RESENHA POLTICA
ROBSON OLIVEIRA
RETORNANDO – Todo ano esta coluna entra de recesso uma semana antes das festas natalinas e retorna uma semana depois das festas de ano novo. Estamos ns aqui de novo. O recesso no significou ficar longe das notcias e de olho nas posses que ocorreram pas afora. Inclusive em Rondnia. At o carnaval manteremos a coluna atualizada todas as teras-feiras.
POLMICAS – Duas polmicas dominaram os primeiros dias de janeiro de 2019; a primeira, a deciso do coronel governador e do prefeito da capital, Marcos Rocha e Hildon Chaves, ao anunciarem que no vo destinar um centavo para o carnaval sob a justificativa de que esses recursos sero melhor aplicados na educao e sade. A segunda, as estripulias articuladas, em surdina, feitas pela Assembleia Legislativa ao conceder aos vinte e quatro deputados estaduais mais dois salrios. Uma polmica que foi sanada com ao firme do poder Judicirio ao suspender a esculhambao.
CARNAVAL – Embora as justificativas anunciadas para suspender a verba para as festas carnavalescas sejam nobres, ningum em juzo perfeito e que conhea de perto as realidades da sade e educao rondonienses acredita que algo melhore com os caramingus que os dois governantes (governador e prefeito) prometem destinar para as respectivas reas.
CRETINICE - A verba retirada do carnaval no resolver os gargalos dessas duas pastas, visto que o problema de gesto. Fizeram um carnaval com o anncio e conseguiram arregimentar aplausos de uma plateia de gente que no gosta de samba e fez coro turma do cordo do puxa-saco. O carnaval reconhecidamente a maior festa popular do pas, seja em Porto Velho, seja no Rio de Janeiro. Nada justifica a falta de apoio. Mesmo em poca de crise e, falando dela (crise), o que vivemos uma crise de cretinice.
CABEO – No de hoje que h um bloco considervel que no gosta de carnaval, embora adore ficar sem trabalhar com os dias destinados folia. Sem falar nos fundamentalistas que aproveitam o feriado para ocupar o tempo atacando quem cai no samba. J anunciava o poeta: “quem no gosta de samba, bom sujeito no . ruim da cabea ou doente do p”. Quando o carnaval ar veremos a sade e educao com os mesmos problemas, apesar da verba prometida pelas duas autoridades. Mas a a polmica a para as festas juninas. Haja cabeo!
TIME – Confesso que no conheo a maioria dos auxiliares do primeiro escalo do governo do coronel Marcos Rocha, mas h pelo menos quatro nomes de profissionais com experincia para os cargos que foram designados que conheo: Franco Ono, Lenilson Guedes (cabra da melhor qualidade), Saummy Vivecananda, Euclides Nocke. Como os demais no so to conhecidos da maioria da populao no podemos dizer que um time de galcticos, mas cedo para criticar j que tero os cem primeiros dias para justificar as indicaes. O prprio coronel, at ento conhecido na caserna e nas pastas que atuou, surgiu na onda bolsonarista e ter seu tempo para comprovar que merecedor da avalanche de votos que recebeu no segundo turno. hora de torcer para que tudo d certo e vire um time campeo, mesmo no sendo partidrio das suas convices polticas que a esquadra professa.
FLANCO – O principal ponto fraco do governo do coronel est no campo poltico. Nem ele e to pouco o time que escalou tem experincia com a poltica. fcil vociferar que no nomeou ningum indicado pelos parlamentares quando ainda o governo est em lua de mel com as urnas. Difcil manter esse discurso quando a nova legislatura for empossada. Quem do ramo da poltica sabe onde o flanco do coronel est exposto aos solavancos da poltica. As fissuras a serem abertas so questo de tempo.
SUCESSO – Nos prximos dias as atenes polticas ficaro por conta da sucesso da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Rondnia. Pelo menos dois grupos tentam emplacar a maioria, ainda que nos bastidores. A escolha da presidncia do Poder Legislativo Estadual de Rondnia, em tempos no muito remotos, sempre foi envolta a manobras nada republicanas. H registro de deputados levados a fora para locais remotos sem comunicao para que no fosse cooptado pelo grupo antagonista. Quem conhece os relatos desses bastidores sabe das estripulias que ocorrem. Ouvi de pelo menos dois ex-presidentes, em off, relatos engraados e vexames que alguns parlamentares foram submetidos, entre outras espertezas. Na atual sucesso no h registro de manobras, ainda...
3 TURNO – Pelas reaes nas redes sociais, o segundo turno das eleies no se encerrou com o resultado das urnas. Est cada dia mais chato participar de um grupo de amigos no whatsapp em razo das disputas polticas. As mdias sociais viraram uma arena UFC com sopapos para todos os lados. Um terceiro turno eleitoral da pior qualidade. No nutro nenhuma simpatia pelo capito do time presidencial nem acredito que faa tudo aquilo que prometeu na campanha. Contudo, toro para que o Brasil cresa, crie empregos, seja mais tolerante e o governo acerte o o. Torcer pelo pior apostar na insensatez. Somente os idiotas querem o caos.
PREVIDNCIA – A proposta da reforma da previdncia que est sendo gestada pela rea econmica governamental afetar duramente os servidores pblicos. imprescindvel que tenhamos a reforma antes que faltem recursos para pagar os aposentados e no h outro caminho seno cortar alguns privilgios existentes. O que no correto que a reforma a ser anunciada alcance aqueles contribuintes que esto na iminncia de requerer as respectivas aposentadorias. Nem tampouco que atinja somente a populao sem que a gesto como um todo seja reformada, como as despesas com juros (quase do tamanho do pagamento dos benefcios), renncias fiscais, entre outros gargalos.
PROMESSAS – possvel que o prefeito da capital Hildon Chaves consiga colocar em prtica a proposta de PPP que fez durante a campanha e que foi bem assimilada pelo eleitor. Esto em andamento os projetos de parceria para a construo da rodoviria, shopping popular e saneamento. O da iluminao foi travado pelos burocratas da Emdur por razes ainda no bem esclarecidas. O prefeito tem conscincia de que preciso avanar muito para alcanar os objetivos traados, mas a istrao municipal est bem melhor do que a que antecedeu.
PROMOO - O filho do vice-presidente da Repblica, Hamilton Mouro, foi nomeado assessor especial do Banco do Brasil e receber a bagatela mensal de 36 mil reais. Na funo anterior, na mesma instituio, o rebento do vice-presidente percebia 12 mil reais. "Est tudo como dantes no quartel d'Abrantes". |