Leia a coluna de Robson Oliveira 5d4252 MEIO AMBIENTE – Ao que parece que o presidente Bolsonaro no percebeu que suas frases provocam mais desgaste para o pas do que sua imaginao pode alcanar. A questo ambiental hoje, aqui e alhures, uma das mais cruciais para a humanidade e no pode ser encarada pelos governantes como uma pauta ideolgica, seja de esquerda, seja de direita. uma pauta que afeta a todos, indistintamente. APEDEUTA – Todas as declaraes presidenciais sobre o assunto deixam claro que os assessores do presidente para a rea so ruins e no entendem nada, ou nosso chefe de estado um apedeuta. Decerto que h exageros em alguns nmeros divulgados quanto ao uso indevido dos biomas. Mas quanto ao desmatamento e s invases das reservas indgenas, com a tecnologia hoje de monitoramento disponvel, os nmeros parecem ser at piores do que os anunciados. TERROR – Bolsonaro acenou em campanha para o agronegcio e chegou a chamar os movimentos populares pela terra de terroristas numa clara inteno de que na presidncia as tenses no campo iam aumentar caso o MST mantivesse a mesma prtica de invadir terra produtiva e tocar fogo nos equipamentos das fazendas. Para surpresa, ainda no houve um grande conflito entre MST e governo, e o conflito registrado at agora foi provocado pelo setor madeireiro da regio de Espigo do Oeste que, com ato de terror, ps fogo num caminho pipa que transportava combustveis para abastecer os carros dos rgos de fiscalizao naquela regio. Ao invs de reprovar o ato, o presidente gravou um vdeo em defesa do agronegcio. EQUVOCOS – Desde que foi ungido ao cargo de mandatrio da nao, Jair Bolsonaro tem voltado as suas mais acerbas crticas atuao dos rgos ambientais e sua metralhadora vernacular em direo s organizaes no governamentais e ao mundo cientfico. No por coincidncia os setores que mais cobram do governo polticas restritivas contra a devastao desenfreada. RAPA – O governo federal tem feito um “rapa” no arcabouo jurdico construdo desde que o Brasil sediou a Eco 92 e ou a adotar polticas em defesa do meio ambiente. Mudou o decreto que flexibiliza o porte de armas, o relaxamento das leis num dos pases que mais mata em acidentes de trnsito, os ataques machistas e homofbicos, a criminalizao dos movimentos sociais, abriu precedente para aniquilao da cultura e terras dos ndios, a perseguio a professores e estudantes, a defesa explcita do desmatamento, no apenas na Amaznia como nos demais biomas, a condenao sumria dos imigrantes e refugiados, inclusive dos nossos l fora, enalteceu torturadores, alm de estimular todo tipo de preconceito, em particular de gnero. GRILAGEM – Ontem, no principal telejornal brasileiro, mais uma matria relacionada questo ambiental. Desta feita, os ndios Uru Eu Wau Wau – conhecidos como Japa – com reserva a partir de Espigo do Oeste e se alastrando por mais regies, esto denunciados uma suposta grilagem das suas reservas e que estariam sendo comercializados ilegalmente por grileiros como loteamentos. DIAMANTE – Na mesma regio, os Cintas Largas – etnia reconhecida pelos brancos por ostentarem uma espcie de cinturo, feito de entrecasca de rvores, so alvos da garimpagem de diamantes. H quem defenda, inclusive o presidente, a legalizao desse garimpo sob o falso discurso de que nossas riquezas esto sendo exploradas clandestinamente, sem reconhecer que a ilegalidade o reconhecimento da incompetncia do estado brasileiro em no combater adequadamente o contrabando. A legalizao, ser o fim da etnia e a abertura total para que a madeira da reserva seja retirada tambm ilegalmente. TRATADOS – O Brasil signatrio de vrios tratados internacionais na rea ambiental, quer queira ou no o agronegcio, vai ser compelido a cumprir as normas ambientais. Do contrrio, os produtos agrcolas e a protena animal brasileira, principais produtos de nossas exportaes, vo sofrer boicotes internacionais. Da a necessidade de o presidente da Repblica diminuir sua metralhadora verborrgica e o setor vegetal e agro se conscientizarem que num mundo globalizado no h espao para prtica criminosas e primitivas que remontam a ocupao de Rondnia h trs dcadas. JORNADA – Serventurios da justia do estado de Rondnia lanaram um movimento denominado “Justia 12” que visa a adoo da jornada de trabalho de 12 horas, ininterruptas. um movimento espontneo, capitalizado pelo jovem servidor Brunno Oliveira, que percebeu a proposta como sada para que os servios destinados aos advogados e jurisdicionados no sejam suspensos. Atualmente o Poder Judicirio Estadual funciona em dois turnos, das oito horas s treze, depois retoma o atendimento das dezesseis horas s dezoito. Esta jornada tem causado problemas aos jurisdicionados, aos advogados e aos prprios serventurios. Uma simples mudana nesses horrios, com duas turmas trabalhando ininterruptamente prestaria um servio mais digno e melhor. Embora a cpula do tribunal ainda no perceba. Fica a dica. ROCHA FILHO – A maioria dos membros da bancada federal de Rondnia compareceu ao ciclo de palestras que o escritrio de advocacia Rocha Filho organizou para debater as perspectivas do agronegcio. Diego Vasconcelos, um dos scios da banca, promete novos painis de interesse estadual. As questes ambientais e agrrias esto no radar como temas importantes para nossa economia.
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