Um aliado tecnolgico das mulheres est sendo criado pelo governo do Rio de Janeiro, por meio de um aplicativo de celular, com objetivo de combater a violncia contra a mulher e ajudar a diminuir os casos de feminicdio. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (28), aps reunio entre o governador Cludio Castro e parte de seu secretariado, no Palcio Guanabara.

O aplicativo est sendo criado pela Polcia Militar, e tem rede de apoio, boto de pnico e registro de ocorrncia online. Numa ao integrada com a Secretaria de istrao Penitenciria, a PM ser acionada, por intermdio do telefone de emergncia 190, por mulheres com medida protetiva e cujos autores da violncia estejam usando tornozeleira eletrnica.
“Ns temos a criao de um aplicativo para a mulher vtima de violncia, com uma rede de apoio em torno do 190. Junto ser feita uma parceria com a Secretaria de istrao Penitenciria, dos autores que tm tornozeleira eletrnica. Essas mulheres tm disposio o boto do pnico, para a gente acelerar o atendimento em caso do descumprimento da medida protetiva. O aplicativo tambm ser usado pelas mulheres atendidas pelo programa Maria da Penha, acionando a unidade policial mais prxima”, disse a tenente-coronel Cludia Moraes, coordenadora estadual da Patrulha Maria da Penha, que j atendeu 43 mil mulheres com medida protetiva.
Atualmente, o estado do Rio, com 92 municpios, dispe de apenas 14 Delegacias Especializadas de Atendimento Mulher (Deam), o que obriga as vtimas a percorrerem grandes distncias para fazerem os registros. Do total do efetivo da PM, 10% so mulheres. Na Polcia Civil, as mulheres representam cerca de 24%, o que s vezes dificulta o atendimento dos casos de violncia por uma policial feminina.
“ muito importante que seja feito o registro de ocorrncia quando a violncia domstica ocorre. Dos 55 casos de feminicdio que foram registrados neste semestre, apenas 18% das mulheres tinham registros anteriores contra seu agressor. Sabemos que a pandemia acelerou esse ciclo da violncia. Na maioria das vezes, o registro impede que o feminicdio acontea, j que uma das caractersticas desse crime a escalada da violncia”, explicou a delegada Gabriela Von Beauvais, diretora-geral do Departamento de Proteo e Atendimento Mulher.
Edio: Fbio Massalli