Cadete expulso da PM por furtar R$ 170 de colegas da corporao
Homem tambm responde processo criminal pelo furto. Coronel da PM informou que investigao comeou aps colegas terem notado sumio de dinheiro nas carteiras.
Por Hlder Loureiro Pegado
Um cadete do 3 ano do Curso de Formao de Oficiais (CFO) da Polcia Militar (PM), em Joo Pessoa, foi expulso da corporao por furto. Conforme informaes do diretor de Educao da PMPB, coronel Ronildo Souza, o rapaz suspeito de ter furtado cerca de R$ 170 de colegas, no comeo de 2020.
O cadete j responde processo criminal pelo furto e aguarda julgamento, paralelamente, foi instaurado um Processo istrativo Disciplinar (PAD) na Polcia Militar que culminou na expulso do suspeito das fileiras da corporao.
O coronel Ronildo disse ao g1 que a investigao do cadete comeou aps colegas terem notado sumio de dinheiro nas carteiras que ficavam nos armrios do alojamento, desde o final de 2019. Aps um jantar, no comeo de 2020, quando alguns deles perceberam mais vez o desaparecimento de dinheiro, foram revistar a carteira do cadete e nela encontraram o valor que havia sido extraviado.
"Colegas de alojamento j vinham percebendo o sumio de dinheiro nas carteiras que ficavam nos armrios individuais no alojamento. Da entre si fizeram uma investigao e chegaram a ele. Aps um jantar onde o cadete pediu para que os colegas pagassem sua parte por estar sem dinheiro, os alunos perceberam mais uma vez a falta de dinheiro nas carteiras e resolveram fazer a revista na carteira dele, onde encontraram R$ 170, justamente a quantia que faltava nas carteiras dos outros cadetes que estavam no alojamento", explicou.
Formao de oficiais
Nesta quinta-feira (2), aconteceu em Joo Pessoa a solenidade de formao de 51 novos aspirantes a oficiais da Polcia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Na Polcia Militar da Paraba, foram formados 37 aspirantes. No Corpo de Bombeiros Militar da Paraba, foram 14 oficiais formados.
"O Bope sempre trabalha na legalidade", diz militar a CNN
Policial foi ouvido na Delegacia de Homicdios em investigao sobre fim de semana que terminou com nove mortos; m dia antes, PM foi baleado e morreu aps troca de tiros na comunidade
Militar prestou depoimento na Delegacia de Homicdios de Niteri Leandro Sant'Anna/CNN
Um dos policiais que itiu ter efetuado disparos na ao do Batalho de Operaes Especiais (BOPE), que resultou em nove mortes na comunidade do Salgueiro, na regio metropolitana do Rio de Janeiro, disse CNN que “o BOPE sempre trabalha na legalidade”. O agente foi questionado sobre a operao ao deixar a Delegacia de Homicdios de Niteri, So Gonalo, Itabora e Maric, nesta segunda-feira (29).
O policial, que preferiu no revelar a identidade, foi o primeiro dos oito agentes que sero ouvidos ao longo desta semana. O depoimento comeou por volta das 16h30 e levou mais de trs horas. Ele chegou ao local em um carro da corporao, vestido com a farda camuflada do BOPE e usando balaclava – capuz que tem como objetivo garantir a proteo da cabea e do pescoo.
Tambm nesta segunda, promotores da Auditoria Militar do Ministrio Pblico do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) ouviram cinco policiais no inqurito investigatrio que apura eventual crime militar durante a operao. At o fim da semana, os outros trs policiais que declararam ter feito disparos sero ouvidos. Alm deles, o comandante do batalho foi chamado pelo MP.
A Comisso de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou ofcio ao Ministrio Pblico Federal (MPF) e ao MPRJ, na ltima semana, para que cobrem explicaes dos envolvidos na ao policial. que uma deciso do Supremo Tribunal Federal (STF) probe a realizao de operaes em comunidades do Rio durante a pandemia da Covid-19, exceto em casos excepcionais.
Em entrevista CNN Rdio na segunda-feira (22), o tenente-coronel Ivan Blaz disse que o Conjunto de Favelas do Salgueiro comeou a ser ocupado “para impedir roubo de cargas e veculos por marginais”, mas, de acordo com ele, “houve confronto e resistncia presena policial” e o BOPE foi acionado.
O relatrio interno do BOPE ite que os agentes foram acionados para a operao na comunidade aps a morte do sargento Leandro Rumbelsperger da Silva. O dado aparece no campo “justificativa da absoluta excepcionalidade da operao”.
Oito corpos dos nove suspeitos que morreram na operao foram retirados de um manguezal por moradores um dia aps a operao. Segundo as investigaes, quatro dos mortos no tinham antecedentes criminais e um era menor de idade.
Devido ao, 501 pessoas no conseguiram fazer a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Mdio (ENEM). O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Ansio Teixeira (Inep) informou que vai analisar a situao de cada aluno que perdeu a prova. Os prximos exames sero aplicados nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022.
As armas dos policiais envolvidos na operao foram entregues, na quarta-feira (24), Delegacia de Homicdios, para a realizao de percia.
Aps 8 anos. tragdia da Boate Kiss ser julgada nesta quarta-feira (1)
Oito anos aps a tragdia que deixou 242 mortos e 680 feridos na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o caso da boate Kiss finalmente ser julgado. Com data marcada para a prxima quarta-feira (1), quatro homens iro a jri popular pelo Tribunal do Jri de Porto Alegre.
Os acusados so os scios da boate Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr; o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus; e o produtor da banda, Luciano Bonilha. O caso est sob a jurisdio do Tribunal de Justia do Rio Grande do Sul (TJRS) e ser julgado na capital do estado aps a defesa de um dos acusados alegar que o jri de Santa Maria seria parcial.
A expectativa do TJRS de que este seja o jri mais longo da histria do Poder Judicirio gacho, podendo chegar a at 15 dias.
RELEMBRE O CASO No dia 27 de janeiro de 2013, por volta das 2h30, um integrante da banda Gurizada Fandangueira, que fazia uma apresentao ao vivo, acendeu um sinalizador de uso externo dentro da casa noturna, e fascas do artefato acabaram incendiando a espuma que fazia o isolamento acstico do local.
A queima da espuma liberou gases txicos, como o cianeto, que letal. Foi justamente essa fumaa txica que matou, por sufocamento, a maior parte das 242 vtimas. Alm disso, a discoteca no contava com sadas de emergncia adequadas, os extintores eram insuficientes e estavam vencidos. Sem contar que parte das vtimas foi impedida por seguranas de sair da boate durante a confuso, por ordem de um dos donos, que temia que no pagassem as contas.
O incndio na Kiss iniciou um debate no Brasil sobre a segurana e o uso de efeitos pirotcnicos em ambientes fechados com grande quantidade de pessoas. Ainda em 2013, meses aps o acidente, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou uma lei complementar estadual, batizada de Lei Kiss, que aumentou o rigor de normas de segurana, preveno e proteo contra incndios em edificaes e reas de risco. Em 2017, uma lei federal, tambm batizada de Lei Kiss, foi aprovada pelo Congresso Nacional com o mesmo objetivo.
H sete anos, Pernambuco vivia momentos de terror com a deflagrao da greve da Polcia Militar. Hoje, infelizmente, aes daquela poca ainda repercutem na vida de algumas pessoas, como o caso da ex-cabo da PM-PE Michelle Siqueira (foto).
A histria de Michelle envolve misoginia, machismo e injustia vindos da parte do comando da Policia Militar de Pernambuco e do Governo do Estado. Durante a greve de 2014, a ento Cabo no fez parte da liderana do movimento. Ela alimentava um blog, que na poca levava o nome de um dos lderes da paralisao: o Blog do Joel da Harpa (hoje deputado Joel da Harpa), com informaes sobre os rumos das negociaes com o governo para os demais policiais.
Desta forma, com o fim da greve, foi aberta uma sindicncia e todos os lderes envolvidos foram inocentados, inclusive a coronel Conceio, designada para reserva com todos os proventos. A cabo Michelle fora punida com 30 dias de priso por causa das postagens no blog, publicaes apenas de cunho informativo, sem incitaes paralisao, como garante Michelle.
Segundo Michelle informou ao blog, ela nunca foi notificada pelo jurdico da PM desta punio de 30 dias de priso e, tampouco, foi publicado em Boletim Geral, como deveria ter sido aps a homologao do corregedor geral. Sendo assim, deixou de cumprir por desconhecimento. Em um dado momento, ela soube informalmente desta punio e, prontamente, fez um requerimento pedindo para ser presa, o que lhe foi negado sem argumentos plausveis.
Aps este episdio, abriram um conselho de disciplina sem a presena dela, onde ocorreram vrias audincias as quais ela tambm no foi notificada. “Compareci somente ltima audincia e permaneci calada, pois no sabia de nada do que estava acontecendo, muito menos do que eu estava sendo acusada”, disse Michelle
O caso se encerrou em 2019 com a expulso da cabo Michelle Siqueira dos quadros da Polcia Militar. Antes da expulso, ela teve a sua patente rebaixada, antes era sargento, para o cargo de cabo, tambm em consequncia do movimento reivindicatrio dos militares.
Desde ento, Michelle, que j sofre com a depresso h alguns anos por ter perdido um beb por erro mdico cometido no Hospital da Polcia, viu sua vontade de viver indo embora. Ela perdeu o emprego, o convvio com os amigos e sofre a injustia de ter sido a nica pessoa verdadeiramente punida pela greve, quando na verdade ela nunca fez parte da liderana do movimento grevista.
“Eu fiquei calada durante todo esse tempo, pois no queria inflamar a situao enquanto o mandado de segurana estava em curso, mas eu no posso mais me calar diante de tanta injustia, machismo e misoginia, vindas por parte do Governo. Todos os envolvidos foram inocentados e por que somente duas mulheres foram punidas? Na verdade, somente uma, somente eu. A coronel Conceio foi designada para reserva com um salrio de R$ 25 mil e eu fui expulsa da corporao. S posso acreditar que isso aconteceu por eu ser mulher”, desabafou.
Michelle tambm confessou reportagem que sempre foi atuante nos quadros da PM, elaborou projetos com melhorias para as policiais, inclusive formulou o projeto que, hoje, garante R$ 750,00 anuais para os militares comprarem fardamento e R$ 400,00 de auxlio transporte (hoje incorporado ao salrio), alm de lutar pelos direitos dos militares dentro da corporao. “Talvez no seja interessante para o comando da PM ter uma praa to informada dos seus direitos, uma pessoa que pense, principalmente uma mulher. Na verdade, eles tentavam h algum tempo me calar, e conseguiram dessa forma to injusta”, disse.
“Rebaixaram minha patente, tiraram meu meio de subsistncia, meu emprego, meu convvio com os amigos. Eu estudei no Colgio da Polcia Militar, minha famlia composta por militares, me dediquei durante anos a PM e esta injustia est doendo demais”, concluiu Michelle que no momento est procura de outros advogados e que vai recorrer mais uma vez contra a deciso, agora em outra instncia.
PF do Brasil vence disputa para a vice-presidncia da Interpol
a primeira vez que um delegado da PF brasileira conquista o cargo
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Delegado brasileiro Valdecy Urquiza ( direita) Foto: Polcia Federal
A Organizao Internacional de Polcia Criminal, conhecida como Interpol, elegeu, em sua 89 Assembleia Geral, o delegado da Polcia Federal brasileira Valdecy Urquiza para o cargo de vice-presidente da corporao.
A vitria indita do Brasil, ocorrida nesta quinta-feira (25), aconteceu aps a votao de 172 delegaes credenciadas dos 195 pases membros da Interpol, um ndice de participao recorde no evento. A seleo ocorreu em Istambul, na Turquia.
a primeira vez que um delegado da PF brasileira ocupa o cargo de vice-presidente para as Amricas. Valdecy Urquiza derrotou o colombiano general Jorge Luis Vargas Valencia com 55,8% dos votos.
Em seu discurso da vitria, Urquiza ressaltou a necessidade de uma Interpol “mais democrtica, transparente e eficiente”. A PF se manifestou em nota oficial.
– A delegao brasileira, liderada pelo diretor-geral da Polcia Federal, Paulo Maiurino, e integrada por policiais federais e diplomatas brasileiros, atuou em sucessivos encontros bilaterais em busca da construo de alianas em torno da candidatura brasileira – destacou a PF em nota.
– A Polcia Federal estar bem posicionada, participando e influenciando em discusses estratgicas e relevantes segurana global e ao efetivo combate aos crimes transnacionais – declarou o diretor-geral da PF brasileira, Paulo Maiurino.