RESENHA POLTICA

ROBSON OLIVEIRA



POLMICA – Os vereadores da capital aprovaram o projeto de lei que autoriza o executivo municipal a conceder a uma organizao no governamental (OS) a gesto de parte do sistema de sade do municpio. um projeto que em geral provocou polmica em todos os municpios e estados em que foi implantado, em particular pela oposio ostensiva dos sindicatos ligados sade. Em Porto Velho no foi diferente. H experincia exitosa onde a gesto das OS funcionam, mas existem locais (no so poucos) em que as crticas so enormes pela m gesto dos recursos pblicos com denncias srias de superfaturamento de servios, inclusive no prestados.



PRIVATIZAO – Embora os sindicatos, representantes legtimos dos servidores pblicos municipais, digam que o prefeito Hildon Chaves esteja entregando a sade municipal para ser gerida pelo setor privado, o modelo a ser implantado na capital um misto entre o pblico e o privado, ou seja, as urgncias e emergncias, de responsabilidade das UPAs, vo ser istradas por uma organizao no governamental e a municipalidade manter a gesto da ateno bsica, alm das aes de sade da famlia. A prefeitura delega a uma OS a gesto dos recursos para que oferea os servios pagos pelo SUS populao carente. Privatizao da forma como esto (des) informando o usurio do SUS lorota ideolgica.



ALTERNATIVA - possvel que esta co-gesto no seja a melhor forma de gerir a sade pblica municipal, o problema que o modelo atual est exaurido e os entraves burocrticos da istrao pblica deterioraram ainda mais o sistema obrigando o prefeito a buscar novas alternativas e uma delas a co-gesto com uma organizao no governamental. A deciso do prefeito a sua “bala” de prata para que o municpio oferea um servio de sade digno e humano e no dando certo recara sobre si toda a responsabilidade. Sendo exitosa em seu desiderato a populao carente agradecer. O tempo dir quem tem razo. As crticas do momento fazem parte do processo de discusso.



ENTRAVES - A prefeitura no poderia permanecer inerte a um modelo de gesto de sade que criticado por todos devido a uma burocracia infernal que impede o bom andamento do servio. As OS, regidas por uma legislao prpria e diferente da lei de licitaes, tm condies de resolver o abastecimento das UPAs com mais agilidade. Quanto a uma suposta precarizao dos servios, o projeto de autorizao aprovado pelos vereadores cria mecanismos de fiscalizao rgidos que podem ser acompanhados por todos, alm dos rgos normais de controle. Ademais, tais servios j so prestados de forma precria. Pior no pode ficar.



COERNCIA – Apesar dos nimos exacerbados durante a votao que aprovou as OS, o prefeito est sendo coerente com o seu discurso de campanha quando adiantou que a proposta de istrao se daria atravs de parcerias pblico privado. Este foi o modelo que apresentou aos eleitores para vrios setores como sade, saneamento, iluminao, transportes, entre outros.



MODELO - Nos debates televisivos, nos dois turnos, os opositores ao modelo criticaram bastante Hildon Chaves e o acusaram de querer privatizar tudo. Mas foi a proposta vencedora nas eleies e parte da atual oposio ao modelo escolhido pelo prefeito requenta as mesmas crticas. Certo ou errado est coerente com o que prometeu em campanha.



FISCALIZAO – Para dar certo e evitar os erros em projetos semelhantes que culminaram com aes judiciais, a prefeitura da capital tem que dar toda transparncia ao processo de escolha da OS e impedir que picaretas ludibriem o processo com propostas inexequveis. A Cmara dos Vereadores e os rgos de controle devem fazer sua parte nessa fiscalizao. Com estes instrumentos funcionando possvel que o modelo no vire um engodo e consiga oferecer populao servios de sade mais dignos e humanos, a exemplo de Goinia. Quem torce pelo contrrio por interesse poltico mesquinho.



INSATISFEITO – Falando em sade, um deputado estadual com trnsito livre no palcio confidenciou que no andam boas as relaes entre o governador Daniel Pereira e o secretrio estadual de sade Luis Eduardo Maiorquim. O secretrio estaria insatisfeito com as mudanas feitas pelo governador na equipe da sade e teria ameaado pedir exonerao e com ele alguns auxiliares tambm deixariam a pasta.



COOPERATIVO – De onde no se espera muito que vem a surpresa: deputados federais contatados pela coluna elogiaram a forma pela qual a representao de Rondnia em Braslia tem informado aos gabinetes sobre as propostas de interesse do estado que tramitam nos rgos federais na capital federal. Elogiaram tambm o fato de que o titular da pasta, jornalista Carlos Terceiro, tem informado antecipadamente sobre a agenda do governador quando o mesmo se encontra em Braslia. Bem diferente da antecessora que desdenhava a bancada federal e sequer aparecia nos gabinetes. Na equipe de Pereira, Carlos o primeiro a receber elogios.



FORA – O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa decidiu no disputar as eleies presidenciais. Um alento aos pr-candidatos de centro-direita que tremeram com os nmeros apurados nas pesquisas divulgadas nos meios de comunicao nacionais dando bons ndices ao ex-ministro. Independente do carter e honra de Barbosa, em se tratando de poltica ele um nefito e no tinha uma fala dele que merecesse ateno quando o assunto proposta nacional. Fez bem em cair fora, visto que a inapetncia para militncia partidria era visvel.



TEMPERAMENTO – No h um analista poltico isento que consiga desconstruir as propostas que Ciro Gomes anda apregoando por a nesta pr-campanha eleitoral. Sabe o que diz e est sintonizado com o que est acontecendo no mundo. A nica crtica que fazem neste mar de poltico encrencado com malfeitos de que o ex-governador cearense um destemperado. verdade que Ciro tem um temperamento esquentado e mete os ps pelas mos quando provocado. No entanto, em comparao aos concorrentes que metem os ps e as mos na “viva” sem pejo, o temperamento de Ciro um blsamo. Ademais, dizem que o mercado anda estressado e nem por isso pregam seu fim. Foi um timo prefeito e um excelente governador. Para se tornar vivel presidencialmente tem que controlar o pavio, ser duro com os malfeitos e dialogar melhor com os jovens.


FAKE - Embora ainda estejamos h mais de dois meses das eleies o pau anda quebrando nas mdias sociais, em especial facebook. o prenncio de que a campanha eleitoral vai abaixo da linha da cintura. Precisa que os rgos fiscalizadores ficarem atentos para evitar as baixarias que devem ocorrer daqui pra diante. Polticos tarimbados sabem que vo ser alvos fcies e vo investir seus recursos contra os fake news.


ROTA - No ltimo final de semana os motociclistas rondonienses se reuniram em Espigo do Oeste ( 560 KM da capital) num evento que marcou o primeiro encontro da rota 387. O prximo encontro ser dia 1 a 3 de junho, em Cacoal.