Mais Notcias : Igreja Universal enviou R$ 400 milhes
Enviado por alexandre em 29/04/2010 09:43:26




Revelao de scios da casa de cmbio Diskline, que aceitaram colaborar com as investigaes do Ministrio Pblico no Brasil e da Promotoria de Nova York pela chamada delao premiada, indica que remessas foram feitas entre 1995 e 2001.
A Igreja Universal do Reino de Deus acusada de ter enviado para o exterior cerca de R$ 5 milhes por ms entre 1995 e 2001 em remessas supostamente ilegais feitas por doleiros da casa de cmbio Diskline, o que faria o total chegar a cerca de R$ 400 milhes. A revelao foi feita por Cristina Marini, scia da Diskline, que deps ontem ao Ministrio Pblico Estadual e confirmou o que havia dito Justia Federal e Promotoria da cidade de Nova York.
O criminalista Antnio Pitombo, que defende a igreja e seus dirigentes, nega as acusaes.
Cristina e seu scio, Marcelo Birmarcker, aceitaram colaborar com as investigaes nos dois pases em troca de benefcios em caso de condenao, a chamada delao premiada. Cristina foi ouvida por trs promotores paulistas. Ela j havia prestado o mesmo depoimento a 12 promotores de Nova York liderados por Adam Kaufmann, o mesmo que obteve a decretao da priso do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), nos Estados Unidos - ele alega inocncia.
Os doleiros resolveram colaborar depois que a Justia americana decidiu investigar a atividade deles nos Estados Unidos com base no pedido de cooperao internacional feito em novembro de 2009 por autoridades brasileiras. Em Nova York, eles so investigados por suspeita de fraude e de desvio de recursos da igreja em territrio americano.
Seus depoimentos foram considerados excelente pelos investigadores. Ela afirmou aos promotores que comeou a enviar dinheiro da Igreja Universal para o exterior em 1991. As operaes teriam se intensificado entre 1995 e 2001, quando remetia em mdia R$ 5 milhes por ms, sempre pelo sistema do chamado dlar-cabo - o dono do dinheiro entrega dinheiro vivo em reais, no Brasil, ao doleiro, que faz o depsito em dlares do valor correspondente em uma conta para o cliente no exterior. Cristina disse que recebia pessoalmente o dinheiro.

Subterrneo
Na maioria das vezes, os valores eram entregues por caminhes e chegavam em malotes. Houve ainda casos, segundo a testemunha, que ela foi apanhar o dinheiro em subterrneos de templos no Rio.
Cristina afirmou que mantinha contato direto com Alba Maria da Silva Costa, diretora do Banco de Crdito Metropolitano e integrante da cpula da igreja, e com uma mulher que, segundo Cristina, seria secretria particular do bispo Edir Macedo, fundador e lder da igreja.
De acordo com a testemunha, ela depositou o dinheiro nos EUA e em Portugal. Uma das contas usadas estaria nominada como "Universal Church". Alm dela, os promotores e procuradores ouviram o depoimento de Birmarcker. Ele confirmou a realizao de supostas operaes irregulares de cmbio para a igreja, mas no soube informar os valores.
Os doleiros Cristina e Birmarcker esto na relao de investigados no Caso Banestado (inqurito federal sobre evaso de divisas). Em 2004, foram alvo da Operao Farol da Colina - maior ofensiva da histria da Polcia Federal contra crimes financeiros no Pas. Cristina e Birmarcker foram presos na ao e hoje respondem a processo na 2. Vara Federal Criminal de So Paulo.
No Brasil, Macedo e Alba esto entre os diretores do chamado Grupo Universal processados sob as acusaes de formao de quadrilha e lavagem de dinheiro obtido de fiis por meio de estelionato. Alba representaria no Pas as empresas Investholding e Cableinvest, ambas sediadas em parasos fiscais. A acusao sustenta que elas seriam usadas para a lavagem de dinheiro.

Provas
Os promotores brasileiros tm ainda como prova um relatrio financeiro feito pelo Ministrio Pblico Federal que relaciona algumas remessas supostamente ilegais feitas pela Diskline para a Cableinvest. A empresa teria movimentado recursos por meio da conta Beacon Hill, no JP Morgan Chase Bank, de Nova York, mantida pelos doleiros.
As provas sobre essas remessas foram encontradas em um CD apreendido na sede da casa de cambio pela PF. Uma tabela descreve remessas que totalizam R$ 7,5 milhes (em valores da poca) feitas entre agosto de 1995 e fevereiro de 1996.
Na esfera estadual, as investigaes seguem em duas frentes - uma comandada pela Promotoria do Patrimnio Pblico e Social e outra pelo Grupo de Atuao Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A primeira pode levar ao bloqueio e perda dos bens dos diretores da igreja no Brasil. A segunda investigao pode levar condenao criminal dos acusados.

PARA ENTENDER
Edir e mais 9 so acusados

Em agosto de 2009, a 9. Vara Criminal de So Paulo aceitou denncia do Ministrio Pblico Estadual (MPE) e instaurou ao penal contra Edir Macedo e nove integrantes da Igreja Universal. Eles so acusados de formao de quadrilha e lavagem de dinheiro. A denncia foi resultado de dois anos de investigao conduzida por promotores do Grupo de Atuao Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A acusao sustenta que o dinheiro arrecadado com fiis seguiu para empresas de fachada no exterior e depois foi repatriado por empresas fictcias abertas em nome de dirigentes da igreja.


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