma ameaa que provoca arrepios em todos eles (polticos).



CONFRONTO - Os alvos dos procuradores ao anunciar solenemente o confronto final em ano eleitoral foram sentidos pelos atuais congressistas com contas a acertar na justia. Embora o cenrio atual, conforme atestam pesquisas realizadas, indicam que, se as eleies fossem hoje, um nmero considervel dos alvos dos procurados conseguiriam se safar nas urnas. Mas o confronto ser em 2018; e muita gua dessa Lava Jato vai ar por sob a ponte. A conferir!



CABAR – Os cantores Leonardo e Eduardo Costa colocaram Porto Velho em seu tour do show nacional “ltimo Cabar”. A festa foi realizada sbado ado na casa de espetculos “Talism”, que estava lotada. No meio da multido muitos polticos foram vistos, mas somente Ivo K-Sol foi premiado com uma solene vaia. Quem esteve no “Cabar” viu um K-Sol acuado com as hostilidades do pblico.



DESGASTE – K-sol tem anunciado por onde a que candidatssimo ao Governo de Rondnia pelo PP. Uma tarefa nada fcil para quem tecnicamente est inabilitado juridicamente para a vida pblica, embora propague o contrrio. Contudo, as reaes hostis do eleitorado do principal colgio eleitoral ao senador am a ser um dado complicador numa eleio em dois turnos, especialmente para quem reconhece que dever ir s eleies com a fora de uma liminar.


MEGALMANOS – Exceto os bajuladores de planto, no h nenhuma informao disponvel com um mnimo de credibilidade na mdia nacional informando que o PMDB esteja estimulando a candidatura de Confcio Moura para presidente da Repblica. No h tambm indicativo nenhum que outro partido, includos a as dezenas de aluguis, esteja disposto a lanar o governador de Rondnia sucesso de Michel Temer.



MEU NOME - Portanto, a “notcia” que pulula por a sobre a questo no a de pura bajulao. Nada impede, no entanto, dele se aventurar na empreita. At o extinto Prona um dia lanou um candidato careca e barbudo com um bordo: - Meu nome Enias. Quem sabe ressuscitem o Prona e lancem outro careca imberbe com o mesmo bordo. Com a palavra os megalmanos.



RETORNANDO – Esta coluna evita tecer loas s pessoas que esto anunciando a habilitao para concorrer s eleies 2018. Mas abre espao para registrar que o ex-deputado federal Chagas Neto decidiu retornar ribalta poltica como provvel candidato a deputado estadual. Por se tratar de um cabra da melhor qualidade a coluna abre uma exceo para fazer o registro.



NOVIO – Quem tambm anda se escalando para disputar as eleies estaduais o jovem professor universitrio Vincius Miguel. Diferente do experiente Chagas, Miguel foi anunciado pela REDE (partido presidido pela ex-senadora petista Marina Silva) como candidato a candidato a governador. Militante dos direitos humanos e especialista em questes penitencirias com reconhecimento nacional, Vini (como chamado pelos amigos prximos) um novio na poltica, dado a polmica por abordar temas cruciais s garantias individuais e que provocam urticria nos intolerantes de planto. Ainda no possvel garantir que colocar o nome na conveno da REDE, em caso positivo levar pauta da campanha temas importantes que provocaro muitas polmicas.


TAPETE - Mesmo o PMDB lanando antecipadamente o nome de Mauro Carvalho num regabofe que reuniu os caciques, o vice-governador Daniel Pereira (PSB) tem conversado com lideranas polticas confidenciando que candidatssimo sucesso, caso o titular Confcio Moura renuncie para disputar uma vaga no Congresso Nacional. Mauro tem sido rifado por muitos que hoje juram fidelidade. No final vai ser o ltimo a ficar sabendo. sempre assim nas relaes entre infiis.