Os palestinos saudaram neste sbado uma votao da Assembleia Geral das Naes Unidas solicitando que a Corte Internacional de Justia (CIJ) opine sobre as consequncias legais da ocupao israelense dos territrios palestinos.

Sediada em Haia, a CIJ, tambm conhecida como Tribunal Internacional, o principal tribunal da ONU que trata de disputas entre Estados. Suas decises so obrigatrias, embora a CIJ no tenha poder para aplic-las. A votao na sexta-feira, no entanto, representa um desafio para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que assumiu o cargo na quinta-feira frente de um governo de extrema direita que inclui partidos que defendem a anexao de terras ocupadas na Cisjordnia.

Israel capturou a Cisjordnia, Gaza e Jerusalm Oriental --reas que os palestinos querem para um Estado-- em uma guerra de 1967. As negociaes de paz foram interrompidas em 2014.

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"Chegou a hora de Israel ser um Estado sujeito lei e ser responsabilizado por seus crimes contnuos contra o nosso povo", disse Nabil Abu Rudeineh, porta-voz do presidente palestino, Mahmoud Abbas.

As autoridades israelenses ainda no emitiram um comentrio sobre a votao, condenadas pelo enviado de Israel na ONU, Gilad Erdan.

A autoridade de alto escalo palestina Hussein al-Sheikh disse no Twitter que a votao "reflete a vitria da diplomacia palestina". Houve 87 membros que votaram a favor da adoo do pedido; Israel, os Estados Unidos e outros 24 membros votaram contra; e 53 se abstiveram.

Os palestinos tm domnio limitado na Cisjordnia e Jerusalm Oriental foi anexada por Israel em um movimento no reconhecido internacionalmente. Seus assentamentos nesses territrios so considerados ilegais pela maioria dos pases, uma viso que Israel contesta citando laos bblicos e histricos com a terra, bem como a segurana.

A Assembleia Geral da ONU pediu CIJ que desse uma opinio consultiva sobre as consequncias legais da "ocupao, assentamento e anexao de Israel... incluindo medidas destinadas a alterar a composio demogrfica, carter e status da Cidade Santa de Jerusalm, e de sua adoo de legislao e medidas discriminatrias relacionadas."

O novo governo israelense tem prometido fortalecer seus assentamentos na Cisjordnia, mas Netanyahu no deu nenhuma indicao de qualquer o iminente para anex-los.

Fonte: Terra